21 janeiro 2005

O nível da imprensa

Algures no final do ano passado, muitos amigos (e não só) resolveram atacar o Insubmisso pela publicação de um post em que se fazia referência a assuntos privados.
Na altura, mesmo tendo em conta o exagero das respostas e o que foi publicado na imprensa sobre o assunto, resolvemos recuar. O Insubmisso, blogue que se assume na defesa da liberdade responsável, assumiu também a postura mais responsável, católica até: corrigir o caminho e seguir em frente.

Pois bem, chegados a esta campanha, gostaria de desafiar os que nos criticaram a fazer o mesmo com alguns órgãos de comunicação social. Sou directo: vejam a Visão desta semana e respondam se gostaram de ver o trabalho sobre os boatos. Vejam, mas com atenção: as insinuações, as ligações entre caras e boatos, entre líderes e o resto. Vejam, mas vejam mesmo. E depois cá estaremos para comentar.

Se querem que vos diga, meus amigos (e não só), estou farto de falsos puritanos. Estou cá para assumir as minhas responsabilidades. Espero que todos, mas todos, os que me criticaram estejam cá para asssumir as suas.

Abraços e até já

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro David:
Este teu post é pouco mais que miserável. Quando o teu amigo Mira fez aquelas insinuações torpes, defendeste-o até à última. Corrigir caminho? Estou-te a ver-te exaltado a dizeres-me que o 24 horas tinha publicado os mesmos boatos e a lançar posts de solidariedade assinados por todos quantos fazem o insubmisso.
Nessa altura disse-te o que te volto a dizer agora: dois errados não fazem um certo. Se a tua bitola é desculpares-te com os erros dos outros e com artigos mais ou menos canalhas, qualquer dia tens como referências jornalísticas o Crime, o Diabo, o 24 , o Pessoas e o diabo a quatro.
O que se espera de ti, pelo menos eu, é que não evoques os piores exemplos para desculpares coisas que nem sequer foste tu que escreveste. É que eu realmente não entendo este teu comentário: então agora pode-se lançar merda sobre outros pela simples razão de existirem antecessores ou delfins?
Já da outra vez me chamaste-me pessoalmente falso puritano (na redacção do Diário Económico) e eu deixei passar. Desta vez não deixo e respondo-te com uma pergunta:o que é que te dá o direito de me passares julgamentos ou atestados morais?

Com amizade verdadeira,

Francisco Trigo de Abreu

David Dinis disse...

Caro Francisco,

tenho pena que respondas assim, mais ainda porque não percebeste o que escrevi. Dois errados não fazem um certo. Tens razão. Mas, ao contrário do que aconteceu aqui, não vi ninguém - nem mesmo tu - a apontar o dedo à Visão (mais de 100 mil leitores) como se fez com o Mira (100 leitores, se tanto, e sob o seu próprio nome, com acusações directas, não encapotadas).
Cada um é como cada qual. Mas o critério pessoal deve ser assumido coerentemente. É a esse duplo critério que chamo falso puritanismo. Não a quem assume, totalmente, as suas acusações. Esses ficam com elas, para o bem e para o mal. Ponto.

P.S. Eu, como qualquer humano, cheguei a fazer um post com insinuações pessoais. Fui alertado e corrigi, de imediato, pedindo desculpa aos leitores. Todos podem errar, meu amigo. O que devem é assumir os erros.
Eu, por mim, assumo, assumi, e assumirei tudo: os meus erros, as minhas opções, as minhas opiniões. É por isso que és meu amigo. É por isso que sou teu amigo - porque és transparente e leal. Como aconteceu nestas linhas.

Anónimo disse...

Ó meus amigos...
Depois de semanas a fio sem posts...
Outra Vez?!
Eu que gosto tanto deste Blog, uma coisa essencialmente política, com comentários inteligentes, sarcasmo com conteúdo, sem recorrer à graçola fácil, o abordar de questões verdadeiramente importantes incitando a uma opinião pública informada...e "prontos" essas coisinhas todas...
Desculpem, mas isto já começa a assemelhar-se à política nacional, muita tinta (neste caso virtual)com ataques pessoais e declarações de amizade (ou não). Escrevam e comentem acerca do "objecto" das discussões e não acerca dos valores morais de quem as profere.Avaliar os valores morais das pessoas é uma tarefa difícil e nem por isso assaz relevante. Mas avaliar a moralidade de certos actos talvez seja mais importante, mas somente com intuito de verificar até que ponto o produto final desses actos é ou não matéria de interesse e reflexão. Com isto quero dizer: se o JPH é ou não um falso puritano, se é ou não amigo do David Dinis e se lhe é ou não leal...quer dizer...Pode ser importante para as duas pessoas em questão,logo quanto a mim, devem ser mantidas na esfera privada que só a ambos diz respeito.
Agora a discussão acerca do nível da imprensa nacional, daquilo a que se dá valor mediático, do que se considera verdadeiramente relevante para circular na esfera pública,da colaboração da imprensa para uma opinião pública esclarecida a pontos de tomar decisões em consciência e claro,um humor inteligente, isso penso que diz respeito a todos.