15 setembro 2005

Competência

Há, neste ataque súbito da oposição à nomeação de Guilherme d'Oliveira Martins para o Tribunal de Contas, uma enorme hipocrisia.

Primeiro, não há quem não lhe reconheça seriedade e profissionalismo;
Depois, não há quem se lembre que o deputado é - apesar dos pesares - independente. Se nunca se filiou no PS é porque nunca o quis e isso deve contar para alguma coisa;
Terceiro, o mesmo GOM foi nomeado - imaginem - por um Governo de direita para uma das mais importantes instituições públicas de Cultura do país.

Em resumo, o que a direita está a dizer agora - depois de um enorme silêncio quando Armando Vara e Fernando Gomes foram designados para belos empregos públicos - é que Oliveira Martins é um "boy" socialista, dois anos depois de nomearem esse mesmo "boy" socialista para um outro cargo público. Pois. Para trunfo de isenção serve, já para nomeação socialista nem pensar.

Quando a oposição e o Governo aprenderem que as nomeações se devem fazer por critérios de competência, talvez o país começe a andar para a frente. Digo eu.

4 comentários:

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

Concordo, quase em pleno, com a análise que faz; não tenho ouvido e lido outra coisa,dos mais variantes quadrantes, que não seja o reconhecimento da competência, profissionalisno e capacidades do GOM. Acredito, mesmo, que não será pelo facto de alguém ser de um determinado partido, ou dele estar próximo, que o "incapacita" a exercer um determinado cargo com isenção e independência. E convenhamos que, na opisição, só quem nunca governou pode "atirar a primeira pedra". Contudo, há, também, que reconhecer que esta nomeação deve de ser criticada por ter sido incluída numa "cadeia de nomeações" de que o governo é (único) responsável; este é, a meu ver, um grande handicap da nomeação de GOM. O governo manchou esta nomeação com outras (anteriores)pouco justificadas ou justificaveis. Ao faze-lo, o governo condiciona a próprio exercício do cargo de GOM.

Anónimo disse...

O justo pelo pecador, portanto.
Percebo o ponto, mas é importante que alguém consiga separar o trigo do joio.

DD

Anónimo disse...

Concordo plenamente com o «separar o trigo do joio» e que bom seria que essa separação começasse pelo próprio governo ;-)