este é o meu último post no insubmisso. obrigado a todos quantos leram os meus desvarios e desabafos.
04 maio 2009
03 abril 2009
vergonha
Por muito menos do que aquilo que se está a passar hoje houve no passado, primeiro-ministros demitidos no país. Por muito menos houve figuras públicas, em tempos idos, a pedir a demissão. Por muito menos as pessoas abandonavam educadamente as suas funções públicas e seguiam as suas vidas. Nada do que actualmente se vê na vida pública se deve ao G20, G8 ou a qualquer crise económica. Deve-se a uma outra crise bem mais grave. Deve-se à falta de carácter. Deve-se à falta de honra. Deve-se à falta de honestidade. Deve-se à falta de valores. Deve-se à falta de substância, densidade e seriedade duns parolos que assaltaram a máquina de fazer dinheiro rápido em que se tornou o Estado português. Não aponto o dedo aos partidos. Nos dias que correm não interessa se é o PS ou o PSD ou o CDS ou o PCP. São todos iguais. Não há elites políticas neste país. Não há nada nem niguém, que escape a esta medíocre mediania. Não há ninguém que não esteja enredado nesta vil teia de interesses. Não aprecio particularmente o estilo da colunista Clara Ferreira Alves, mas a última crónica sobre os idos anos 50 apontava o dedo a esta ferida, e revelava-a como causadora dos males da nossa sociedade. Falta tanta coisa, mas sobretudo falta vergonha e carácter.
foto Annie Leibovitz March 2009 vanity fair
foto Annie Leibovitz March 2009 vanity fair
29 março 2009
Ah, pois é?
25 março 2009
Padre em Lisboa recusa baptizar meninos com nome Lucílio
notícia SportInveste Multimédia no MSN 25.03.2009
A polémica em torno da arbitragem da final da Taça da Liga entre Sporting e Benfica chegou à Igreja ...
A polémica em torno da arbitragem da final da Taça da Liga entre Sporting e Benfica chegou à Igreja quando um pároco em Lisboa, fervoroso sportinguista, anunciou que não irá baptizar meninos com nome Lucílio. "Aproveito para vos anunciar que, enquanto for responsável por esta paróquia, não faço intenções de baptizar nenhum menino chamado Lucílio. Queiram dispor para tais propósitos dos serviços de uma paróquia vizinha", anunciou domingo o padre João José Marques Eleutério antes do tradicional "Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe". Na missa dominical, celebrada todos os domingos às 12:30 na igreja do Rato, o pároco manifestou-se assim "incomodado" com a arbitragem de Lucílio Baptista no jogo da Final da Taça da Liga. O árbitro tem sido criticado pelo Sporting por ter assinalado uma grande penalidade inexistente que aos 72 minutos deu o empate 1-1 ao Benfica, que acabou por conquistar o troféu no desempate por penalties. "É verdade que sou sportinguista desde sempre e que falei, durante a missa, do resultado vergonhoso entre o Benfica e o Sporting", disse à Lusa o padre João Eleutério. "Foi uma brincadeira e os paroquianos já sabem que eu gosto do Sporting e gosto de fazer piadas", disse o sacerdote, garantindo no entanto que nenhuma criança ficará por baptizar: "se não for eu, será outro sacerdote". Sócio do Sporting Clube de Portugal e atleta durante vários anos, João Eleutério não consegue "ficar indiferente" ao clube. "Custa muito perder da maneira que perdemos no sábado, frente ao Benfica. Vai ficar sempre a suspeita de que o árbitro não foi correcto", frisou o sacerdote. João Eleutério não imaginou que o 'aviso' que fez no final da missa dominical seria objecto de crónicas em blogues e motivo de comentários por parte de alguns paroquianos. "Foi mesmo uma brincadeira, mas a verdade é que o Sporting está constantemente a ser prejudicado pela arbitragem", disse à Lusa. Na memória do sacerdote, tal como o último Benfica/Sporting, está ainda um jogo realizado há dois anos com o Paços de Ferreira. "O Sporting perdeu o campeonato por ter perdido o jogo com o Paços de Ferreira, onde foi marcado um golo com a mão", finalizou o padre João Eleutério.
A polémica em torno da arbitragem da final da Taça da Liga entre Sporting e Benfica chegou à Igreja ...
A polémica em torno da arbitragem da final da Taça da Liga entre Sporting e Benfica chegou à Igreja quando um pároco em Lisboa, fervoroso sportinguista, anunciou que não irá baptizar meninos com nome Lucílio. "Aproveito para vos anunciar que, enquanto for responsável por esta paróquia, não faço intenções de baptizar nenhum menino chamado Lucílio. Queiram dispor para tais propósitos dos serviços de uma paróquia vizinha", anunciou domingo o padre João José Marques Eleutério antes do tradicional "Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe". Na missa dominical, celebrada todos os domingos às 12:30 na igreja do Rato, o pároco manifestou-se assim "incomodado" com a arbitragem de Lucílio Baptista no jogo da Final da Taça da Liga. O árbitro tem sido criticado pelo Sporting por ter assinalado uma grande penalidade inexistente que aos 72 minutos deu o empate 1-1 ao Benfica, que acabou por conquistar o troféu no desempate por penalties. "É verdade que sou sportinguista desde sempre e que falei, durante a missa, do resultado vergonhoso entre o Benfica e o Sporting", disse à Lusa o padre João Eleutério. "Foi uma brincadeira e os paroquianos já sabem que eu gosto do Sporting e gosto de fazer piadas", disse o sacerdote, garantindo no entanto que nenhuma criança ficará por baptizar: "se não for eu, será outro sacerdote". Sócio do Sporting Clube de Portugal e atleta durante vários anos, João Eleutério não consegue "ficar indiferente" ao clube. "Custa muito perder da maneira que perdemos no sábado, frente ao Benfica. Vai ficar sempre a suspeita de que o árbitro não foi correcto", frisou o sacerdote. João Eleutério não imaginou que o 'aviso' que fez no final da missa dominical seria objecto de crónicas em blogues e motivo de comentários por parte de alguns paroquianos. "Foi mesmo uma brincadeira, mas a verdade é que o Sporting está constantemente a ser prejudicado pela arbitragem", disse à Lusa. Na memória do sacerdote, tal como o último Benfica/Sporting, está ainda um jogo realizado há dois anos com o Paços de Ferreira. "O Sporting perdeu o campeonato por ter perdido o jogo com o Paços de Ferreira, onde foi marcado um golo com a mão", finalizou o padre João Eleutério.
20 março 2009
17 março 2009
3 histórias de steve jobs
vale todos os segundos...
o que quer fazer no último dia da sua Vida?
e com quem quer estar?
16 março 2009
A escola inclusiva da srª Moreira
A srª Margarida Moreira, directora regional da educação do norte, diz que a turma de alunos ciganos da Escola Básica de Lagoa Negra não estuda num contentor, mas sim num monovolume. Sem dvd, internet wireless, quadro eletrónico ou computadores magalhães. Mas sim, de facto, aparenta ser um monovolume. É a escola inclusiva na versão da srª Moreira.
Perigoso mundo o nosso
Na semana passada um pai esqueceu-se do filho no banco detrás do carro. Morreu asfixiado. No domingo uma criança de quatro anos foi arrastada por uma onda em Matosinhos. Está desaparecida. Ontem, um bebé de 19 meses caiu de um quinto andar. Está em estado crítico. Andamos loucos ou, apenas, esquizofrénicos?
12 março 2009
A fonte
Hoje Camilo Lourenço foi à Comissão Parlamentar de Inquérito ao BPN denunciar uma fonte: "A primeira informação credível de que algo de grave se passava no Banco Português de Negócios veio do Banco de Portugal". Se a fonte era sua e se o utilizou para passar informação falsa fez bem.
08 março 2009
Quem diria?
"Só fica surpreendido quem não o conhece", dizem os mais próximos de VS. Ainda assim é clarinho como a água: VS é o grande vencedor dos quatro anos de Governo. Fez "A" reforma do mandato, tem pela frente o maior problema político do país (desemprego) mas, mesmo assim, vai coordenar as três campanhas do PS em 2009. Justiça seja feita: concorde-se ou não com as suas ideias, merece.
07 março 2009
Uma dúvida
Esta semana que passa Cavaco vetou uma lei, discutiu a crise com Merkel, captou novo investimento na VW (um novo modelo para Palmela), procurou uma solução para a Qimonda, falou do feito do seu mandato (a estabilidade política que deu ao Governo), tentou encontrar um português desaparecido, inaugurou um centro comercial (Sonae), anunciou investimento português na Alemanha (Pestana), disse que não vai haver eleições antecipadas, explicou que as legislativas e autárquicas vão ser ditadas pelo consenso dos partidos e garantiu que a crise vai ficar pelo menos até 2010. Segunda-feira, com três anos de presidência, vai meter o dedo na ferida e confrontar o país com o desemprego e a exclusão social. Terça acolhe o presidente angolano. Afinal quem nos governa?
Manel valida Manela
O silêncio do PS sobre Manuel Alegre é ensurdecedor. Os socialistas agarram-se à bandeira da liberdade de opinião para tapar o insulto de opinião. Uma espécie de paciente com uma perna sem circulação, tecido morto, infecção a alastrar mas que recusa a amputação. Enquanto não o fizer a infecção lá vai consumindo o resto do corpo, mas ele, o doente socialista, insiste: veio ao mundo com as duas pernas e com as duas pernas no sítio irá. Irá e irá mais cedo do que o previsto se não se puser a pau (mais valia uma perna de pau). A Manela, aquela senhora que esta semana apareceu de óculo-escuro-Harley-Davison, agradece. Ter o Manel como socialista, ajuda. Deixar de ter o Manel como socialista, ajuda.
05 março 2009
JEM
José Eduardo Martins é um daqueles que não engana. Hoje ofereceu uma carga de porrada a um colega socialista caso ele quizesse abandonar o hemiciclo e ir lá fora tratar das coisas para acabarem com o debate político. Ontem apoiava Mendes e Menezes com uma intermitência politicamente pornográfica. Hoje é vogal da comissão política de Ferreira Leite. Ontem foi secretário de Estado. E, amanhã, o que será? Teme-se o pior...
01 março 2009
PS sem plano b
José Sócrates provou hoje que é o político no activo em melhor forma. Um discurso eficaz, contundente à direita e à esquerda, com propostas e um rumo apertado: "Ou nós em maioria ou o caos". É arriscado mas percebe-se bem: para este PS (o das maiorias absolutas) não há um plano b.
As espinhas de Espinho
O PS no poder com maioria absoluta e líder de todas as sondagens sai de Espinho com o Bloco inflamado e insuflado, o PCP assanhado, o PSD beneficiado (basta imaginar Vital vs. Mendes) e o CDS-bengala arrumado. O que fica do XVI? Vital, o homem que fala de si, do CV infindável, dos compromissos que teve de abdicar, da quinta escolha que foi, do seu socialismo light e do pudor que tem ao Tratado de Lisboa ("um texto incompreensível para toda a gente") que o senhor que o escolheu para cabeça de lista andou a defender Europa fora. Veremos o que traz Sócrates de novo no discurso final. Assim a luz nos ajude...
24 fevereiro 2009
Candidato à força
Pedro Passos Coelho desde que o ano começou (há 56 dias) teve, pelo menos, as seguintes intervenções políticas: Conferência da Economist, intervenção no American Club, entrevista DN/ TSF, entrevista Jornal de Negócios de Fim de Semana, artigo Jornal de Negócios, entrevista Pública, entrevista na revista dos hoteis, entrevista na revista dos supermercados, entrevista no programa do Camilo Lourenço na RTP, encontro do Construir Ideias com o Pedro Adão e Silva, algumas declarações avulsas a jornais, entrevista Maria Delfina na TSF e uma entrevista ao Mário Crespo. De memória lembro-me destas intervenções. Na última, uma entrevista de sete páginas à "Pública", enganou-se de facto ao citar o título de uma obra que diz ter lido mas que afinal não existe. O que há de mal? O erro na citação ou a desmesurada agenda pública de um candidato sem eleições marcadas? [Vale a pena responder?]
23 fevereiro 2009
Quem tem a coragem?
Há ou não uma relação directa entre a qualidade média dos políticos portugueses e os ordenados que recebem? Há ou não uma relação directa entre a política em part-time de muitos deputados e os ordenados que recebem? Há, certamente. Com a crise a descer às ruas a discussão estará, desde logo, centrada nos chorudos ordenados dos gestores em contraste com os pobres desempregados que são lançados ao vazio. Mas uma coisa é certa: enquanto o ordenado dos políticos em Portugal não deixar de ser um entrave à captação da excelência não teremos uma melhor e mais produtiva classe política. Um exemplo: se todos os cargos políticos de carácter nacional e soberano exigissem exclusividade, os senhores e senhoras em causa passariam a ganhar um ordenado igual à média declarada por mês nos cinco anos anteriores. Zeinal Bava a ministro? Muito bem, a exclusividade custará 23 mil contos por mês aos contribuintes. O país ganharia, e muito, em dividendos.
Óscares à portuguesa
Não preciso ver o filme para saber uma coisa: PS e Bloco vão entrar numa acesa disputa para ver quem traz primeiro Sean Penn a Portugal para um colóquio político-temático.
20 fevereiro 2009
O que dirão?
A grande maioria das sondagens anda por estes dias a fazer o seu trabalho de campo. Nas notícias as coisas variam entre gestores de bancos inibidos, despedimentos em barda, pedidos de empresários para que haja um bloco central, criticas de outros empresários à qualidade dos políticos, Governo na rua a assinalar quatro anos... de Governo, oposição a lançar medidas contra a crise, arguidos no Freeport e um derby pelo meio. Que efeito terá tudo isto?
Uma dúvida
Hillary, uma pragmática política de esquerda, foi à China dizer que a questão dos direitos humanos, num momento de crise como este, não pode interferir nas relações entre EUA e Pequim. Desculpem a blasfémia, mas os empregos americanos valem mais do que os chineses espancados até à morte? Perigoso este mundo....
16 fevereiro 2009
Prós e contras
Sou contra os casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Não acho que o casamento seja para procriação (tenho demasiado respeito por quem não procria - palavra feia esta...), não acho que se trate de uma questão constitucional, tão pouco de uma questão civilizacional. Ontem Rui Tavares, um inteligente homem de esquerda, no Prós e Contras, apontava dois argumentos para defender o casamento entre pessoas do mesmo sexo: como pagam impostos e podem ser primeiros-ministros os homossexuais devem poder casar; como o Estado não deve meter-se na cama de ninguém pode comparar-se a impossibilidade de serem realizados casamentos entre pessoas do mesmo sexo à luta pelo fim da pena de morte. Boçal o argumentário. Por que querem os homossexuais ter direito ao casamento tal e qual foi concebido para heterossexuais? Não querem ser discriminados. Concordo: não devem ser discriminados, nem negativa nem positivamente. Os homossexuais querem, por isso, que o Estado lhes reconheça os mesmos direitos que reconhece aos heterossexuais. Nada mais justo. Daí a conceder-lhes a possibilidade de se casarem vai um grande passo. Seria como um cidadão estrangeiro sem licença de residência em Portugal exigir o mesmo tratamento do Estado português que um cidadão português. É tão nobre o respeito na igualdade quanto o é na diferença. Mesmo quando estamos a falar da possibilidade dos homossexuais terem acesso a algo que foi concebido, apenas, para heterossexuais: o casamento.
Como vamos sair de 2009?
Não é fácil, mas também não é bom responder a esta pergunta. 2008 provou o quão precárias são as previsões nos tempos que correm. Começámos o ano passado confiantes de que havia luz ao fundo do túnel, crescíamos a 2% acabámos o ano com uma travagem de 2%, um Governo mais enfraquecido, dois bancos nacionalizados, o desemprego a disparar e um severo e inequívoco risco de uma crise social profunda. Sem tremendismos: perigosamente precários é como estamos. E, em 2009, como evoluirão as coisas? Desde o momento em que batamos no fundo vão certamente melhorar. Venha rapidamente ao de cima o chão, por favor....
13 fevereiro 2009
Alguém sabe onde fica o fundo deste buraco?
Hoje não foi possível pedir qualquer ajuda ao primeiro-ministro na resolução deste enigma. Parece que não teve agenda. So what?
11 fevereiro 2009
O jornalismo Porto-Livre
No caso Freeport existe de tudo um pouco.
- Os jornalistas 'embedded' como os da extinta "Tempo". Sem comentários porque é mau demais.
- Os jornalistas poligamos (sempre disponíveis para acolher uma nova tese). Expresso dia 12 de Fevereiro de 2005 diz na página 17 e sem chamada à primeira página (embora estivéssemos a oito dias das eleições) que Sócrates é suspeito por alegada prática de corrupção; depois em Março, o mesmo Expresso, diz que foi tudo uma intentona aquilo que o Independente publicou a 11 e 18 de Fevereiro e, já na primeira página, escreve o semanário que "policias e jornalistas [do Independente] suspeitos por corrupção" isto porque os jornalistas do Independente são suspeitos de terem recebido contrapartidas sendo certo que o documento publicado pelo Independente é falso (hoje olhar para trás dá vontade de rir....o documento é verdadeiro, não houve nenhuma contrapartida ou sequer indício ou suspeita de que tenha havido mas o Expresso nada disse, em nada emendou a mão); depois em Janeiro de 2009 o mesmíssimo Expresso diz que a investigação ao Freeport afinal existe, tem provas e suspeitas e faz sentido que tudo seja investigado.
- Os jornalistas cara-de-pau. A actual direcção do Sol, ex-direcção do Expresso. Em Março de 2005 escreveram na primeira página, sem sequer ouvir o jornalista do Independente que escreveu a notícia sobre as investigações do Freeport, uma chamada dizendo que ele estava a ser investigado por suspeitas de corrupção (era violação de segredo de justiça, na verdade, e ele foi absolvido sem que o Ministério Público tenha querido recorrer mas essas são pequenas diferenças hein!?). Hoje, António José Saraiva diz que é o farol não sei-de-quê, o bastião não sei do que mais. Cara de pau, pelo menos isso, cara de pau.
- Os jornalistas abutre. Meter o dedo de fora, sentir a direcção do vento, cavar o mais possível e mesmo que se tenha que mentir queremos é ser os primeiros. Sábado e Visão. Ambas as revistas escreveram em 2005 (Abril e Maio creio) que o documento publicado pelo Independente era falso e a informação nele contida em nada correspondia ao processo. Como se tivesse sido produzido num vão de escada. Ora, parece que o documento e a informação nele contida existem ( o inspector-chefe da PJ de Setúbal assim o confirmou no processo onde foi julgada a violação do segredo de justiça, um processo que já não está em segredo de justiça). Já a Visão chegou mesmo a fazer uma manchete ("História de uma cabala", creio que era o títutlo) onde dicertava sobre a alegada cabala que tinha sido montada contra o primeiro-ministro José Sócrates em Fevereiro de 2005. Esquecendo-se que a PJ de livre e espontânea vontade decidiu fazer buscas perguntando pelo envolvimento do PM na aprovação do Freeport, a 12 dias das eleições quando todos sabíamos que Sócrates iria ser eleito primeiro-ministro. Mais um pormenor de somenos: as buscas foram de tal forma bem conduzidas que os responsáveis pelas mesmas continuam em funções incluindo a inspectora-chefe do departamento da PJ em Setúbal. Duas revistas, duas investigações goradas nenhuma emenda. Agora, em janeiro de 2009 as mesmas duas revistas fizeram uma manchete com as suspeitas dos ingleses sobre o PM português.
- Os ex-jornalistas: Há dias Miguel Sousa Tavares no Expresso falava sobre os jornalistas que divulgaram o caso Freeport em 2005 como se fossem jornalistas a soldo. Incompleta a ideia do ex-jornalista: a soldo da verdade. É ou não notícia que a PJ decida realizar buscas envolvendo o candidato melhor posicionado para ser eleito PM a 11 dias da sua eleição? M. Sousa Tavares acha que não. É a melhor prova de que matou o bom jornalista que um dia foi.
Não sei se José Sócrates fez ou não algo de mal. Não sei, sinceramente não sei, se terá tido algum proveito próprio por parte de algum dirigente da Administração Pública na aprovação do Freeport de Alcochete. Sei uma coisa: não são apenas os políticos que precisam de reflectir. Nós, os jornalistas também. E não é pouco. 'So help us God'.
P.S. Porque o tema já não está a arder nas manchetes vale a pena explicar porque o Ministério Público também deve reflectir. No processo que abriu aos jornalistas que alegadamente tinham violado o segredo de justiça em Fevereiro de 2005 o Ministério Público decidiu colocar como apenso (VII) o processo inicial (o que teve origem numa denúncia anónima que visava o actual primeiro-ministro). Em poucas palavras: no processo onde estava a ser investigada a alegada violação de segredo de justiça o Ministério Público violou o segredo de justiça colocando como apenso um outro processo, ele sim, ainda hoje em segredo de justiça. Acontece que, no preciso momento em que deixa de estar em segredo de justiça o processo que teve como arguidos os jornalistas, qualquer cidadão pode consultar o processo original que continua em segredo de justiça. Como dizia Frei Tomás: faz o que eu digo....
- Os jornalistas 'embedded' como os da extinta "Tempo". Sem comentários porque é mau demais.
- Os jornalistas poligamos (sempre disponíveis para acolher uma nova tese). Expresso dia 12 de Fevereiro de 2005 diz na página 17 e sem chamada à primeira página (embora estivéssemos a oito dias das eleições) que Sócrates é suspeito por alegada prática de corrupção; depois em Março, o mesmo Expresso, diz que foi tudo uma intentona aquilo que o Independente publicou a 11 e 18 de Fevereiro e, já na primeira página, escreve o semanário que "policias e jornalistas [do Independente] suspeitos por corrupção" isto porque os jornalistas do Independente são suspeitos de terem recebido contrapartidas sendo certo que o documento publicado pelo Independente é falso (hoje olhar para trás dá vontade de rir....o documento é verdadeiro, não houve nenhuma contrapartida ou sequer indício ou suspeita de que tenha havido mas o Expresso nada disse, em nada emendou a mão); depois em Janeiro de 2009 o mesmíssimo Expresso diz que a investigação ao Freeport afinal existe, tem provas e suspeitas e faz sentido que tudo seja investigado.
- Os jornalistas cara-de-pau. A actual direcção do Sol, ex-direcção do Expresso. Em Março de 2005 escreveram na primeira página, sem sequer ouvir o jornalista do Independente que escreveu a notícia sobre as investigações do Freeport, uma chamada dizendo que ele estava a ser investigado por suspeitas de corrupção (era violação de segredo de justiça, na verdade, e ele foi absolvido sem que o Ministério Público tenha querido recorrer mas essas são pequenas diferenças hein!?). Hoje, António José Saraiva diz que é o farol não sei-de-quê, o bastião não sei do que mais. Cara de pau, pelo menos isso, cara de pau.
- Os jornalistas abutre. Meter o dedo de fora, sentir a direcção do vento, cavar o mais possível e mesmo que se tenha que mentir queremos é ser os primeiros. Sábado e Visão. Ambas as revistas escreveram em 2005 (Abril e Maio creio) que o documento publicado pelo Independente era falso e a informação nele contida em nada correspondia ao processo. Como se tivesse sido produzido num vão de escada. Ora, parece que o documento e a informação nele contida existem ( o inspector-chefe da PJ de Setúbal assim o confirmou no processo onde foi julgada a violação do segredo de justiça, um processo que já não está em segredo de justiça). Já a Visão chegou mesmo a fazer uma manchete ("História de uma cabala", creio que era o títutlo) onde dicertava sobre a alegada cabala que tinha sido montada contra o primeiro-ministro José Sócrates em Fevereiro de 2005. Esquecendo-se que a PJ de livre e espontânea vontade decidiu fazer buscas perguntando pelo envolvimento do PM na aprovação do Freeport, a 12 dias das eleições quando todos sabíamos que Sócrates iria ser eleito primeiro-ministro. Mais um pormenor de somenos: as buscas foram de tal forma bem conduzidas que os responsáveis pelas mesmas continuam em funções incluindo a inspectora-chefe do departamento da PJ em Setúbal. Duas revistas, duas investigações goradas nenhuma emenda. Agora, em janeiro de 2009 as mesmas duas revistas fizeram uma manchete com as suspeitas dos ingleses sobre o PM português.
- Os ex-jornalistas: Há dias Miguel Sousa Tavares no Expresso falava sobre os jornalistas que divulgaram o caso Freeport em 2005 como se fossem jornalistas a soldo. Incompleta a ideia do ex-jornalista: a soldo da verdade. É ou não notícia que a PJ decida realizar buscas envolvendo o candidato melhor posicionado para ser eleito PM a 11 dias da sua eleição? M. Sousa Tavares acha que não. É a melhor prova de que matou o bom jornalista que um dia foi.
Não sei se José Sócrates fez ou não algo de mal. Não sei, sinceramente não sei, se terá tido algum proveito próprio por parte de algum dirigente da Administração Pública na aprovação do Freeport de Alcochete. Sei uma coisa: não são apenas os políticos que precisam de reflectir. Nós, os jornalistas também. E não é pouco. 'So help us God'.
P.S. Porque o tema já não está a arder nas manchetes vale a pena explicar porque o Ministério Público também deve reflectir. No processo que abriu aos jornalistas que alegadamente tinham violado o segredo de justiça em Fevereiro de 2005 o Ministério Público decidiu colocar como apenso (VII) o processo inicial (o que teve origem numa denúncia anónima que visava o actual primeiro-ministro). Em poucas palavras: no processo onde estava a ser investigada a alegada violação de segredo de justiça o Ministério Público violou o segredo de justiça colocando como apenso um outro processo, ele sim, ainda hoje em segredo de justiça. Acontece que, no preciso momento em que deixa de estar em segredo de justiça o processo que teve como arguidos os jornalistas, qualquer cidadão pode consultar o processo original que continua em segredo de justiça. Como dizia Frei Tomás: faz o que eu digo....
Alexandre no estômago Soares joelhos dos pés juntos dos Santos
É uma entrada à Valcx ( o holandês do Sporting) a que Alexandre Soares dos Santos faz hoje ao primeiro-ministro. Com ou sem sentido? Como fala em causa própria (é um dos visados pelo discurso Robin Wood do líder do PS) a razão que tem ASS sai, ligeiramente, manchada. Mas, enquanto se vitimiza como aconteceu hoje com o Freeport no Parlamento ou lança para debate uma medida que é politicamente correcta sem explicar o alcance que lhe pretende dar, Sócrates presta-se à "demagogia". É politicamente muito hábil a resposta do nosso primeiro-ministro após um momento de aperto, mas é objectivamente falaciosa. Primeiro: como disse e bem Filipe de Botton "infelizmente" o corte de deduções fiscais dos ricos (aqueles que mais de cinco mil euros/mês) e o aumento das deduções da classe média no Orçamento do Estado de 2010 terá um efeito de jutiça fiscal em 2011. Até lá veremos quem consegue meter a cabeça de fora...Segundo: a dimensão das deduções que o Estado poupa com os ricos e canaliza para a classe média ajuda mas não resolve nenhum problema estrutural. No limite trata-se de uma razoável aspirina. Terceiro: tendo Portugal uma das mais altas cargas fiscais da UE (39% é a previsão para 2009) o problema é de injustiça fiscal como um todo, o que não se resolve com uma mudança no mapa de deduções em sede de IRS. É preciso mais, muito mais.
09 fevereiro 2009
Pegando na dica do Mário Crespo
E se?
E se Marcelo Rebelo de Sousa está consciente de que Ferreira Leite não pode ser a candidata do PSD a primeira-ministra porque o partido desaparecerá e, por isso, critica-a afincadamente para lhe dizer publicamente o que os colaboradores tardam em explicar em privado? E se Rui Rio se poupou durante os últimos meses, desde que Ferreira Leite lidera a oposição apesar de ser seu número dois, porque admite ser candidato a primeiro-ministro em Junho caso as eleições sejam antecipadas para coincidirem com as europeias (aliás, a própria Elisa Ferreira será candidata a eurodeputada, em Junho, e a presidente do Porto em Outubro)? E se o silêncio de Alexandre Relvas praticamente desde Setembro quando assumiu a presidência do viveiro politico do PSD (o instituto Sá Carneiro) se deve a solidariedade com a líder, mas também a uma poupança a desgates desnecessários para ser um trunfo a enfrentar Passos Coelho caso Rio não seja solução? E se José Sócrates aguarda, apenas, para ser reeleito líder do PS com percentagens sul-americanas e, mais tarde, ser inundado com muito mimo em congresso para pedir ao Presidente que antecipe eleições para Junho depois do seu nome vir a ser afastado do caso Freeport? E se isto é verdade? Estaremos melhor ou pior? Melhor. Sem hesitar, MELHOR. A concorrência só prejudica os mediocres e o país, em crise profunda, económica, social, de valores e muitas outras precisa...dos melhores. Tanto no Governo, como na oposição.
E se Marcelo Rebelo de Sousa está consciente de que Ferreira Leite não pode ser a candidata do PSD a primeira-ministra porque o partido desaparecerá e, por isso, critica-a afincadamente para lhe dizer publicamente o que os colaboradores tardam em explicar em privado? E se Rui Rio se poupou durante os últimos meses, desde que Ferreira Leite lidera a oposição apesar de ser seu número dois, porque admite ser candidato a primeiro-ministro em Junho caso as eleições sejam antecipadas para coincidirem com as europeias (aliás, a própria Elisa Ferreira será candidata a eurodeputada, em Junho, e a presidente do Porto em Outubro)? E se o silêncio de Alexandre Relvas praticamente desde Setembro quando assumiu a presidência do viveiro politico do PSD (o instituto Sá Carneiro) se deve a solidariedade com a líder, mas também a uma poupança a desgates desnecessários para ser um trunfo a enfrentar Passos Coelho caso Rio não seja solução? E se José Sócrates aguarda, apenas, para ser reeleito líder do PS com percentagens sul-americanas e, mais tarde, ser inundado com muito mimo em congresso para pedir ao Presidente que antecipe eleições para Junho depois do seu nome vir a ser afastado do caso Freeport? E se isto é verdade? Estaremos melhor ou pior? Melhor. Sem hesitar, MELHOR. A concorrência só prejudica os mediocres e o país, em crise profunda, económica, social, de valores e muitas outras precisa...dos melhores. Tanto no Governo, como na oposição.
Mário, Máário, Máário, Máário Crespo
Curtido, populista numas coisas, muito bem conseguido noutras.
"Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo. Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos."
in JN
"Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo. Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu. Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva". Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport. Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal. Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores. Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso. Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos."
in JN
08 fevereiro 2009
Que efeito terá o Freeport sobre a imagem do PM?
Da questão colocada há algumas semanas (menos de duas...) já se podem tirar algumas conclusões. Apesar de, segundo a Universidade Católica, 61% dos portugueses exigirem mais explicações a Sócrates sobre o seu envolvimento na aprovação do Freeport de Alcochete a verdade é que tanto o PM como o PS (embora seja o partido mais imune do que o líder) pouco ou nada sofrem nas sondagens. Na Aximage o PS sobe 0.2% (para os 40.2%) e, na Eurosondagem, cai 0.8% (para os 40.3%). A surpresa não está na equação Freeport-Sócrates, mas sim na ausência de efeitos na equação Freeport -Sócrates - Manuela Ferreira Leite. A líder do PSD é um entrave a uma alternativa a este Governo. As razões são simples. Primeira: o PSD está em queda livre, paulatina mas constante nas sondagens. Daí que escrever um comunicado contra o senhor da eurosondagem seja um tiro no pé. Segunda: como é que uma mulher que marca a agenda do país em Junho de 2008 falando de pobres nunca se encontrou com o presidente das IPSS? Nunca lhe telefonou sequer? E, parece, o senhor é militante do PSD...Ferreira Leite já disse PIB 1.137 vezes desde que é lider mas nunca visitou um pobre no seu habitat. Está tudo dito.
Sócrates no momento dificil que atravessa agradece e, não fossem os deslizes habituais do ministro S. Silva ( o tal que temia pela ingovernabilidade que Cavaco na Presidência provocaria), o líder do PS estaria a viver uma fase de desagravo durante o momento que é suposto as coisas serem difíceis. Quando, no Sábado, for reeleito líder do PS Sócrates vencerá o segundo referendo ao processo Freeport. Tal como aconteceu no primeiro, o popular, em que deu dez a zero a Ferreira Leite, no segundo referendo, o partidário, ganhará por uma larga maioria.
P. S. O professor Jorge Sá da Aximage tem uma teoria que comprovou com estudos práticos na última campanha: foi a divulgação de notícias sobre a aprovação do Freeport, dando conta das suspeitas das aurtoridades sobre o alegado envolvimento de Sócrates, que deram a maioria absoluta ao PS. Em 2009 a história pode-se repetir.
Sócrates no momento dificil que atravessa agradece e, não fossem os deslizes habituais do ministro S. Silva ( o tal que temia pela ingovernabilidade que Cavaco na Presidência provocaria), o líder do PS estaria a viver uma fase de desagravo durante o momento que é suposto as coisas serem difíceis. Quando, no Sábado, for reeleito líder do PS Sócrates vencerá o segundo referendo ao processo Freeport. Tal como aconteceu no primeiro, o popular, em que deu dez a zero a Ferreira Leite, no segundo referendo, o partidário, ganhará por uma larga maioria.
P. S. O professor Jorge Sá da Aximage tem uma teoria que comprovou com estudos práticos na última campanha: foi a divulgação de notícias sobre a aprovação do Freeport, dando conta das suspeitas das aurtoridades sobre o alegado envolvimento de Sócrates, que deram a maioria absoluta ao PS. Em 2009 a história pode-se repetir.
31 janeiro 2009
Fica a pergunta
O país está com uma grave crise económica, uma embrionária mas terrível crise social e está a braços com uma crise política indesmentível. Se o caso Freeport não passa de uma insídia campanha oculta porque não revela Sócrates todas as suas contas bancárias, acaba com o que diz ser um vil ataque a si e à sua família e não se foca, apenas, nos graves problemas do país?
P.S. Basta recordar que o assunto de Estado de que fala Cavaco merece ser tratado como tal.
P.S. Basta recordar que o assunto de Estado de que fala Cavaco merece ser tratado como tal.
30 janeiro 2009
Outras crises
Aqui tal como acontece nas refinarias inglesas onde os britânicos em greve estão a ser substituídos por italianos e portugueses, o problema não é de mão-de-obra qualificada. Mas sim de procura e oferta.
Os ingleses estão mais ferreira-leitistas
29 janeiro 2009
19 janeiro 2009
RIP AGUARDELA
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
Foi no porto de Lisboa, a beber e a cantar
Conheci um marinheiro de quem vos vou falar
Valente marinheiro, nascido em noite de tempestade
Era só uma garrafa que deixou pela metade
Fugindo com aguardente, nenhum deixou pensar
Escolheu ser marinheiro mas nÃo sabendo enjoar
E assim foi navegando pelos lados do Sodré
Mas dentro de uma garrafa nunca mais se perde o pão
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim, ha!
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
Há quem navegue de porto em porto, navegue de bar em bar
Há quem procure fazer fortuna, eu procuro naufragar
Telefonei p'ra ti só p'ra te ouvir cantar
Pensei que a tua voz me pudesse animar
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
Há quem navegue de porto em porto, navegue de bar em bar
Há quem procure fazer fortuna, eu procuro naufragar
Telefonei p'ra ti sop'ra te ouvir cantar
Pensei que a tua voz me pudesse animar
Pensei que a tua voz...
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparaparaparaparaparaparim!
Raparaparaparaparaparaparim
Foi no porto de Lisboa, a beber e a cantar
Conheci um marinheiro de quem vos vou falar
Valente marinheiro, nascido em noite de tempestade
Era só uma garrafa que deixou pela metade
Fugindo com aguardente, nenhum deixou pensar
Escolheu ser marinheiro mas nÃo sabendo enjoar
E assim foi navegando pelos lados do Sodré
Mas dentro de uma garrafa nunca mais se perde o pão
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim, ha!
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
Há quem navegue de porto em porto, navegue de bar em bar
Há quem procure fazer fortuna, eu procuro naufragar
Telefonei p'ra ti só p'ra te ouvir cantar
Pensei que a tua voz me pudesse animar
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparim
Há quem navegue de porto em porto, navegue de bar em bar
Há quem procure fazer fortuna, eu procuro naufragar
Telefonei p'ra ti sop'ra te ouvir cantar
Pensei que a tua voz me pudesse animar
Pensei que a tua voz...
Esta vida de marinheiro está a dar cabo de mim
Raparaparaparaparaparaparaparaparaparaparaparim!
18 janeiro 2009
Krugman escreve a Obama
If things continue on their current trajectory, Mr. President, we will soon be facing a great national catastrophe. And it's your job — a job no other president has had to do since World War II — to head off that catastrophe.
With office buildings standing empty, shopping malls begging for tenants and factories sitting idle, who wants to spend on new capacity
…
And with workers everywhere worried about job security, people trying to save a few dollars may stampede into stores that offer deep discounts, but not many people want to buy the big-ticket items, like cars, that normally fuel an economic recovery.
…
If banks need federal funds to survive, provide them — but demand that the banks do their part by lending those funds out to the rest of the economy. Provide more help to homeowners. Use Fannie Mae and Freddie Mac, the home-lending agencies, to pass the government's low borrowing costs on to qualified home buyers.
…
Conservatives will accuse you of nationalizing the financial system, and some will call you a Marxist. (It happens to me all the time.) And the truth is that you will, in a way, be engaging in temporary nationalization. But that's OK: In the long run we don't want the government running financial institutions, but for now we need to do whatever it takes to get credit flowing again.
…
The lesson from FDR's limited success on the employment front, then, is that you have to be really bold in your job-creation plans. Basically, businesses and consumers are cutting way back on spending, leaving the economy with a huge shortfall in demand, which will lead to a huge fall in employment — unless you stop it. To stop it, however, you have to spend enough to fill the hole left by the private sector's retrenchment.
…
How much spending are we talking about? You might want to be seated before you read this. OK, here goes: "Full employment" means a jobless rate of five percent at most, and probably less. Meanwhile, we're currently on a trajectory that will push the unemployment rate to nine percent or more. Even the most optimistic estimates suggest that it takes at least $200 billion a year in government spending to cut the unemployment rate by one percentage point. Do the math: You probably have to spend $800 billion a year to achieve a full economic recovery. Anything less than $500 billion a year will be much too little to produce an economic turnaround.
…
In fact, the biggest problem you're going to face as you try to rescue the economy will be finding enough job-creation projects that can be started quickly.
war in Iraq — which is, by the way, costing about as much each year as the insurance subsidies we need to implement universal health care.
With office buildings standing empty, shopping malls begging for tenants and factories sitting idle, who wants to spend on new capacity
…
And with workers everywhere worried about job security, people trying to save a few dollars may stampede into stores that offer deep discounts, but not many people want to buy the big-ticket items, like cars, that normally fuel an economic recovery.
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If banks need federal funds to survive, provide them — but demand that the banks do their part by lending those funds out to the rest of the economy. Provide more help to homeowners. Use Fannie Mae and Freddie Mac, the home-lending agencies, to pass the government's low borrowing costs on to qualified home buyers.
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Conservatives will accuse you of nationalizing the financial system, and some will call you a Marxist. (It happens to me all the time.) And the truth is that you will, in a way, be engaging in temporary nationalization. But that's OK: In the long run we don't want the government running financial institutions, but for now we need to do whatever it takes to get credit flowing again.
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The lesson from FDR's limited success on the employment front, then, is that you have to be really bold in your job-creation plans. Basically, businesses and consumers are cutting way back on spending, leaving the economy with a huge shortfall in demand, which will lead to a huge fall in employment — unless you stop it. To stop it, however, you have to spend enough to fill the hole left by the private sector's retrenchment.
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How much spending are we talking about? You might want to be seated before you read this. OK, here goes: "Full employment" means a jobless rate of five percent at most, and probably less. Meanwhile, we're currently on a trajectory that will push the unemployment rate to nine percent or more. Even the most optimistic estimates suggest that it takes at least $200 billion a year in government spending to cut the unemployment rate by one percentage point. Do the math: You probably have to spend $800 billion a year to achieve a full economic recovery. Anything less than $500 billion a year will be much too little to produce an economic turnaround.
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In fact, the biggest problem you're going to face as you try to rescue the economy will be finding enough job-creation projects that can be started quickly.
war in Iraq — which is, by the way, costing about as much each year as the insurance subsidies we need to implement universal health care.
Oposição à portuguesa
A política e a culinária respeitam o mesmo princípio: precisam de ingredientes certos mas é na sua correcta aplicação que está a arte. Manuela Ferreira Leite, que não é uma política de mão cheia mas uma excelente técnica, é o exemplo vivo disto mesmo. Na semana que termina o Governo finalmente reconheceu o inevitável - o Orçamento que aprovou já estava desactualizado -, o que veio reforçar a bandeira que a dra Manuela mais vezes, e bem, hasteou nas últimas semanas. Em vez de capitalizar o momento o que fez Manela? Nova gaffe, novo ataque à comunicação social, nova oportunidade para o Governo a acantonar. O que prova que há demasiado Pacheco Pereira e pouco Alexandre Relvas neste PSD. Com o país a definhar, uma crise nunca vista, uma recessão em cima, o desemprego a disparar, os problemas sociais a ganhar fôlego ouve-se o historiador insistir nos ataques aos jornalistas e o presidente do Instituto Sá Carneiro (o think-tank do PSD) manter um silêncio ensurdecedor. Será possível?
16 janeiro 2009
Desce
Pior cego é o que não quer ver. Em 2003 o Governo atacou a recessão como se não houvesse amanhã. Em 2009 o Governo atacou a recessão como se não houvesse recessão. Menos 'easy going, dude!'. O Governo perde a bandeira do défice mais baixo da democracia depois de três anos sem ter feito qualquer rectificativo. O país definha na crise. O Governo na sua resolução. É mau para todos.
Sobe
14 janeiro 2009
13 janeiro 2009
Para queijo
O que pensa o Governo, que limita e bem as progressões automáticas dos professores sindicalistas, da progessão automática do ex-administrador do banco público, Armando Vara, actualmente na administração do concorrente BCP?
08 janeiro 2009
Alguém lhe perguntou alguma coisa?
"Só funciono com oralizações. Não sou penetrável nem consigo penetrar na maioria das vezes. Desde 1967. A frase consta do diário de Jorge Ritto e ontem foi citada pelo seu advogado para contrariar as acusações de abusos sexuais imputadas por ex-casapianos ao embaixador".
Correio da Manhã, 08.01.09
Correio da Manhã, 08.01.09
06 janeiro 2009
Nota dez
Apenas dois pontos negativos para Sócrates, durante uma hora de entrevista. A ligeireza com que falou da divergência com o Presidente da República e o contornar do grave problema do endividamento externo. Poucos? Sim, mas decisivos para o futuro.
01 janeiro 2009
Tem mal
Pacheco Pereira não gosta especialmente de jornalistas. Não tem mal nenhum. Pacheco Pereira não gosta especialmente de jornalistas de política. Não tem mal nenhum. Pacheco Pereira critica os jornalistas de política como se fossem um uno. Tem mal. É o mesmo, já o escrevi, que dizer que todos os que representam o PSD no comentário político são mediocres. Sejam eles, Marco António Costa na RTP ou Pacheco Pereira na Sic. Tem mal porque é mentira.
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