20 novembro 2007

Quem fazia diferente?


Na vida, no trabalho, nas relações diplomáticas. Por vezes temos que morder a língua, engolir em seco pelo sucesso do objectivo mais nobre que pretendemos alcançar. Vem isto a propósito da vinda do Chavéz a Lisboa e do papel do Governo de Sócrates que o recebe com um jantar oficial. Faria qualquer outro Governo de bem, diferente do actual? Nenhum. Portugal tem na Venezuela mais de um milhão de luso-descendentes. Portugal garante, apenas, 0.07% das importações venezuelanas (acima de tudo azeite e máquinas de construção civil) mas a entrada da Galp num mercado onde as americanas Texaco e Chevron já estão, é uma boa notícia para o país. Em cima do bolo, presidimos a União Europeia um projecto político que assenta no alcance e propagação do bem através da palavra, diplomacia e do exemplo europeu.
(Agora, que o Chavéz amanhã no jantar bem podia apanhar uma gastroentrite a resvalar para a peritenite,...bem, lá isso podia...)

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