20 setembro 2004

O dilema de Gervásio: militante 1335 do PS

O Gervásio tem olhado com cuidado a guerra de galos Socrático-Alegrina (sim, porque Soares é um Perot ou um Nader nesta disputa eleitoral).

Sabendo que Gervásio quer que o seu PS volte ao poder e que tudo fará para contribuir para esse fim, em quem deverá votar nas próximas directas (um perverso mecanismo, alegadamente democrático, que os pais da Constituição Americana, a tal que ainda não foi alterada desde a sua elaboração, sabiamente conseguiram evitar)?

No Alegre, que é fiel ao Bernstein, ao Saint Simon e ao Marx q.b., e que respeita o património anti-fascista e republicano do PS e que por isso até está disposto a vender a alma ao diabo, ou seja, ao Louçã e ao Carvalhas?

No Sócrates, que ataca o eleitorado com a cinzentude do centrão, e que tem um discurso "light" que não assusta aquele milhão de votos que sistematicamente desde 1987 dá a vitória a uns ou a outros, mas que colocou o socialismo na gaveta (na esteira de outros grandes vultos do socialismo Português como Soares e Guterres)?

O dilema para Gervásio é que se vota no Alegre as eleições estão perdidas e se vota no Sócrates o PS está perdido.

Mas como o que Gervásio quer é tacho (como qualquer militante que se preze), o melhor é votar no Sócrates, que pelo menos tem alguma capacidade de ultrapassar o resultado natural do PS, resultado que o povo Português conhece graças à ajuda que a seu tempo foi dada pelo "camarada Almeida Santos".

Tudo de bom para vós...

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