28 junho 2005

O Iraque, tanto tempo depois

Faz 365 dias que o Iraque recebeu o seu primeiro governo democrático em meio século. José Lamego, socialista e ex-representante português na Administração Provisória, faz um balanço interessante, no DE. Diz que foi um ano sem progressos assinaláveis, situação atribuível ao clima de insegurança que persiste naquele território - uma espécide de PREC iraquiano, na escala devida, que não impede (como não impediu por cá) que se fale numa era de democracia. Instável, sim, perigosa, claro, mas democracia.

Depois, Lamego fala da intervenção que depôs Saddam. "Uma guerra é sempre um facto terrível e a história não pode ser avaliada de um ponto de vista normativo. De qualquer modo, no Iraque não houve progressos substanciais, mas há uma progressão em toda a região, nomeadamente na Síria, no Líbano, o regresso da Líbia à comunidade internacional, que tem a ver também com o facto de ter sido exercida uma ameaça militar credível sobre um país que se comportava como um agressor sistemático relativamente a vizinhos mais fracos". Por outras palavras, Lamego diz que o Médio Oriente está mais seguro. O que, há dois anos e meio, ninguém ousaria, sequer, pensar.

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