13 dezembro 2006
Calamity Campos?
A meio da primeira maioria absoluta cavaquista, Paulo Portas escrevia um artigo no Independente criticando a fúria reformadora da então ministra da Saúde, Leonor Beleza. O ataque à indústria farmacêutica, aos médicos, a centralização da gestão hospitalar, tudo junto, levavam Portas a apontar o dedo a "Calamity Leonor". Hoje, Correia de Campos segue, na prática, o mesmo caminho de Leonor Beleza - com o mesmo grau de impopularidade pública que aquela. Mas década e meia depois, nem Portas, nem a Ordem, nem quase ninguém se atreve a criticar o ministro. Das duas uma: ou o país já percebeu que Beleza estava certa, ou os lobbies já se renderam a "Calamity Campos".
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1 comentário:
"quase ninguém se atreve a criticar o ministro da Saúde". Porquê? Várias razões, entre elas o facto de a indústria farmacêutica estar a negociar com o Governo um novo protocolo, e os médicos estarem a negociar com o Governo o novo estatuto da carreira médica. E não convém dizer mal de quem tem mais poder que nós quando, ainda por cim, está a negociar connosco os nossos salários.
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