O centro desta equação, no entanto, está em S. Bento. Está por justificar como se consegue perder tanto tempo - quatro meses - com tantos erros. É que quatro meses num país como Portugal é tempo demasiado.
Hoje, na AR, o mesmo primeiro-ministro resolveu iniciar a sua campanha eleitoral. Procurou explicar porque o Presidente está errado, lançou as primeiras críticas ao seu verdadeiro adversário. Não seria o local certo, nem o melhor timming, mas o discurso foi indiscutivelmente o melhor que se viu neste tempo.
O difícil será, para este primeiro-ministro, convencer o país que não foi ele a governar. Foi o outro, o dos quatro meses perdidos. O difícil será convencer o país que ele, o novo, terá a autoridade que não teve e dará a estabilidade que não soube dar.
Serão dois meses, pouco mais. Muito pouco, mesmo para quem volta finalmente ao seu campo. Pouco tempo, especialmente para quem faz da carreira política a sua 'raison de vivre'.
05 dezembro 2004
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