10 dezembro 2007

Sócrates: a pequena figura

Observei atentamente durante os últimos dias. Vi-o com Mugabe, com Chavez, com Kadhafi e com mais uma série de meliantes. Não tive orgulho.

Uns dirão que foi a bem dos interesses estratégicos das empresas portuguesas e dos portugueses.

Para mim o comportamento deste chefe de governo tem um nome: viscosidade política. Sócrates tem a esperteza saloia de Jabba the Hutt.

Alguns afirmarão que este comportamento é comum a uma geração inteira de dirigentes europeus. Triste geração, digo eu! Quando somos obrigados a nos revermos nas posições e declarações de líderes com tão pouca consistência como Brown ou Merkel, é porque de facto a Europa vai mal.

Aquilo que eu gostaria de dizer a Sócrates já alguém o disse e está aqui. Em 8:13 minutos explica-se o que é ter moral e levar a vida com princípios e valores e ter coragem para viver por eles.

Eu não me sentaria à mesma mesa, nem apertaria a mão aos presidentes do Sudão, da Líbia, do Zimbabwe e da Guiné Equatorial entre outros, nem que isso me custasse muito dinheiro. Há coisas que o dinheiro não compra.


Virá o dia em que alguém há-de guiar este país dessa maneira.

Virá o dia em que os portugueses perceberão que merecem mais do que esta mesquinha classe política de menores figuras como os Sócrates, Costa, Menezes, Ribau Esteves e Lopes.

Virá o dia em que haverá alguém a liderar este país e que não pactuará com facínoras sem respeito pela dignidade humana e pelo valor insubstituível que qualquer vida humana tem.

E nesse dia eu direi como Al Pacino: "Uh! Ah!"; e rirei da parolice que foi este tempo agora vivido.

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