23 novembro 2006

Jornalismo à portuguesa

Mais de mil jornalistas assinaram, em menos de cinco dias, o Manifesto em defesa da sua Caixa de Previdência, o que revela o profundo desagrado com que foi recebida a intenção do Governo em encerrar a instituição. O Manifesto, lançado pelo Sindicato dos Jornalistas

Este email que acabei de receber mostra à evidência que o jornalismo em Portugal é de esquerda - e não da alegadamente moderna do eng Sócrates. É o que temos.

Já agora: Comigo não contem, ok?

9 comentários:

Anónimo disse...

E que mal pergunte, meu caro David Dinis, porquê que são de esquerda os jornalistas que assinam esse documento? Acredita mesmo que o são todos? Ora veja lá a lista de todos os assinantes...
E mesmo se forem de esquerda, isso representa algum mal intrinseco, alguma deficiência ao jornalismo que praticam? Só os jornalistas de direita - esses que não assinam o documento - é que fazem bom jornalismo? Ou será que o senhor é daqueles que não vota porque tem carteira profissional? e não torce pelo seu clube de futebol ou pela selecção nacional? não vai votar no referendo mesmo tendo opinião? não vai à missa mesmo tendo religião? Deixemo-nos de hipocrisias...

David Dinis disse...

Que loucura, meu caro anónimo. Faça o favor de não me confundir com fundamentalistas do objectivismo, que não partilho. Ser de esquerda, para mais, não é nenhum problema, nenhum crime, nada. É uma opção, um posicionamento perante a vida. O objectivo era só mesmo a conclusão: a maior parte dos jornalistas são de esquerda. Mais nada - nem tão pouco é uma crítica, é meramente análise.

Quanto ao manifesto, que me desculpe, mas eu seria incapaz de o assinar. Não acho que eu, sendo jornalista, seja mais do que qualquer outra pessoa (ou mereça mais do que qualquer outro). E as regras, sendo boas, são de um excesso tal que a minha consciência me diz para abdicar delas. Abç

Anónimo disse...

Claro, alguém que sai directamente de assessor do Durão para editor de um jornal, estava-se mesmo à espera que alinhasse noutra coisa que não fosse a mais pura defesa deste neo-liberal governo do Partido do Socrates?... Não me parece!

Anónimo disse...

Meu caro,

Sou jornalista, sou de direita e, sem hesitar, assinei o Manifesto.

Se analisar as nossas opções só posso concluir que o meu "sim" prende-se com o facto de a "nossa" direita ser diferente!

David Dinis disse...

Ao nosso caro jornalista sem nome, gostava que me dissesse o que faz, o que fez. Eu cá estarei, na resposta, a dar a cara com um nome, um trabalho que se vê todos os dias. Obrigado e volte sempre.

Quanto ao anónimo posterior, admito que sim sem problemas. As direitas não se medem aos palmos. Abraço para si. (e nome, não?)

FT disse...

Isto cheira-me a militares fardados ou semi-fardados que trocaram o passeio no Rossio por uma volta, submissa, em torno de convicções arcaicas. Não vos prometo um processo de averiguações. Mas lá que mereciam....mereciam...

Anónimo disse...

Os jornalistas comportam-se como os restantes grupos corporativos. Só a barriga deles é que conta. Era habito olhar para um jornalista e ver ali alguém que, defende a justiça das coisas, desmascara o oportunismo, pôr-se ao lado dos mais fracos, esta imagem eu guardo, mas já é passado, o presente é bem diferente, prevalece o egoísmo e a falta de credibilidade.
Vou deixar de ler jornais e dedicar-me a leitura dos blog´s, aí possa comentar com toda a liberdade, discordar ou não, coisa que na tv e jornais o não possa fazer. Passem bem.
ribeiro

Anónimo disse...

Sim, para quê ler jornais que são editados por comissarios politicos...?

FT disse...

A minha mãezinha sempre me ensinou: "Quando não temos nada de interessante para dizer, mais vale estarmos calados!"