30 julho 2005

10º prémio!

Não é incrível?! Pela primeira vez na minha vida inteira ganhei alguma coisa num jogo, e logo no euromilhões. Foi o décimo prémio, qualquer coisa perto de vinte euros, acham normal? Eu e mais 140 mil pessoas pela Europa toda. Sinto-me um verdadeiro europeísta. Daqui para a frente é sempre a ganhar.

28 julho 2005

The Twilight Zone

Acabei de me surpreender com o reaparecimento, na Dois, da Twilight Zone,uma das minhas séries preferidas dos anos 80. Lembro-me como se fosse ontem: lá em casa, ao jantar, não se viam, nessa altura, novelas brasileiras. Víamos a TZ e o Hitchcock, que davam no segundo canal, a preto e branco, com as histórias mais fantásticas de sempre. Ate hoje, acho que foi ali que começou a minha paixão pelos livros, a minha obsessão pelos bons argumentos.

Os episódios de hoje, mesmo perdendo o fascínio do antigamente, não desiludiram. Acho que vou quebrar uma regra de ouro: não ter séries que me prendam em casa. Esta merece.

P.S. Acabei de fazer uma pesquisa e encontrei o guia dos episódios da primeira série, anos 60, que era reposta na minha adolescência. Para os mais curiosos, está aqui.

Coisas que me vão fazendo sorrir 2

Tinha lido o João Lopes, hoje no DN, e não resisti. Da Avenida de Roma ao King é só um pulinho e o "9 songs" ficou-me na cabeça. Em resumo, a crítica ao filme (que hoje estreia por cá) dividia-se entre o "pornográfico" e o "complexo, pesado, desafiador". Arrisquei, seguindo o meu crítico de eleição.

No que toca a cinema, prefiro sempre não ir longe demais na análise, mas confesso que fico com saudades dos tempos de faculdade, quando era obrigado a pensar, a escrever, a explicar o que tinha sentido, o que me tinha sobrado, X minutos depois de entrar na sala. Contar o que um filme nos acrescenta é dos maiores desafios que já me colocaram.

Confesso que, desta vez, não foi preciso fazer um esforço. Vou deixar o espaço em branco, mas garanto-vos que há ali muita coisa para sentir, muita coisa para falar ou pensar ou registar, simplesmente. Há vida, vidas a sério, naquele filme - pelo menos assim o vi.

Deixo-vos a sugestão e, já agora, um aviso aos mais conservadores: "9 songs" tem sexo. Mesmo. Depois não digam que não avisei, ok?

Coisas que me vão fazendo sorrir 1

1. Meio da tarde, Avenida de Roma. Por alguma razão acabo num café que há muito não frequentava, mas que me trás (sempre) boas recordações: o Angola, bem na esquina com a Estados Unidos da América. Fico na esplanada, numa boa, quando quase dou um pulo na cadeira. Vejo Luís Campos e Cunha, ex-ministro das Finanças, a sair de um Audi qualquer coisa, com uma matrícula curiosa.

"OR?"
, pergunto eu. Pois. Tipo Orçamento Rectificativo, provavelmente a única marca que Campos e Cunha deixa para o futuro do país.

Certo é que o ex estava com mais ar de férias do que eu, garanto-vos. Descontraído, sorriso na cara, à caça de uma revista que não consegui perceber qual é - mas que não tinha mínimo ar de coisa séria ou numérica.

"Revista na mão, pólo e calças descontraídas...sim senhor. Ar de cansaço, lá está, tipo problemas pessoais e tal. Pois então".

Passaram poucos minutos, confesso, mas ainda tentei perceber se havia um cafezinho na história, com dois pacotes de açúcar. Mas enfim, o homem tem direito à sua privacidade, certo?

"Pois então, senhor ministro, boas férias para vossa excelência. Que vá sorrindo com o que ficou depois de si, é o que lhe desejo", pensei. E lá fui eu, com um sorriso na cara, deixando a Angola para trás, mesmo que sempre no pensamento.

Notas soltas

1. Entrei de férias e, confesso, reagi sem reacção. Acontece-me muitas vezes. Quando não tenho o stress do trabalho fico sem saber para onde me virar. Resultado óbvio (para além de me sentir um alien): jornais, ténis, lista de coisas a fazer. Tudo isto para dizer que os posts serão mais raros por aqui, nos próximos dias.

2. Estreou por aí um blog que promete. A Helena Garrido, imaginem, aderiu à zona livre através da economiaberta.blogspot.com, com o empurrão precioso do Luís Villalobos. Confesso que ainda não passei por lá com a atenção merecida. Mas vou estar atento, muito atento, para saber até que ponto esta economia será, de facto, aberta. Bem-vindos e boas polémicas.

3. Acabei de ver o dr. Soares como candidato presidencial. Acho que o dr.Soares, cá para nós, só precisava de um abraço sincero - do seu povo, digo - para se sentir vivo de novo. Como o percebo.

27 julho 2005

De Manuel Alegre, com amor

"Qualquer coisa está podre no Reino da Dinamarca.
Se os novos partem e ficam só os velhos
e se do sangue as mãos trazem a marca
se os fantasmas regressam e há homens de joelhos
qualquer coisa está podre no Reino da Dinamarca."

Leiam, na Quarta República.

26 julho 2005

Sociedade civil

Pacheco Pereira, no Abrupto, resume a gargalhada do dia. A propósito do duelo Soares/Cavaco. Reza assim:

"Segundo o Público, que consultou a dita "sociedade", esta é constituída por: Pedro Abrunhosa, a piloto todo-terreno Elisabete Jacinto, o fadista Camané, a professora Eduarda Dionísio, Eduardo Prado Coelho, Margarida Martins, Presidente da Abraço, Lúcia Sigalho, actriz, Pedro Mexia, publicista, Luís Represas, cantor e compositor, Julião Sarmento, pintor, Sobrinho Simões, médico e professor, Joaquim Gomes, director da Volta."

Dito isto, dá para perceber porque estamos onde estamos. Ou não?

25 julho 2005

A ternura dos 80

A crítica do dia, nos fóruns, nas conversas de café, e no comment aqui em baixo, atenta à idade de Mário Soares e ao que isso significa sobre a incapacidade da esquerda em encontrar candidatos de novas gerações. O que tem mais graça na crítica é que quem mais critica Soares é que mais tem contribuido para o desgaste dessas gerações mais recentes.

Saídos de uma revolução pouco pacífica, os portugueses aprenderam a endeusar uma leva de políticos que contribuíram - supostamente - para a evolução do país. Pois. Mas como a vida política tem tendência a evoluir, logo apareceram uma série de senhores de "nova geração" para agarrar a sua oportunidade. Para encurtar a história, o país não lhes deu sequer a oportunidade de provarem o que valiam. Exemplos? Alguns, só para abrir o apetite: Cavaco foi literalmente escorraçado, apagado da história, porque era um ditador; Guterres foi corrido porque o país não lhe deu condições de governar e achava que perder eleições autárquicas era um cartão vermelho; Ferreira Leite vale zero nas urnas, porque é uma insensivel; o próprio José Sócrates é tido como o mal menor, até que alguém apareça na altura certa para apanhar o poder a cair do sétimo andar.

Em Portugal é sempre assim. Nos cafés, nos jornais, até mesmo nos corredores do Parlamento, a apetência para dizer mal é tão grande que se destrói tudo e todos, comparando quem aparece com os exemplos dos homens da revolução. A esquerda é, aliás, perita nisso mesmo: fala da revolução e dos ideiais de Abril como se falasse do nascimento do Homem. Quem com ferros mata, com ferros morre. De tanto elogiar Soares, agora arrasta-se aos pés dele. E, claro, entre dentes, sempre vai dizendo que o homem está velho. É pena, mas com tantos anos de disparates, de eleições antecipadas, de táticas políticas, de intrigas de bastidores, hoje não há quem possa ganhar presidenciais à esquerda, senão um homem, na ternura dos 80.

Contas com a história

Cavaco Silva e Mário Soares! Para quem chega aos 30, para quem viveu já com intensidade os dez anos mais promissores da terceira república, o duelo anunciado só pode ser motivo de entusiasmo. Pelos encontros e desencontros dos jornais do fim-de-semana, prevê-se uma disputa 'sui generis', a fazer contas com a história.

22 julho 2005

Como olham para nós lá fora

A todos os optimistas, a todos os pessimistas, a todos os realistas sobre a situação e a evolução do nosso país: por favor, leiam este artigo do International Herald Tribune. É um retrato de fora da evolução portuguesa e espanhola, vinte anos após a adesão à UE. E não, não é bom. Nada bom mesmo. Aqui fica.

Piada fácil

Diz o Público de hoje que Freitas do Amaral está em repouso absoluto, depois de uma "queda ocorrida no hotel em Bruxelas". Podia dizer que o homem tem queda para a coisa, mas não. Também podia dizer que a paragem forçada de Freitas, "por uma semana", se arrisca a ser a mais calma do Governo, mas também não. Prefiro a outra: "não é que, afinal, caíram dois ministros em dois dias? Já parece o Santana." Pronto. Agora que já disse, as melhoras ao Xenofonte.

21 julho 2005

A crise 2

O Luís assumiu a defesa de Campos e Cunha na sua saída do Governo. Tem lógica: pelo que conheço do Luís, os princípios estão acima de tudo na vida. Tem razão o Luís. O problema é quando os princípios de um colidem com os princípios de outro. Ponto a ponto.

1. Ao contrário do que diz o Luís, Campos e Cunha não tinha uma posição diferente de Sócrates quanto ao papel do investimento. Não. Campos e Cunha estava nos antípodas de Sócrates em quase tudo. A saber: Sócrates acha que o défice é instrumental e que só o crescimento resolve as contas públicas - Campos e Cunha não; Sócrates considera que o investimento, nesta linha, é fundamental, acreditando que o Estado deve assumir papel central no impulso à economia - Campos e Cunha não, centrando esse esforço nos privados; Sócrates não aceita que se toque nas funções do Estado - Campos e Cunha sim, e tornou-o público, p.e., no Jornal de Negócios de há duas semanas. É toda uma diferença, meu caro.

2. Assim sendo, sobram duas hipóteses: ou Campos e Cunha esteve de férias na polinésia francesa de Dezembro a Fevereiro, quando decorreu a campanha, ou tinha a OBRIGAÇÃO de saber que não tinha o mesmo projecto que Sócrates para o país. E que, portanto, não podia aceitar ser seu ministro das Finanças. Campos e Cunha sabia, tinha de saber, o que o PM eleito pensava. E que nunca conseguiria lidar com tanta oposição dentro de um Conselho de Ministros socialista.

3. Porém, aceitando o risco - por, imagino, pensar que os objectivos, pelo menos, eram comuns - Campos e Cunha não devia ter saído desta forma. Porquê? Simples: porque lá dentro, Campos e Cunha era uma voz sensata, que tornava o Governo mais ponderado. Exemplo óbvio: Sócrates não queria aumentar impostos, Campos e Cunha convenceu o primeiro-ministro que não havia alternativa. E bem. Era esse o seu papel no Governo e cumpria-o bem. O que não podia era acreditar que venceria sempre. Porque isto dos princípios é muito bonito quando se trabalha e se vive numa redoma, dependente de si próprio. Num Governo, ou há discussão e concessões, ou os ministros apresentam demissões dia sim, dia não.
Agora, aceitar o risco sabendo que está longe de ser "socrático" e depois abandonar o barco quatro meses depois - quando se percebe que a crise vai durar quatro anos - é um acto de absoluta falta de coragem.

4. Já agora, notas finais: acredito que Campos e Cunha tenha razão, ou seja, que o futuro do país não comporta disparates despesistas. E não, não critiquei Sócrates pelo aumento de impostos. Pelas razões acima indicadas.

Abraços cordiais,

Ao Glória Fácil

recomenda-se vivamente a leitura dos posts actualizados do Insubmisso. Tá bem, João Pedro? É só ler em baixo. Afinal, até concordamos no ponto da crise - quebrando o unanimismo. Certo?

A crise


Já se adivinhava que estava mau, mas Campos e Cunha superou todas as expectativas: saiu do Governo 130 dias depois de entrar. E isto, feitas as contas, quer dizer o quê?

1. Que Campos e Cunha não sabe, nunca soube, não quer saber o que é um Governo. Este é feito de concessões, de negociações, de conversas e trabalhos infinitos.

2. Que os mais sérios, os mais competentes, os que sabem o que TEM de ser feito - a bem do país - não têm paciência nem persistência para levar as suas ideias até ao fim, contra os ventos e marés. O que é grave, muito grave, no que significa para o futuro do país.

3. Que ministros como Manuel Pinho e Mário Lino têm, de facto, mais força política e mais consonância de estratégia com o primeiro-ministro do que tinha Campos e Cunha.

4. Que a jornada do Governo socialista começa agora. Até aqui, tivémos um Governo que fez o que tinha de ser feito. Teremos o Governo que foi eleito. Acaba-se a esperança do médio-prazo, começa o tudo por tudo do curto-prazo. A confirmar-se, é mau sinal.

5. Que o Governo voltará, pelo menos, a falar a uma só voz. Se tem maioria absoluta, pelo menos que cumpra o que quer, sem episódios extra. Será, aliás, julgado por isso. Esperemos que só daqui a quatro anos.


Por tudo isto, Campos e Cunha FEZ MAL em sair do Governo. As pessoas sérias, honestas, trabalhadoras e com sentido de dever, mesmo que tenham divergências face à estratégia do Governo, fazem mais falta lá dentro do que cá fora. Lá dentro influenciam; cá fora não valem nada. O país precisava dele no Conselho de Ministros, não no Conselho de Senadores.

19 julho 2005

Sugestão ao Governo

Depois da frase de Xenofonte dirigida a Sócrates, o Governo planeia agora umas férias culturais. A sugestão do Insubmisso, dado o contexto e a filosofia discursiva, é uma visita de estudo às ruínas da Grécia Antiga.

O Insubmisso do ano

O ministro Freitas do Amaral é um dos nomeados para O Insubmisso do ano. Hoje, Freitas cita Xenofonte para criticar José Sócrates, primeiro-ministro do seu Governo. Acho que não é preciso cerimónia. Estamos prontinhos a dar-lhe o óscar.

18 julho 2005

Relações difíceis


A avaliar pela (pelo menos) aparente falta de sintonia de discursos políticos sobre o papel do investimento público e os sacrifícios em 2006, a relação de José Sócrates com Campos e Cunha é uma paráfrase do dito popular sobre as relações dos homens com as mulheres: "Não podemos viver com elas, não conseguimos viver sem elas". É que este ministro das Finanças é igual a Ferreira Leite: pouco de político, mais de seriedade - o que cria sempre problemas a um primeiro-ministro.

Blog em profissionalização

Apenas uma nota para explicar que O Insubmisso está a tentar aderir ao Plano Tecnológico. Na coluna ao lado aparecem, em estreia mundial, os primeiros links para outros blogs da zona livre. A coisa ainda não é perfeita, mas a culpa é do dr. Pinho: andamos há dias a tentar saber os apoios financeiros à inovação e nem uma respostazinha.

17 julho 2005

Economia e Finanças, por Campos e Cunha

O artigo de hoje do ministro das Finanças acentua a minha impressão que a coesão do Governo não é tão forte como aparenta. O que diz Campos e Cunha? Sumariamente, isto:

1. Que fará novos cortes na despesa em 2006.
2. Que os cortes na Saúde e na Segurança Social, já anunciados, são para cumprir.
3. Que o Plano de Investimentos tem que ser muito bem avaliado. Cortado até, se necessário, como fez a Suécia, com bons resultados.

Diz e, na minha opinião, diz bem o sr. ministro das Finanças. O que me deixa é a pensar no destinatário da mensagem. Será para nós, comum dos mortais, irmos de férias a pensar que para o ano serão ainda piores? Ou será, antes, para que os membros do Governo não pensem que a contenção já acabou?

Dá que pensar, este ministro. A nós e a muitos "políticos" que polvilham o Governo.

15 julho 2005

Coisas erradas nas greves



A função pública volta a fazer greve, juntando desta vez a CGTP e a UGT. No meio da contestação, algumas coincidências lamentáveis:

1. A greve é a uma sexta-feira. Uma vez e sempre.
2. As greves gerais (esta não é bem, mas está próxima) aconteceram sempre - ler Jornal de Negócios de hoje) no ano anterior a uma recessão económica.
3. Ninguém me convidou para a greve. E está um tempo fantástico para estar na rua.

14 julho 2005

Já agora: Isto é o ministro ou o Freitas?

Leiam, que merece a pena:

"
Freitas do Amaral defende mudança dos estatutos do BCE e do PEC

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, defendeu hoje que só uma mudança dos estatutos do Banco Central Europeu e das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento pode pôr fim à crise sócio-económica na União Europeia. Freitas do Amaral falava aos jornalistas após um encontro em Washington com a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, que quis ouvir a sua opinião sobre a actual crise europeia.
Segundo o ministro, a crise, que sublinhou ser de natureza sócio-económica e não política, deve-se à redução dos instrumentos políticos à disposição dos governos nacionais para fazer face à recessão, uma vez que estão limitados à política orçamental. "Os governos perderam vários instrumentos de combate às crises, nomeadamente a política monetária, cambial e das taxas de juro", afirmou.
Para Freitas do Amaral, é fundamental alterar os estatutos do Banco Central Europeu (BCE) para que, à semelhança do que acontece com a Reserva Federal Norte-americana, possa acrescentar-se ao objectivo de estabilização dos preços o da promoção do desenvolvimento sustentável.
Depois disso, "pode-se criar novas políticas de curto prazo que permitam o crescimento e a criação de emprego", disse. Questionado sobre se vai ser este o teor da exposição que vai fazer sexta-feira no Conselho de Estado, Freitas do Amaral respondeu: "Isto é só um aperitivo. Vou também dizer outras coisas que não lhe
posso dizer ainda".
"

Nota de rodapé: se esses instrumentos estivessem ainda nos estados imaginem só o estado da Europa hoje.

Previsão futebolística

Saiu o calendário da nova época de futebol.

O Sporting começa assim: perde com o Belensenses (em casa), perde fora com o Marítimo, de novo em casa com o Benfica e, finalmente, fora com o Nacional.
À quarta derrota, Peseiro será despedido e a direcção demitida. E à quinta o Sporting vence o Nacional da Madeira, em casa. A partir daí, ninguém nos agarra.

Viagem com retorno


Numa maré de estreias na zona livre de blogs lusitanos, também a BB se relança num projecto, desta vez a quatro mãos. No Insubmisso espera-se que esta 'viagem' tenha retorno. Porque ela nos faz falta no mundo real.

Uma boleia às direitas


Há por aí uma benfiquista perigosa que resolveu entrar na zona livre de blogs. Como é absolutamente fanática, resolveu chamar-se Táxi - como o tipo dos bigodes que escreve umas coisas para a Bola. Mas, cá para nós, esta miúda vai longe. No táxi...ou não.

Que te divirtas por aqui, RT.

Há dois séculos no mesmo sítio


França regressa hoje à Bastilha, comemorando uma das páginas mais dramáticas da história mundial;
Ontem mesmo, Chirac resolveu fechar fronteiras, em reacção aos atentados de Londres;
Ainda ontem, Sarkozi acusou Inglaterra de ter libertado, em 2004, alguns dos suspeitos do 7/07;
Já hoje, a Focus alemã cita uma fonte dos serviços secretos franceses acusando Blair de ter recebido - e desvalorizado - uma ameaça de Ben Laden a Londres apenas há dois meses.

Mais de dois séculos depois, a França está como estava. A Bastilha continua.

13 julho 2005

Whole new world




Ok. Não faço ideia nenhuma de que foto é esta. Estou só a testar, ok? It's a whole new world outhere!

Até já

12 julho 2005

Brasil em directo

O Xico está "em cima" do acontecimento da semana: o caso mensalão, com supostas ligações ao BES, em Portugal. Merece a atenção e o elogio.

Crescimento zero

Vítor Constâncio anunciou a revisão em baixa do crescimento económico. 0,5% é a nova previsão para este ano. Pouco mais que nada. Quanto a 2006, o mesmo, pouco melhor.

É aqui que está o maior/único problema da estratégia de José Sócrates. Como Durão, o actual primeiro-ministro acredita que ao final de quatro anos as coisas vão andar melhor. Mas não vão. Significa isso que os socialistas, quando o perceberem, vão entrar num faz-tudo para ganhar eleições. Risco: deitar fora em meses o que se tenta fazer, a custo, durante uns anitos. A ser assim, seria mais uma legislatura perdida -esta com a enorme diferença de uma maioria absoluta.

Conselhos? Deixem lá as eleições e apontem para as páginas dos livros de história. É, não é? Pois...

11 julho 2005

Biblioteca I

Ando a tentar recuperar algum tempo perdido na minha (curta) biblioteca, de onde tirei uma curiosidade muito contemporânea:

"The end of faith - on religion, terror and the future of reason", de Sam Harris, é uma leitura interessante, para quem se interesse sobre os problemas da fé nos dias que correm, mais ainda após os dramáticos acontecimentos em Londres, na última semana.

Devo dizer-vos que não sou fã da tese racionalista, para a qual qualquer acto de fé é um atentado à civilização e um perigo para a humanidade. Mas a tese de Harris - que passa muito por aí - não deve deixar de ser lida e pensada. Quanto mais não seja para racionalizarmos um pouco sobre o destino trágico de algum racionalismo utilitário.

10 julho 2005

Deu sim: dois a dois

O Luxemburgo votou sim à Constituição Europeia, apesar de tudo, apesar de uma pausa decretada nas consultas populares. E o Milhafre? Perdeu o pio?

O local

Só para dar um belo exemplo daquilo que eu dizia ontem:
O Público tem hoje um trabalho muito bem feito sobre a poluição na região de Lisboa e Vale do Tejo. Está muito completo, com vários indicadores, soluções possíveis (com custos e efeitos) as opiniões dos candidatos, tudo. Ah! Um pormenor: está no Local e não teve direito a uma única chamada de primeira página.

Já na Política, temos duas páginas a propósito do ano que passou sobre da morte de Maria de Lurdes Pintassilgo. Essa sim, com chamada de primeira.

Desculpem lá ser desagradável, mas há qualquer coisa aqui que não faz sentido, certo?

09 julho 2005

Guerra psicológica

O centro da cidade de Birbingham está a ser evacuado neste momento, segundo a BBC. O maior perigo do terrorismo não está nas explosões, mas na nossa cabeça - e é esse o grande trunfo dos que odeiam as sociedades abertas. Hoje como ontem.

A guerra, esta guerra, ainda mal começou.

Coisas óbvias

A blogosfera tem destas coisas: basta olharmos para o vazio do Barnabé para percebermos que as palavras escritas são bem mais difíceis de digerir do que as ditas - essas, o vento leva-as rapidamente. Coisas dessas já aconteceram por aqui, já tinham acontecido por outros spots, entre amigos ou desconhecidos.

Acontece que ontem o Francisco escreveu umas linhas sobre o Público destes dias. Nada que não seja dito por todo o lado, nada que não seja partilhado por muitos jornalistas que ontem, antes de ontem e desde há anos admiram o Público, compram o Público, devoram o Público. O Francisco disse o que eu próprio já disse por aqui. Logo, logo, o Nuno reagiu. A quente, estou seguro, defendendo a sua dama - coisas que acontecem. Pois o Francisco contra-reagiu, explicando ponto a ponto porque tem pena que o Público, o nosso jornal, não lhe encha as medidas - como acontece comigo.

Tudo isto para dizer que o Francisco tem razão. Podia mesmo ter passado a tarde a explicar porquê, recolhendo alguns dados dos últimos meses. Ao caso, nem merece a pena.Quem gosta do Público, como nós, sabe bem do que falamos. Quem compra o Público, como nós, desde que ele nasceu, não precisa de uma recolha de dados. Só que o Público, o próprio Público, perceba isto: que precisamos do nosso jornal de volta. Por favor, sim?

07 julho 2005

Terrorismo

Atentados em Londres. Blair chocado. A Europa volta ao estado de alerta máximo. Tinha várias coisas para escrever, atrasadas. Não vale a pena. Hoje, que estreia em Portugal a Guerra dos Mundos, o Ocidente volta a estar em luto. É guerra, queiram ou não. E pior, muito pior, do que a do filme.