A malta da Função Pública portuguesa adora, adora mesmo, arranjar um bom pretexto para arranhar os governos. Normalmente, pelas duas razões do costume: por tudo e por nada. Desta vez são os professores, que resolveram marcar greve para os dias dos exames do 9º ano. Pura coincidência, claro está.
O método não é novo. Lembro-me de repente da greve do SEF, em pleno Euro 2004. Uma coincidência, uma vez mais.
Acho sinceramente que os governos deviam mudar de método na reacção a greves que prejudicam o interesse público. Os senhores querem fazer greve, muito bem. Agora, se não arranjam um dia que não seja chave para o interesse público, era apontar-lhes a porta da rua. Sem mas, nem meio mas. Nisto, como dizia o Paulo Baldaia no DN há tempos, ou há moralidade ou comem todos. Nem mais.
20 junho 2005
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