A blogosfera tem destas coisas: basta olharmos para o vazio do Barnabé para percebermos que as palavras escritas são bem mais difíceis de digerir do que as ditas - essas, o vento leva-as rapidamente. Coisas dessas já aconteceram por aqui, já tinham acontecido por outros spots, entre amigos ou desconhecidos.
Acontece que ontem o Francisco escreveu umas linhas sobre o Público destes dias. Nada que não seja dito por todo o lado, nada que não seja partilhado por muitos jornalistas que ontem, antes de ontem e desde há anos admiram o Público, compram o Público, devoram o Público. O Francisco disse o que eu próprio já disse por aqui. Logo, logo, o Nuno reagiu. A quente, estou seguro, defendendo a sua dama - coisas que acontecem. Pois o Francisco contra-reagiu, explicando ponto a ponto porque tem pena que o Público, o nosso jornal, não lhe encha as medidas - como acontece comigo.
Tudo isto para dizer que o Francisco tem razão. Podia mesmo ter passado a tarde a explicar porquê, recolhendo alguns dados dos últimos meses. Ao caso, nem merece a pena.Quem gosta do Público, como nós, sabe bem do que falamos. Quem compra o Público, como nós, desde que ele nasceu, não precisa de uma recolha de dados. Só que o Público, o próprio Público, perceba isto: que precisamos do nosso jornal de volta. Por favor, sim?
09 julho 2005
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