26 junho 2005
Rectifica o quê?
Diz o Público de hoje que o Orçamento Rectificativo (o primeiro do eng. Sócrates) aumenta o peso do Estado para níveis nunca antes atingidos. É caso para perguntar ao sr.primeiro-ministro para que servem os sacrifícios que anda a pedir. E o que raio quer ele rectificar. Resposta nos próximos dias.
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1 comentário:
E não vai longe a discussão e aprovação do Orçamento de Estado Rectificativo para 2005 que decorreu em ambiente confuso de licitações leiloeiras de feira. De todos os lados alguém dava mais. Exibia razões, referia números, acusava o anterior, justificava o posterior. Concluindo-se, afinal, não haver responsáveis pelo descalabro das nossas contas públicas. Ninguém foi responsável! Ao fim e ao cabo a culpa é bastarda! Um enorme saco vazio cheio de nada!
Pois às Laranjas vieram as Rosas, seguidas pelas Laranjas que deram lugar, de novo, às Rosas. Entre o Laranjal e o Roseiral foi-se perdendo aqui a coerência, acolá a verticalidade. E agora o gravoso problema dos trinta dinheiros, vírgula um.
Crê-se que as actuais Rosas chegaram à Assembleia com a lição mal alinhavada. Brandiram números acusatórios às Laranjas. Que ripostaram com outros números igualmente acusatórios.
Qual Luiz Vaz tentando salvar no mar revolto os manuscritos dos Lusíadas no naufrágio assinalado pelos então barões! Mas este, cego de uma vista, escrevia direito. Hoje, os doutos escribas, com ambas as vistas, elaboram textos rebuscados, evasivos, tortuosos, passam a vida a rectificar, corrigir, anexar, os números, as décimas, sem pudor. Onde um erro não é um erro, antes um reajustamento, uma revisão...
Julgo que é por aí que devem começar por rectificar as coisas. Pôr as escritas e os números claros e transparentes pois já pouco interessa saber se foi o Mestre de Aviz ou o João da Regras quem cometeu o pecado original disto chegar onde chegou.
O que está claro e transparente é que serão os mesmos a pagar.
Provavelmente Egas Moniz, com uma gravata de cânhamo, não devia empenhar-se pelo Reino. Antes o não tivesse feito. Hoje, alguns deputados, talvez tivessem assento nas Cortes como representantes da lusitana assembleia, onde o mar acaba e a ... treta começa.
Kalonge
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