28 janeiro 2005

Campanha alegre I

1. Freitas do Amaral apoia o PS. Não surpreende ninguém. É a evolução natural das coisas. Mais, Freitas do Amaral defende uma maioria absoluta, como forma de responsabilizar o PS. Não surpreende ninguém. Não foi ele candidato presidencial apoiado por uma? Não foi ele nomeado presidente da assembleia-geral da ONU por uma? Então estamos conversados. É um sinal dos tempos, não é notícia (e com isto nem sequer digo se concordo ou não).

2. Ontem ouvi Francisco Louçã conversar com um trabalhador de uma empresa de transportes públicos marítimos. Dizia o senhor que os trabalhadores fazem horas extra e que isso é que é bom, para a empresa e para os trabalhadores - que assim recebem mais. Louçã, incomodado, dizia que o problema é que os trabalhadores não eram pagos por isso. O homem respondia que ao caso eram pagos, sim senhor. Conclusão: o candidato do Bloco não anda com sorte nenhuma.

3. Sondagens: Todas colocam o PSD abaixo dos 30%. Santana Lopes diz que é um complot. Portanto vai processar as empresas de sondagens depois das eleições. Suponho, portanto, que vai processar o próprio PSD por usar dados de sondagens do Expresso para a própria campanha. Sim, aquelas em que junta PSD e CDS para mostrar uma curva ascendente. Essas mesmas.

4. José Sócrates anda caladinho, muito caladinho, a recolher os apoios públicos esperados. Não surpreende. Mas já disse e repito - acabando como começei - que para uma maioria absoluta é preciso ser mais arrojado. É preciso mostrar a um país que sabe merecer a sua confiança. Sem explicar a maioria absoluta, sem a exigir, ela não vai cair do céu.

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