01 abril 2005

O ponto do PEC

António Borges numa entrevista publicada hoje volta tudo do avesso e defende o velho Pacto de Estabilidade. Diz que a sua revisão é péssima para Portugal e a Europa, permitindo desleixo dos governos; acrescenta que o PEC não era estúpido, como é moda dizer, porque permitia flexibilidade suficiente, nomeadamente através de receitas extraordinárias que incentivavam a redução do património do Estado - libertando iniciativa para o sector privado.

São afirmações corajosas, as de António Borges, contra a maré de facilitismo tão protegida por quem manda na UE. Não é que importe muito, mas era este o ponto do PEC que os 25 destruíram na última cimeira. Passo a passo, a Europa continua o seu caminho dos últimos anos. É por isto que os bons líderes são fundamentais - para alertar, conduzir, rumar contra as marés. Sem eles, a Europa será apenas parte da história.

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