30 setembro 2005

Quente mais quente não há

1. O PS cai nove pontos em dois meses. O PSD recupera, apesar de Marques Mendes não capitalizar como líder partidário. Entre os ministros, só quatro têm nota positiva. Descem todos menos - justamente - a ministra da Educação. O Verão foi quente, sim senhor, o Outono será escaldante.

2. Tendo isto em conta, as presidenciais que se seguem são fundamentais. qualquer candidato tem que responder muito claramente a uma questão: em alguma circunstância admite a dissolução da Assembleia da República? Em função disso, especialmente disso, os portugueses terão de decidir em quem votar.

3. Manuel Pinho diz, em entrevista hoje ao DE, que tem absoluta confiança do primeiro-ministro. José Peseiro terá dito o mesmo ontem, depois de ter sido eliminado por uma equipa de terceira, lá dos lados da Suécia. Desconfio que nenhum passa do ano novo.

4. O novo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, diz agora que não vai apresentar o Programa de Redução da Despesa. Perguntam vocês: o que é isso e que importância tem? Respondo eu: é uma peça fundamental da política económica do Governo e foi definida como prioridade do PS e Governo desde logo na campanha eleitoral. "Para os primeiros 180 dias", dizia o Programa. Agora, nem em quatro anos e meio. É uma boa maneira de começar mal. E uma óptima maneira de provar que a saída de Campos e Cunha pode ter sido o princípio do fim das boas intenções da maioria absoluta.

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu diria mais, é de uma lógica e de uma mente "cristalina".
De homem para boy, ou será boi?

Grinolado Arrebantão