OK meus amigos. Já li os programas do PS e PSD - eu e mais dois ou três loucos deste país, que não gostam de mais nada na vida. Ficam algumas - breves - conclusões:
1. Os partidos ainda não perceberam o que é um programa eleitoral. As análises exaustivas não são lidas por ninguém, por exemplo. Mais: 130 ou 160 páginas é quase um Ulisses. E, confesso, bem menos interessante.
2. Pelos vistos ainda ninguém percebeu que estamos numas eleições diferentes. Se olharmos bem, há mil e uma propostas para cada área. Um disparate. O país não precisa de tantas ideias. Precisa de funcionar melhor. Só isso.
3. No seguimento disto: cada vez que se avança com uma nova ideia, devia ser-se obrigado a apresentar os seus custos. Garanto que havia menos ideias.
4. Claramente, no que dz respeito a linhas programáticas, o que mais distingue PS e PSD é a perspectiva de poder. Os socialistas são mais cautelosos porque o aguardam; os social-democratas mais aventureiros porque dão tudo para o manter. Neste ponto, os socialistas são, obviamente, mais prudentes. O que é bom.
5. O que me parece interessante é que, excepção feita aos capítulos da redução do Estado, PS e PSD voltam ao centro, piscando o olho à esquerda. É natural. Mas não é bom. Ao contrário do que os discursos parecem dizer, Portugal ainda não está em tempo de apostar no social. Ou é impressão minha, ou o José Sócrates sabe-o melhor do que Santana Lopes.
24 janeiro 2005
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