28 fevereiro 2007
Ora aí está como se tem uma discussão séria sobre lobbying em Portugal
Uma rádio portuguesa juntou Cunha Vaz e Paixão Martins para discutir o lobbying. Não avisou nenhuma das partes que a outra ia. Resultado: palhaçada no éter. A história sai amanhã...lol é só rir.
26 fevereiro 2007
Rosetta faz aproximação a Marte e tira fotos do planeta*
*título da edição de hoje do Público
E eu que pensei que a Arquitecta tinha finalmente deixado a órbita de Alegre e estava a voltar à Terra!
E eu que pensei que a Arquitecta tinha finalmente deixado a órbita de Alegre e estava a voltar à Terra!
22 fevereiro 2007
Estamos a crescer
Pela primeira vez na história da adolescente democracia portuguesa um presidente de um governo regional demitiu-se a meio do mandato com críticas ferozes ao Governo da República. Passaram 3 dias, cerca de 72 horas, e tanto o primeiro-ministro como o Presidente da República nada disseram sobre a interrupção do mandato, tratando-a como um acto normal em democracia. A dúvida impõe-se: como seria com Jorge Sampaio e Santana Lopes? Diferente, certamente, diferente.
20 fevereiro 2007
Alberto João
A grande qualidade de Alberto João Jardim é não se levar demasiado a sério. Nem a ele, nem a nós, nem ao poder. Cortam-lhe dinheiro? Bora lá para eleições! Tá a chover na Madeira? Bora lá chatear os gajos! Bom tipo, este Jardim.
17 fevereiro 2007
Lisbon story
Há muita coisa mal explicada nesta saída de Fontão de Carvalho. Vamos por pontos.
1. Ou Fontão escondeu a informação de que era arguído de Carmona, o que seria muito grave, ou Carmona é cúmplice directo do mesmo crime político. No primeiro caso, Fontão tinha de ser sumariamente despedido; no segundo, tinham de ser despedidos os dois.
2. Fontão disse que ficava e que Carmona concordava; na manhã seguinte, Carmona dizia que a direcção do PSD tinha sido consultada e que aceitava a decisão; na tarde seguinte, o PSD volta atrás e retira a confiança a Fontão. Tudo isto tem muita lógica, sim senhor. O que falta é explicar tudo.
3. No meio de toda esta embrulhada, já agora, porque é que o PS não provoca a queda de Carmona? Será por défice... de cavalheiros?
1. Ou Fontão escondeu a informação de que era arguído de Carmona, o que seria muito grave, ou Carmona é cúmplice directo do mesmo crime político. No primeiro caso, Fontão tinha de ser sumariamente despedido; no segundo, tinham de ser despedidos os dois.
2. Fontão disse que ficava e que Carmona concordava; na manhã seguinte, Carmona dizia que a direcção do PSD tinha sido consultada e que aceitava a decisão; na tarde seguinte, o PSD volta atrás e retira a confiança a Fontão. Tudo isto tem muita lógica, sim senhor. O que falta é explicar tudo.
3. No meio de toda esta embrulhada, já agora, porque é que o PS não provoca a queda de Carmona? Será por défice... de cavalheiros?
16 fevereiro 2007
O refugado que reina Lisboa
O espaço de manobra de Carmona Rodrigues varia entre o escasso e o inexistente. Apenas 16 meses depois de ter sido eleito, não só não afasta sucessivas suspeitas quanto ao trabalho da sua equipa como tarda em provar que tem um plano, um projecto para a maior cidade do país. A Carmona já não basta esclarecer as suspeitas que ontem surgiram contra o seu vice, acusado de peculato.
15 fevereiro 2007
Bipolar?
Em Belém, Cavaco deixa alertas sobre a regulamentação do aborto. Nos corredores do poder, há quem pense que temos um Presidente bipolar. Será?
(cenas dos próximos capítulos nos próximos dias)
(cenas dos próximos capítulos nos próximos dias)
14 fevereiro 2007
Do caraças
é este "home video" que o Pedro Adão e Silva nos arranjou. Qual Marcelo, qual Gato Fedorento, o You Tube foi feito para isto. Saiam lá daqui e vão lá ver.
11 fevereiro 2007
Vencido
Cá por mim, dou como perdedor do fim-de-semana o Fernando Santos. O homem perde na Póvoa e no referendo. Há coisas que não mudam.
Responsabilidade
A vitória do "Sim" coloca enormes responsabilidades nos ombros de José Sócrates. Para uma lei justa não basta o voto do povo. É preciso que o Estado não se demita de fazer uma regulamentação rigorosa e em condições. Como é raro que aconteça, é sempre bom avisar.
P.S. Votei "sim", mas não sem dúvidas - como, aliás, em 1998. As palavras que me marcam são de Maria de Belém Roseira: "Vocês conhecem-me e sabem que sou responsável". Sim, dra. Acredito que sim.
P.S. Votei "sim", mas não sem dúvidas - como, aliás, em 1998. As palavras que me marcam são de Maria de Belém Roseira: "Vocês conhecem-me e sabem que sou responsável". Sim, dra. Acredito que sim.
08 fevereiro 2007
Pela Vida II
É claro que eu tinha que responder-te, ó Mira.
É claro que eu também sou pela vida.
É claro que os apoiantes do ‘não’ estão a enviesar a questão ao dizer que o Estado não fomenta políticas de apoio ao nascimento. Estão a ser hipócritas ao apelar a um voto no ‘não’ moderado, em que depois se muda a lei na Assembleia para não penalizar as mulheres, quando é exactamente isso que está em causa neste referendo – nesta pergunta – e nada mais.
É claro que não passa de pura demagogia introduzir na campanha a imagem de bebés, como se fosse tudo a mesma coisa.
É claro que as mulheres tanto deviam poder fazer a dita interrupção como receber – as que precisam – apoio do Estado. Mas é claro que nesta questão não estamos a falar apenas de mulheres desfavorecidas. Estamos a falar da penalização pelo sistema jurídico de mulheres que abortam. E dentro das mulheres que abortam, há muitas que o fazem num qualquer vão de escada, porque não têm dinheiro para ir à Clínica dos Arcos em Espanha, ou para ir a Londres, aproveitando para fazer umas compras em Oxford Street.
É claro que há meios contraceptivos que o Estado deve promover, mas é claro que também há preservativos que rompem.
É claro que é sempre preferível que uma gravidez tenha seguimento. Consegues imaginar a violência que é para uma mulher fazer um aborto? Só a própria palavra assusta, não? É claro que o aborto não vai tornar-se nunca num método contraceptivo, como muito boas bocas andam para aí a dizer.
É claro que isto é tudo uma grande tanga. A lei já devia ter sido alterada na Assembleia, porque é também para isso que o povo vota em deputados: para legislar. E é claro que esta minha posição contra o referendo também é discutível. Como tudo.
É claro que ter um filho é a melhor coisa do mundo. Mas nem sempre o mundo nos diz que a melhor coisa é ter um filho.
É claro que eu também sou pela vida.
É claro que os apoiantes do ‘não’ estão a enviesar a questão ao dizer que o Estado não fomenta políticas de apoio ao nascimento. Estão a ser hipócritas ao apelar a um voto no ‘não’ moderado, em que depois se muda a lei na Assembleia para não penalizar as mulheres, quando é exactamente isso que está em causa neste referendo – nesta pergunta – e nada mais.
É claro que não passa de pura demagogia introduzir na campanha a imagem de bebés, como se fosse tudo a mesma coisa.
É claro que as mulheres tanto deviam poder fazer a dita interrupção como receber – as que precisam – apoio do Estado. Mas é claro que nesta questão não estamos a falar apenas de mulheres desfavorecidas. Estamos a falar da penalização pelo sistema jurídico de mulheres que abortam. E dentro das mulheres que abortam, há muitas que o fazem num qualquer vão de escada, porque não têm dinheiro para ir à Clínica dos Arcos em Espanha, ou para ir a Londres, aproveitando para fazer umas compras em Oxford Street.
É claro que há meios contraceptivos que o Estado deve promover, mas é claro que também há preservativos que rompem.
É claro que é sempre preferível que uma gravidez tenha seguimento. Consegues imaginar a violência que é para uma mulher fazer um aborto? Só a própria palavra assusta, não? É claro que o aborto não vai tornar-se nunca num método contraceptivo, como muito boas bocas andam para aí a dizer.
É claro que isto é tudo uma grande tanga. A lei já devia ter sido alterada na Assembleia, porque é também para isso que o povo vota em deputados: para legislar. E é claro que esta minha posição contra o referendo também é discutível. Como tudo.
É claro que ter um filho é a melhor coisa do mundo. Mas nem sempre o mundo nos diz que a melhor coisa é ter um filho.
07 fevereiro 2007
Pela Vida
Esta pequena incursão tinha um objectivo: pedir que em consciência todas as pessoas votem no próximo Domingo.
Mas há um problema!
É que o debate e as soluções subjacentes ao presente referendo não permitem que qualquer pessoa decida em consciência.
Mas porquê ó Mira? (já ouço a Bárbara a gritar!!)
Porque apenas dão como alternativa legislativa uma das hipóteses....a mulher abortar, e dão os meios para que essa solução possa ser considerada (SNS ao serviço dessa opção).
Ora nessas circunstâncias o debate interno (a cada um) fica enviesado porque legislativamente não há uma situação isenta e independente... o Estado apoia uma hipótese, não apoia outras, e por essa razão o Estado e suas instituições não cumprem os seus papéis institucionais.
As pessoas poderiam decidir em consciência se a legislação providenciasse igual tratamento às várias formas de solucionar "esse problema" que é uma gravidez. As mulheres que, por diversas razões, colocam a hipótese de não prosseguir a gravidez deveriam ter instrumentos legais para decidir exclusivamente em consciência sobre a continuação da vida que está a desenvolver-se:
Mas como o Estado Português não tem esta posição, vão acontecer sempre desculpas sócio-económicas e políticas para apoiar a interrupção dos processos de desenvolvimento de vidas humanas.
Enquanto o Estado Português não apresentar este quadro legislativo que promova a decisão em consciência, eu não posso votar sim
De facto esta deveria ser uma consciência, mas não deixam que ela seja.
Mas há um problema!
É que o debate e as soluções subjacentes ao presente referendo não permitem que qualquer pessoa decida em consciência.
Mas porquê ó Mira? (já ouço a Bárbara a gritar!!)
Porque apenas dão como alternativa legislativa uma das hipóteses....a mulher abortar, e dão os meios para que essa solução possa ser considerada (SNS ao serviço dessa opção).
Ora nessas circunstâncias o debate interno (a cada um) fica enviesado porque legislativamente não há uma situação isenta e independente... o Estado apoia uma hipótese, não apoia outras, e por essa razão o Estado e suas instituições não cumprem os seus papéis institucionais.
As pessoas poderiam decidir em consciência se a legislação providenciasse igual tratamento às várias formas de solucionar "esse problema" que é uma gravidez. As mulheres que, por diversas razões, colocam a hipótese de não prosseguir a gravidez deveriam ter instrumentos legais para decidir exclusivamente em consciência sobre a continuação da vida que está a desenvolver-se:
- por um lado deveriam poder fazer a dita interrupção
- por outro deveriam poder optar pela vida e receber idêntico apoio financeiro e institucional do Estado (vejam-se os casos Alemão e dos países nórdicos)
Mas como o Estado Português não tem esta posição, vão acontecer sempre desculpas sócio-económicas e políticas para apoiar a interrupção dos processos de desenvolvimento de vidas humanas.
Enquanto o Estado Português não apresentar este quadro legislativo que promova a decisão em consciência, eu não posso votar sim
De facto esta deveria ser uma consciência, mas não deixam que ela seja.
06 fevereiro 2007
Life is what you make of it
Somos muito estranhos.
Acendemos fogueiras onde não queremos pôr carvão e mesmo assim queimamo-nos.
Acendemos fogueiras onde não queremos pôr carvão e mesmo assim queimamo-nos.
Pecados íntimos
Viver ao lado de uma sauna gay tem destas coisas. A minha janela transforma-se numa tela de cinema. Estacionou o Polo preto apressadamente em cima do passeio. É novo, pouco mais de 30 anos. Bom ar, estilo cosmopolita. Fechou o carro com o comando à distância e entrou no seu pecado íntimo. No banco de trás do carro que ainda está lá em baixo estacionado há uma cadeira de bebé.
"You can´t change the past, but the future can be a different story.
You've got to start somewhere".
in Little Children (Pecados Íntimos)
"You can´t change the past, but the future can be a different story.
You've got to start somewhere".
in Little Children (Pecados Íntimos)
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