Estava tentado a subscrever inteiramente o teu post, mas fiquei a pensar no problema e tenho que lhe fazer um acrescento. O caso, acho eu, é que o Governo de Sócrates nunca falou a verdade aos portugueses.
Sei, já sei que vais dizer "pareces a Ferreira Leite". Não sei se é o caso. De todo o modo, aqui fica a tese:
1. Sócrates chegou ao Governo e quis fazer o mesmo que Barroso com outro discurso. Ou seja, dramatizou o défice do Estado, pediu os mesmos (mais?) sacrifícios, aproveitou para fazer algumas mudanças importantes. Mas fez tudo isto prometendo, ao mesmo tempo, que faria a economia crescer cada vez mais, e sem nunca ter criado as condições para a reestruturação do aparelho produtivo nacional.
2. No fundo, Sócrates queria o que o ditado diz: "Sol na eira, chuva no nabal". O problema? É que, acreditando que o problema estava só no Estado e não nas suas próprias vidas, os portugueses seguiram em frente, como
é sempre mais fácil. Se estavam sobre-endividados, mais ficaram. Se trabalhavam pouco, pouco continuaram a trabalhar.
3. Hoje, nas ruas, encontramos todos a protestar contra o Governo. O que eu quero dizer é que, se tens razão nos três porquinhos, faltou-te dizer qual deles representa os portugueses de hoje e destes anos. Eu acho que nenhum. Mais perto deles, só mesmo a cigarra do costume.
10 junho 2008
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3 comentários:
Concordo com a ideia de que o povo não pode ser ininputável. Tem responsabilidades, quer queira quer não. Mas, de facto, quem tem as rédeas da carruagem é o Governo...
inimputável, naturalmente
Foi o governo Guterres-e compagnon Sócrates- quem colocou Portugal no défice excessivo, depois da orgia do despesismo.
São eles os principais responsáveis.
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