04 janeiro 2006

OPA consumada

Os autores deste blog andam há alguns meses a tentar "opar-me", como os próprios gostam de dizer. "Porque precisamos de uma escrita feminina, porque queremos mais gente a escrever aqui, porque isto, porque aquilo, bla, bla, bla" (com o devido respeito).
Porque sempre achei que não iria acrescentar coisa que se visse, ofereci alguma resistência. Mas de tanto me torcerem, acabei por quebrar.
Esperem de mim as coisas mais disparatadas sobre este disparate fantástico que é a vida. Ou essa escrita feminina, talvez (o que é isso? essa etiqueta não me agrada muito...). Esperem de mim desabafos e irreflexões. Ou morangos ou citações. Esperem de mim bofetadas para cá com estes ilustres representantes da direita liberal para lá. Ou safanões ou tropeções. Inspiração, transpiração, falta de visão. Loucura sã, desejos vãos. Comichão nas palavras, vinha d'alhos de nadas.
Ah! E esperem de mim o verdadeiro vernáculo português. Que eu não sei falar sem palavrões, porque a terra que me fez não tem pruridos na linguagem e há coisas que, embora não pareça, são muito decentes. Até porque realmente não há nada mais doce que um caralho no lugar de uma vírgula. E Portugal, como dizia o Eça, "é um país traduzido do francês em vernáculo".

2 comentários:

Anónimo disse...

Já agora, BB, falta acrescentar que te dissémos mais que isso. Que escreves bem, muito bem. E que faltava uma miúda gira neste blog.
DD

Anónimo disse...

Um sedutor, este David...
Os meus sentmentos, Bárbara...

fta