10 janeiro 2006

O pleno socialista

O PM (não sei quem seja) não percebe como se pode dizer que Soares foi enganado pelo PS.
Bem sei que quem 'bloga' não pode estar a responder a todas as dúvidas de quem nos dá honra de ler o que escrevemos, mas como sou novo nestas andanças vou tentar explicar:
Soares avançou convencido que a maioria de Sócrates era suficiente para obrigar Cavaco a uma segunda volta e derrotá-lo. Sócrates garantiu-lhe, aliás, que se ele avançasse teria todo o apoio do PS e, como se vê, não tem.
Como se não chegasse a finta do Sócrates (agora mais incomodado em não chatear muito o futuro presidente), os próprios militantes socialistas transformaram Soares "em mau da fita" depois de o receberem como "pai da pátria".
Soares sabe bem que já estaria na segunda volta se tivesse cumprido a promessa de "fazer o pleno entre o eleitorado socialista". Alguém lhe prometeu o que não lhe podia dar. Eu não fui!

2 comentários:

rps disse...

"O PM (não sei quem seja)... "

Não é PM, não sei onde foste buscar essas iniciais. E sabes quem sou.

Estás a dar-nos a imagem de um Soares enganado. Coitadinho, enganado pelo mauzão do Sócrates... (custa a crer, pá...)

E isso atira-nos para a questão primeira:
foi Sócrates que bateu à porta de Soares ou foi Soares que bateu à porta de Sócrates?...

Anónimo disse...

A história, se calhar, é outra: aparece o patriarca a dizer que ele é que vai derrotar o contabilista e Sócrates, o tal que o número 10 não sabe quem seja, vê-se perante a encruzilhada de lhe dizer que não e levar com o soarismo em cima ou dizer-lhe que sim, deixá-lo estampar-se e seguir em frente. Escolhe a segunda alternativa, é claro. Mesmo sabendo que, mais tarde ou mais cedo, os antigos assessores do marocas hão-de tentar atirar-lhe para cima as culpas por um resultado que estava escrito há muito. O contributo de Soares é ter acrescentado à derrota anunciada os ingredientes para uma humilhação eleitoral memorável.