24 julho 2006

Os pecados da “Nova” Esperança

Júdice violou o código deontológico da ordem de que foi bastonário porque numa entrevista disse que o Estado devia contactar os três maiores escritórios do país “sempre” que tem em mãos negócios volumosos. Incluindo, a PLMJ e associados, escritório de que Júdice é um dos principais sócios.
Concorde-se ou não com o código, enquanto liderou a OA Júdice nada fez para alterar o documento tal como ele hoje existe.
Duas questões, uma grande desilusão.
Deve um ex - bastonário da OA ter direito a um tratamento especial? Todos os anos centenas de advogados – “colegas” de Júdice – são julgados com base nos ditames deste código. Porque o ex-bastonário nunca se insurgiu contra tão vil tratamento?
Agora a desilusão. Com o comentário de Marcelo Rebelo de Sousa na RTP em defesa de Júdice vêm (mais uma vez) ao de cima os princípios que originaram um movimento partidário que no final dos anos 70, princípio dos anos 80, chegou a acalentar esperança. A “Nova Esperança”, que trouxe Cavaco ao poder, morreu sem “rei nem roque”, vítima da politiquice e do amiguismo. Santana Lopes, Marcelo Rebelo de Sousa e José Miguel Júdice que o digam. Safou-se Durão Barroso, tal como os restantes, por culpa própria.

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