28 maio 2006
Digam-me que é mentira
Alguém por favor, me diga que o Ministro da Justiça não nomeou a filha para o seu gabinete. Alguém por favor me diga que ela não vai efectuar essa tarefa tão especial, técnica e de confiança que é actualizar conteúdos de um site. Alguém por favor me diga que ela não vai ganhar €3254 x 14 meses mais subsídio de refeição. Alguem me diga que esta tarefa tão especial não tem uma retribuição superior à de um professor do ensino universitário do sistema público. Alguém me diga que mais nenhum dos perto de 200.000 excedentários previsíveis da função pública não tinha as qualidades que esta tão especial nomeada.
Alguem me diga que esta nomeação é mentira. Alguem me diga que tudo isto é apenas uma embirração minha com os socialistas. Alguem me diga que isto não acontece no mesmo governo em que se fala do défice e do buraco da segurança social. Alguem me diga que isto não é escandaloso.
Se calhar são só manias minha e se calhar aquilo que eu considero ser ética política só é aplicável em Marte, quiçá em Vénus.
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10 comentários:
O amigo anda muito distraído...esta questão já foi trazida para a blogosfera aveirense por um ilustre representante da direita que mais tarde se retratou, tinha-se enganado! Não é familiar do Ministro. A política exige seriedade. A bem de todos e do País.
Às páginas tantas surge essa informação de várias fontes. Que a dita jornalista é familiar do ministro. Há quem garanta que é familiar do dito ministro mas parece que o desgoverno já o desmentiu. Por exemplo, aqui:
"7- O Ministério da Justiça desmente de forma categórica a existência de qualquer relação de parentesco entre o ministro da Justiça, Alberto Costa, e a assessora de imprensa, Susana Isabel Costa Dutra.
09 de Fevereiro de 2006"
Parece uma nota emanada do MJ, publcada aqui http://corporacoes.blogspot.com/2005/10/uma-vez-mais-sobre-tributao-do-subsdio.html .
Talvez seja de investigar, embora algumas fontes provenham de membros muito próximos do próprio desgoverno, daí a credibilidade da informação relativa à contratação.
posted by anti-comuna
A dita jornalista não tem nada a ver com o dito ministro. Não há nenhuma relação de parentesco. A dita jornalista estava no desemprego, por causa do fecho de A Capital, e arranjou um belo de um tacho para fazer praticamente nada por 650 contos brutos acrescido de mais uns contitos limpos para se alimentar.
Oh, António, mesmo que não haja laço entre as partes, o problema é que são muito ínvios os caminhos que vão sendo traçados à vista de quem não esconde o olhar, e, como por magia, os trabalhos são realizados dentro de uma 'legalidade irresponsável', que é uma invenção dos últimos anos e proveniente do universo político(?) lusitano.
estimados anónimo e nem por issos,
eu pedi para me dizerem que era mentira todo o descritivo. se me dizem que ela não é filha do ministro...então ainda bem. Quanto à minha distracção...de facto, é verdade. Eu próprio ao olhar para a data da nomeação, considerei a certa altura que seria descabido falar sobre o tema. Mas a nomeação em questão serve-me de "keystone" para uma quixotesca e romântica investida da minha parte a favor de um certo conceito de ética política. Como diz um dos comentários, provavelmente haverá mais casos. Que não se deixe de falar sobre esta e outras coisas.
Todos os que andamos nestas coisas da informação, ouvimos aqui e ali pequenos fragmentos e estórias, que dão conta de uma menor capacidade de acção do Governo sobre a comunicação social. É preciso que as estórias sejam contadas e que se tenha coragem de dizer o que está mal. Eu achei que esta nomeação foi errada. Não por ela poder ter algo a ver com o Ministro Costa, mas pelo teor da nomeação. Eu encontraria pelo menos 500 recém-licenciados que conseguiriam efectuar o trabalho por 1/6 do ordenado em questão. Eu encontraria pelo menos 20 empresas que prestariam o mesmo serviço, devidamente contratualizado, com menos encargos para o erário público. E é por isso que eu me bato...contra o desgoverno.
Muito obrigado pelos comentários e pelas correcções. Abraço ao enorme papa-amoras.
Que não se deixe de falar.
Quando um Ministério sente necessidade de vir a público desmentir e justificar ... não sei porquê, começo com mais comichões do que as que tinha antes.
"Eu encontraria pelo menos 500 recém-licenciados que conseguiriam efectuar o trabalho por 1/6 do ordenado em questão."
Só espero que este tipo de comentário não seja mais um para denegrir o excelente trabalho e dedicação que a maioria dos recém-licenciados demonstra e pratica face aos chamados 'jornalistas residentes'...
O problema principal deste texto não assenta no facto da dita jornalista ser ou não parente do ministro - caso fosse verdade só agravaria mais a situação - mas sim no valor astronómico do seu salário, quando os 'nossos' políticos defendem medidas de contenção de despesas.
É este o exemplo que querem dar aos portugueses?
Sendo jornalista, que formação terá essa tal de Susana em termos de web-design?
Só me apraz concluir que estou cada vez mais desiludido não só com a gestão desequilibrada do Governo de Sócrates, mas igualmente da esfera da comunicação social.
Tenho Dito.
Meu caro António Mira
alguém que me diga que o senhor não é um grande difamador. Alguém que me diga que o senhor não é jornalista. Alguém que me diga que respeitou o contraditório. Alguém que me diga que não faz parte dos maus jornalistas que Manuel Carrilho critica. Alguém que me diga que O Insubmisso não é um blog onde se refugia um caluniador. Alguém que me diga que isto não é escandaloso. Alguém que me diga que ele não está ao serviço de tenebrosos interesses. Alguém que me diga que isto é só uma embirração minha com António Mira. Alguém que me diga que a mira dele não está desfocada.
Por favor!
Se calhar são só manias que tenho e se calhar aquilo que considero ética e deontologia de jornalista só é aplicável em Marte, quiçá em Vénus.
Como vê, António Mira, só peço que me digam que é mentira!
Quanto ao resto do seu descritivo ... David Dinis, Você que foi assessor de Durão Barroso, explique-lhe os procedimentos. É a pessoa indicada para tal. Mas, explique-lhe como se ele fosse uma criancinha de quatro anos.
Senhor Postiço,
Sobre mim pode dizer o que quiser. Comentários como o seu, são aqueles que dão força à minha convicção de que ao falar sobre estes temas, estou a falar sobre temas incómodos. Não consigo responder estruturadamente ao seu comentário, visto que, como perceberá ao relê-lo, ele é sinusoidal. No entanto, ao fazer insinuações sobre este blog e os seus participantes, perde a razão do comentário.
Se quer que alguém que diga que "whatever" é mentira, eu digo-lhe! É mentira! Espero que assim fique com a sua consciência mais tranquila. Aqui, o que queremos é pessoas felizes.
Muito obrigado e volte sempre que lhe apetecer
Senhor Antonio Mira,
Pelo que leio parece-me que o senhor é jornalista. Pois eu sou Professora. E também sou a legitima mulher do Ministro da Justiça! Há pois é!! Sou eu agora que entro no seu blog para o chamar à responsabilidade do que anda a difundir! O senhor sabe que (ou devia saber porque é jornalista) que uma mentira muitas vezes repetida quer tornar-se verdade! Mas não é verdade! O Ministro da Justiça e eu própria temos 3 filhos: Jaime Trindade BErnardes Costa, Joana Trindade Bernardes Costa e Inês Trindade Bernardes Costa. E só estes! Se o senhor que tem acesso ao site do Ministério da Justiça não quis ler o desmentido que foi aí feito, então qual é a sua intenção? Que mais confirmação quer afinal?! Esta mentira circula desde Setembro de 2005. Eu e a minha família estamos fartos de tanta calúnia! O senhor sabe bem (ou devia saber) que a Jornalisa Susana Costa Dutra não é da família do Ministro da Justiça. Já reparou que o nome Costa é um nome vulgar em Portugal?
Alguém que me diga que esta mentira não é escandalosa! O mínimo que se exige é que peçam desculpa!
Maria E. Costa
(Quer a certidão de nascimento dos filhos do Ministro da Justiça?)
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