“A renovação é para levar a sério” argumentou Ferreira Leite há apenas seis meses para recusar ser presidente da mesa do Congresso do PSD. O que mudou, então, no último semestre? A confirmação do óbvio: Menezes não sabia o que fazer ou por onde ir (porque nem tudo se resolve à bomba) e, tudo o resto, está entre o vazio e o deserto. Quem sabe não quer, quem quer não sabe. É triste mas é verdade. Neste momento o PSD não passa de uma família de classe média-baixa, falida (de ideias e rumo) que recorre à matriarca para pagar as contas. Aqui chegados o problema de Ferreira Leite não é o mal-estar que causará a Cavaco e, por tabela, a Sócrates por ser a fiel confidente do Presidente. A questão não se coloca. Cavaco é experiente e politicamente calejado e Sócrates não quer guerras com Belém antes de 2009. A candidata a líder do PSD tem outros dois quebras-cabeças por resolver. Primeiro, o mais difícil: vencer as eleições. A máquina está tomada e os ventos não são favoráveis. Segundo, ter a capacidade de impor um destino, com menos protagonismo na passarela e mais suor e carne assada. A idade? Só conta se os resultados forem maus...
Diário Económico, 23 Abril
Mas é mais do que evidente que o discurso de hoje do Presidente da República focando a necessidade de atrair mais jovens para a política não ajudou. McCain pode lá chegar aos 72 e, em 1940, Churchill chegou lá aos 65. Mas que a idade será um issue das directas, será.
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