* Significa conservador em francês
26 dezembro 2007
23 dezembro 2007
É constitucional...
Vital Moreira não mente quando escreve no seu blog que não depende hoje (nem nunca dependerá) do PS o capital do BCP. É verdade porque do Largo do Rato, até hoje, nunca saiu uma OPA ao maior banco privado português. Voilá! É notável a afirmação, não fosse ela um logro.
Senão vejamos:
Não questiono a competência técnica do socialista preferido de António Champalimaud (falo do Dr. Santos Ferreira, jurista e gestor com provas dadas). O mesmo não direi do Dr. António Vara, ex-balconista da CGD da Covilhã, ex-ministro de António Guterres e ex-fundador de uma fundação de segurança rodoviária e afins. Não lhe reconheço competência técnica para ser vogal (nomeado pelo Governo socialista, partido de que é militante) do maior banco português, a CGD, quanto mais ser administrador do Millennium BCP (parece que sim, que se arrisca a ir lá parar....)
Aqui, na troca de cadeiras no BCP, não está em causa, Dr. Vital Moreira, uma troca de acções - parece que isso é mais nas OPA, sabe? Aqui, em causa, está a escolha do grupo de profissionais que vai gerir o maior banco privado português. E caso se defina o cenário dado como provável pelos jornais teremos uma banca muito 'sui generis'...
Senão vejamos:
Não questiono a competência técnica do socialista preferido de António Champalimaud (falo do Dr. Santos Ferreira, jurista e gestor com provas dadas). O mesmo não direi do Dr. António Vara, ex-balconista da CGD da Covilhã, ex-ministro de António Guterres e ex-fundador de uma fundação de segurança rodoviária e afins. Não lhe reconheço competência técnica para ser vogal (nomeado pelo Governo socialista, partido de que é militante) do maior banco português, a CGD, quanto mais ser administrador do Millennium BCP (parece que sim, que se arrisca a ir lá parar....)
Aqui, na troca de cadeiras no BCP, não está em causa, Dr. Vital Moreira, uma troca de acções - parece que isso é mais nas OPA, sabe? Aqui, em causa, está a escolha do grupo de profissionais que vai gerir o maior banco privado português. E caso se defina o cenário dado como provável pelos jornais teremos uma banca muito 'sui generis'...
21 dezembro 2007
Amizade e Natal
Como alguém me disse a propósito deste vídeo
http://youtube.com/watch?v=jXSdpG2NHFM
... Amizade é isto!!!
É isto que se quer da vida...é este tipo de sentimento que interessa e faz a diferença na nossa passagem por esta vida. A amizade é sempre corajosa, indiferente às adversidades, sincera.
Santo Natal e que o Menino Jesus vos traga coisas boas.
P.S. Não sei quais foram as consequências pessoais para o forcado. Espero que não tenha sido nada de grave e que passado uns tempos tenha pago uma rodada a quem arriscou a sua vida por ele. A minha homenagem também a ele e ao seu grupo de amigos.
http://youtube.com/watch?v=jXSdpG2NHFM
... Amizade é isto!!!
É isto que se quer da vida...é este tipo de sentimento que interessa e faz a diferença na nossa passagem por esta vida. A amizade é sempre corajosa, indiferente às adversidades, sincera.
Santo Natal e que o Menino Jesus vos traga coisas boas.
P.S. Não sei quais foram as consequências pessoais para o forcado. Espero que não tenha sido nada de grave e que passado uns tempos tenha pago uma rodada a quem arriscou a sua vida por ele. A minha homenagem também a ele e ao seu grupo de amigos.
18 dezembro 2007
O democrata
14 dezembro 2007
Ah! Só para lembrar a frase... era esta
"Nenhuma razão política séria impede que o referendo sobre o Tratado Constitucional Europeu seja realizado em conjunto com as eleições autárquicas, favorecendo a participação cívica e confiando na capacidade política dos portugueses. Por isso, com total respeito pelas competentes decisões que na matéria incumbem ao Senhor Presidente da República, empenhar-nos-emos numa revisão da Constituição que permita esta simplificação e este enriquecimento da nossa vida cívica e política. "
José Sócrates, 12.Março 2005
Tomada de posse do Governo
José Sócrates, 12.Março 2005
Tomada de posse do Governo
As cinco razões pelas quais Sócrates só tem a ganhar ao convocar o referendo em que ninguém acredita
Depois de ler o Raul Vaz e de ouvir o Ricardo Costa, ambos convencidíssimos que Sócrates não vai convocar um referendo europeu, dei por mim a contar os prós e contras da decisão. Concluí que só não haverá referendo se, e apenas se, existir um compromisso dos líderes europeus nesse sentido. Sócrates tem razões de sobra para pedir a Cavaco um referendo. Aqui ficam cinco.
1. Sócrates acha que não é nada boa ideia quebrar um novo compromisso eleitoral - para mais, com uma ameaça de censura parlamentar à perna. E não, não se está nas tintas para o assunto. Porque se trata da sua imagem, que o próprio preza mais do que tudo.
2. Se fosse para anunciar que não havia referendo, sempre era melhor já o ter feito - e ser o primeiro país, enquanto presidente do conselho, a proceder à sua ratificação. Adiar? Para quê? Para prolongar a especulação? Não é o estilo.
3. Tendo em conta que a economia europeia não está a ajudar à estratégia montada, não há melhor para entreter o público do que um debate extraordinariamente animado (ler com ironia) sobre o futuro da Europa e o papel de Portugal nesse futuro. São alguns meses de animação garantida, até chegar a altura dos anúncios mais simpáticos (se a sorte ajudar), no Orçamento de 2009.
4. Esse debate, aliás, teria um efeito político animador: ver Menezes a fazer o mesmo discurso que o Governo, a um ano das legislativas, e num momento absolutamente determinante para a afirmação da nova liderança.
5. Como se não bastasse, Sócrates recebeu ainda um brinde de Menezes: o líder do PSD inverteu a estratégia do seu antecessor (e a sua própria opinião) e anunciou que é contra o referendo. Muito provavelmente, ficará sozinho a dizer que não valia a pena a consulta. E até Santana ficará mal na fotografia, depois de também ele ter prometido um referendo, em 2005, na sua falhada candidatura a primeiro-ministro.
Dito isto, e achando eu que Sócrates só tem a ganhar com a convocação, acho pessoalmente que o referendo europeu será um logro. Não só porque não terá qualquer efeito (nem sequer educador), mas porque sou pura e simplesmente anti-referendário. Sentimento que julgo ser partilhado pela maioria absoluta dos portugueses. Mesmo assim, lá estarei para cumprir o dever de sempre.
1. Sócrates acha que não é nada boa ideia quebrar um novo compromisso eleitoral - para mais, com uma ameaça de censura parlamentar à perna. E não, não se está nas tintas para o assunto. Porque se trata da sua imagem, que o próprio preza mais do que tudo.
2. Se fosse para anunciar que não havia referendo, sempre era melhor já o ter feito - e ser o primeiro país, enquanto presidente do conselho, a proceder à sua ratificação. Adiar? Para quê? Para prolongar a especulação? Não é o estilo.
3. Tendo em conta que a economia europeia não está a ajudar à estratégia montada, não há melhor para entreter o público do que um debate extraordinariamente animado (ler com ironia) sobre o futuro da Europa e o papel de Portugal nesse futuro. São alguns meses de animação garantida, até chegar a altura dos anúncios mais simpáticos (se a sorte ajudar), no Orçamento de 2009.
4. Esse debate, aliás, teria um efeito político animador: ver Menezes a fazer o mesmo discurso que o Governo, a um ano das legislativas, e num momento absolutamente determinante para a afirmação da nova liderança.
5. Como se não bastasse, Sócrates recebeu ainda um brinde de Menezes: o líder do PSD inverteu a estratégia do seu antecessor (e a sua própria opinião) e anunciou que é contra o referendo. Muito provavelmente, ficará sozinho a dizer que não valia a pena a consulta. E até Santana ficará mal na fotografia, depois de também ele ter prometido um referendo, em 2005, na sua falhada candidatura a primeiro-ministro.
Dito isto, e achando eu que Sócrates só tem a ganhar com a convocação, acho pessoalmente que o referendo europeu será um logro. Não só porque não terá qualquer efeito (nem sequer educador), mas porque sou pura e simplesmente anti-referendário. Sentimento que julgo ser partilhado pela maioria absoluta dos portugueses. Mesmo assim, lá estarei para cumprir o dever de sempre.
O treinador de bancada sou eu
Há cerca de dois anos, eu estava aqui a pedir ao presidente do Sporting que colocasse o Jesualdo Ferreira à frente da equipa. Mas não. Foi para o Porto e já vai para o segundo campeonato. Agora viro o disco: que o Sporting vá buscar o Cajuda, sff. Grato pela atenção.
13 dezembro 2007
Razões essenciais para não haver referendo ao Tratado de Lisboa
1. Com a desistência da Polónia e também da Dinamarca, fazer um referendo em Portugal seria uma provocação ao nível europeu. Se o negócio para a Europa voltar aos carris foi não haver referendos, o mínimo que Portugal pode fazer é cumprir o acordo. Seja ele formal ou não.
2. Mesmo tendo em conta que Portugal tenha que consultar os portugueses sobre a Europa, um Tratado não é o motivo certo para o fazer. Pergunte-se sobre o processo de integração, se querem uma discussão séria sobre os prós e contras da Europa.
3. Os deputados portugueses foram eleitos democraticamente. Colocar em causa a sua legitimidade é colocar em causa a democracia. Se 80% dos deputados eleitos são pró-europeus, isso não vale de nada?
4. A discussão da Europa não pode ser feita sob pretextos. Deve ser feita continuamente.
5.Um 'não' em Portugal colocaria em causa todo o processo europeu. Agora pergunto eu: por que vale mais o nosso voto do que qualquer outro? Será que Portugal gostaria de ver travada a Europa porque o povo do Chipre vota não?
6. Os referendos são magníficos pretextos para distrair os portugueses do essencial: o futebol. Agora que o Sporting e Benfica vão disputar a taça Uefa e o Porto vai discutir a Liga dos Campeões, falar da Europa política é iludir o que realmente importa.
2. Mesmo tendo em conta que Portugal tenha que consultar os portugueses sobre a Europa, um Tratado não é o motivo certo para o fazer. Pergunte-se sobre o processo de integração, se querem uma discussão séria sobre os prós e contras da Europa.
3. Os deputados portugueses foram eleitos democraticamente. Colocar em causa a sua legitimidade é colocar em causa a democracia. Se 80% dos deputados eleitos são pró-europeus, isso não vale de nada?
4. A discussão da Europa não pode ser feita sob pretextos. Deve ser feita continuamente.
5.Um 'não' em Portugal colocaria em causa todo o processo europeu. Agora pergunto eu: por que vale mais o nosso voto do que qualquer outro? Será que Portugal gostaria de ver travada a Europa porque o povo do Chipre vota não?
6. Os referendos são magníficos pretextos para distrair os portugueses do essencial: o futebol. Agora que o Sporting e Benfica vão disputar a taça Uefa e o Porto vai discutir a Liga dos Campeões, falar da Europa política é iludir o que realmente importa.
Sabe bem. Falta o resto.
É tempo de reconhecer: hoje é bom ser português. Lisboa deu lugar ao Tratado mais difícil da União Europeia. O mérito principal é da alemã Angela Merkel, mas ninguém pode descurar o papel extraordinário da presidência portuguesa. Sócrates foi notável. Amado afirmou-se o MNE português mais bem-sucedido depois de Jaime Gama, seu mestre. E Barroso ganhou o seu lugar na história. Aos três arquitectos, amén.
Quanto à Europa, tem ainda muitos obstáculos pela frente até que o novo Tratado entre em vigor. Primeiro, o Kosovo; depois, as ratificações. Falta um ano de testes. Que os passe, porque o mundo precisa dela. Mais que nunca.
10 dezembro 2007
Socrates apertou a mão a este homem...
Sócrates: a pequena figura
Observei atentamente durante os últimos dias. Vi-o com Mugabe, com Chavez, com Kadhafi e com mais uma série de meliantes. Não tive orgulho.
Uns dirão que foi a bem dos interesses estratégicos das empresas portuguesas e dos portugueses.
Para mim o comportamento deste chefe de governo tem um nome: viscosidade política. Sócrates tem a esperteza saloia de Jabba the Hutt.
Alguns afirmarão que este comportamento é comum a uma geração inteira de dirigentes europeus. Triste geração, digo eu! Quando somos obrigados a nos revermos nas posições e declarações de líderes com tão pouca consistência como Brown ou Merkel, é porque de facto a Europa vai mal.
Aquilo que eu gostaria de dizer a Sócrates já alguém o disse e está aqui. Em 8:13 minutos explica-se o que é ter moral e levar a vida com princípios e valores e ter coragem para viver por eles.
Virá o dia em que alguém há-de guiar este país dessa maneira.
Virá o dia em que os portugueses perceberão que merecem mais do que esta mesquinha classe política de menores figuras como os Sócrates, Costa, Menezes, Ribau Esteves e Lopes.
Virá o dia em que haverá alguém a liderar este país e que não pactuará com facínoras sem respeito pela dignidade humana e pelo valor insubstituível que qualquer vida humana tem.
E nesse dia eu direi como Al Pacino: "Uh! Ah!"; e rirei da parolice que foi este tempo agora vivido.
Uns dirão que foi a bem dos interesses estratégicos das empresas portuguesas e dos portugueses.
Para mim o comportamento deste chefe de governo tem um nome: viscosidade política. Sócrates tem a esperteza saloia de Jabba the Hutt.
Alguns afirmarão que este comportamento é comum a uma geração inteira de dirigentes europeus. Triste geração, digo eu! Quando somos obrigados a nos revermos nas posições e declarações de líderes com tão pouca consistência como Brown ou Merkel, é porque de facto a Europa vai mal.
Aquilo que eu gostaria de dizer a Sócrates já alguém o disse e está aqui. Em 8:13 minutos explica-se o que é ter moral e levar a vida com princípios e valores e ter coragem para viver por eles.
Eu não me sentaria à mesma mesa, nem apertaria a mão aos presidentes do Sudão, da Líbia, do Zimbabwe e da Guiné Equatorial entre outros, nem que isso me custasse muito dinheiro. Há coisas que o dinheiro não compra.
Virá o dia em que alguém há-de guiar este país dessa maneira.
Virá o dia em que os portugueses perceberão que merecem mais do que esta mesquinha classe política de menores figuras como os Sócrates, Costa, Menezes, Ribau Esteves e Lopes.
Virá o dia em que haverá alguém a liderar este país e que não pactuará com facínoras sem respeito pela dignidade humana e pelo valor insubstituível que qualquer vida humana tem.
E nesse dia eu direi como Al Pacino: "Uh! Ah!"; e rirei da parolice que foi este tempo agora vivido.
09 dezembro 2007
Paternidade
Voltei ontem ao trabalho, depois de 23 dias de dedicação total à família. À excepção dos primeiros cinco, cada um dos restantes dias foram tirados do meu calendário de trabalho à custa de folgas e férias. Deixem pra mim: quando vierem com a conversa da baixa natalidade, eu respondo à letra.
07 dezembro 2007
Convergência?
A OCDE, tradicionalmente o organismo internacional mais benevolente para qualquer Governo, veio ontem rever em alta o crescimento previsto para a economia portuguesa em 2008, apontando até para o retomar da convergência real do nosso país com a UE. A informação, merecidamente, faz manchete no Público de hoje.
Ditos os factos, gostava de saber se José Sócrates também acha que estes dados são de desvalorizar por se tratarem de "simples previsões". Se foi isso que disse da previsão de subida do desemprego, esta semana apontada pelo Eurostat, não vejo como não possa aplicar o mesmíssimo critério.
Ditos os factos, gostava de saber se José Sócrates também acha que estes dados são de desvalorizar por se tratarem de "simples previsões". Se foi isso que disse da previsão de subida do desemprego, esta semana apontada pelo Eurostat, não vejo como não possa aplicar o mesmíssimo critério.
Out of Africa
A cimeira com África tem tanto de importante como de predestinada ao fracasso. África não precisa só de melhores líderes, de direitos humanos, de respeito pelo próximo. Precisa de uma Europa mais livre, de mais respeito do Ocidente e de... globalização. Não é possível um passo sem o outro. Mas ninguém se atreve a dar o primeiro passo. Por boa vontade que exista, serão precisas décadas para mudar tudo isto.
05 dezembro 2007
Os autarcas
do resto do país acham que o empréstimo que António Costa quer para Lisboa é um favor do Governo. Estão errados. É da lei, simplesmente.
alguém me explica....
04 dezembro 2007
Tudo como dantes no quartel de Abrantes
António Costa continua presidente da câmara, o PSD permanece maioritário na assembleia municipal, Lisboa está ainda sem dinheiro e sem rumo. Esta guerra acabou como começou: num bluff.
Triste fim
Jardim Gonçalves anuncia agora que sairá do BCP no final do ano. Tarde demais. O seu contributo para o país merecia um momento mais digno.
03 dezembro 2007
Aqui há gato
Ouço e não acredito. O gabinete do primeiro-ministro disse à SIC que o Eurostat se enganou nos números que previam, hoje mesmo, uma subida do desemprego. Mais, parece que só amanhã o próprio Eurostat corrigirá os ditos dados. Sobre isto, duas notas:
1. A que propósito é que é o Governo português que anuncia um erro de uma instituição comunitária?
2. Como raio é que uma instituição como o Eurostat se engana, pura e simplesmente, numa estatística com este grau de relevância?
Esta, garanto-vos, é inédita. E não contribui para a credibilidade de nenhum dos envolvidos.
1. A que propósito é que é o Governo português que anuncia um erro de uma instituição comunitária?
2. Como raio é que uma instituição como o Eurostat se engana, pura e simplesmente, numa estatística com este grau de relevância?
Esta, garanto-vos, é inédita. E não contribui para a credibilidade de nenhum dos envolvidos.
Lido no Abrupto
"O que motiva os sindicatos é a defesa de um modelo de sociedade, economia e política que em nada se distingue do do Governo a não ser no peso da repartição dos sacrifícios entre o presente e o futuro mais imediato. Em ambos os casos, Governo e sindicatos, partilham o mesmo "modelo social europeu", só que o Governo pretende geri-lo de forma a adiar os seus efeitos de ruptura para um prazo mais longo, enquanto os sindicatos se preocupam com a geração actual."
Jornalismo
O Rui, neste caso, está certíssimo - em tudo menos no autor (a peça é assinada Luís Rosa e não Ana Paula Azevedo). Mas o importante é que jornalismo também é isto. Aliás, é sobretudo isto.
Lição 0 (zero)
...vai para o PSD. Parece que o novo líder não quer aceitar um empréstimo que o PS pede para a CML, depois de o próprio Menezes ter excedido o limite de endividamento na Câmara de Gaia, em 2006. Faz o que eu digo e não faças o que eu faço? Pois. O Menezismo no seu esplendor.
Lição A
Sócrates disse ao El Pais deste domingo que a esquerda europeia deve tirar uma lição muito particular dos tempos que correm: que quanto mais deixa os défices subir, ou as contas ficar fora de controlo, menos margem de manobra terão para aplicar políticas sociais, políticas de esquerda. Por uma vez estou 100% de acordo com o primeiro-ministro. A esquerda é vítima de si própria. A mensagem, essa, serve direitinha no eng. Guterres.
Lição B
No dia em que o desemprego bate números históricos, é justo dizer que a culpa do Governo é diminuta. O crescimento da economia, assim como dos níveis de empregabilidade, não podem ser um exclusivo de responsabilidade do Estado - a não ser que estejamos numa economia planificada, à boa maneira estalinista.
É claro que dizer isto não é só uma lição para o PSD de Menezes, sempre pronto a disparatar à primeira oportunidade. É também uma lição para Sócrates: nunca se promete o que não se pode cumprir, nem o que não está nas nossas mãos realizar. Que valha o ensimento para 2009.
É claro que dizer isto não é só uma lição para o PSD de Menezes, sempre pronto a disparatar à primeira oportunidade. É também uma lição para Sócrates: nunca se promete o que não se pode cumprir, nem o que não está nas nossas mãos realizar. Que valha o ensimento para 2009.
02 dezembro 2007
Um Governo de cartas
Tem a sua ironia: Nunes Correia defende Alcochete, Mário Lino vem e contextualiza. "Não, não, o que o senhor ministro do Ambiente queria dizer era uma outra coisa...". Bem, agora, só falta mesmo Sócrates, o ás trunfo, passar por cima do rei de paus (o Lino) e cortar a vasa, levando consigo a sena [triste] de espadas (o Nunes). Realmente as cartas fazem maravilhas, diria eu.
Pouca sorte
O ministro do ambiente diz que será dele a última palavra sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa. Coitado. Deve ser o único que ainda não sabe que já tem marcado lugar no voo de regresso à vida civil.
Sorte grande
Melhor do que calhar com as equipas mais fracas de cada pote, a selecção portuguesa teve o brinde de voltar a jogar em casa uma fase final de um Europeu de futebol. Há melhor do que jogar na Suíça? Ganda Scolari, que ainda sais campeão!
30 novembro 2007
Greve geral
O que posso dizer é que aqui em casa o único sinal de greve foi a Maria Clara ter dormido pouco. Mais nadinha.
Sobre a sra dona Mesquita...
tenho que concordar com o JPH. Parece-me mesmo que a própria sra dona Mesquita fez tudo o que estava ao seu alcance por ser comparada aos incomparáveis. Valeu de pouco.
Imagens dos novos dias
Dizem que o mundo muda quando nasce o primeiro filho. Muda mesmo. Não é tanto pelas lágrimas do momento (muitas), ou pela certeza de que estamos perante uma imagem que vamos reviver toda uma vida. É claro que tudo muda, é claro que as prioridades se invertem - isso também conta. Mas não é bem isso, não é apenas isso que contribui para o lugar comum mais doce e mais verdadeiro que o Homem alguma vez inventou. O que mais contribui para essa tomada de consciência são as imagens que nos ficam e - isto é essencial - as surpresas que o nosso próprio pensamento nos traz.
O maravilhoso mundo novo passa pelo choque da primeira imagem, aquela de que não sabemos o que esperar mas que chega muito mais bela do que alguma vez nos contaram, que nos atrevemos a desejar;
Passa, uns dias depois, por olhar para as lágrimas doces que caem pela cara da mãe, enquanto diz - devagar, sem soluçar - "ela sorriu";
Passa por ir num carro, a caminho do registo que a tornará uma menina deste mundo, e pensar que nunca mais num dia estarei a pensar "o que é que eu vou inventar para fazer hoje". E, logo depois, perguntar-me como é que viver com essa liberdade alguma vez pode ter sido bom;
Passa pela certeza, ganha de um minuto para o outro, que dar "graças a Deus" é uma afirmação cheia de sentido - e sentida, quando o choro passa;
Passa por pensar pela primeira vez que "nascemos para isto", sem corar de vergonha;
Passa por perceber, depois de nove meses e de mais uns dias, que há mesmo alguma coisa lá em cima que zela por nós, que nos fez assim, e que fez bem em fazê-lo;
Passa por sentir uma responsabilidade especial (em caixa alta, RESPONSABILIDADE), e perceber o quanto ela nos pesa enquanto o choro não passa (e prever dias piores que aquele pela frente, durante muitos e muitos anos);
Passa, ainda, pelo prazer de olhar para trás e ver que, afinal, muito da nossa infância faz mais sentido do que alguma vez imaginámos, que muito do que deram, do que nos fizeram viver, faz parte de um quadro bom, que queremos tirar rapidamente do sótão lá de casa.
Este novo mundo é, dito isto, olhar para trás e para a frente e ver que o sítio onde estamos é melhor do que pensámos, mas que está longe de ser perfeito o suficiente para a merecer. O que só nos dá uma razão muito mais forte do que alguma vez tivémos para fazer tudo melhor, tudo muito melhor.
A Maria Clara deu-me isto e só começou agora. Palavra de honra.
O maravilhoso mundo novo passa pelo choque da primeira imagem, aquela de que não sabemos o que esperar mas que chega muito mais bela do que alguma vez nos contaram, que nos atrevemos a desejar;
Passa, uns dias depois, por olhar para as lágrimas doces que caem pela cara da mãe, enquanto diz - devagar, sem soluçar - "ela sorriu";
Passa por ir num carro, a caminho do registo que a tornará uma menina deste mundo, e pensar que nunca mais num dia estarei a pensar "o que é que eu vou inventar para fazer hoje". E, logo depois, perguntar-me como é que viver com essa liberdade alguma vez pode ter sido bom;
Passa pela certeza, ganha de um minuto para o outro, que dar "graças a Deus" é uma afirmação cheia de sentido - e sentida, quando o choro passa;
Passa por pensar pela primeira vez que "nascemos para isto", sem corar de vergonha;
Passa por perceber, depois de nove meses e de mais uns dias, que há mesmo alguma coisa lá em cima que zela por nós, que nos fez assim, e que fez bem em fazê-lo;
Passa por sentir uma responsabilidade especial (em caixa alta, RESPONSABILIDADE), e perceber o quanto ela nos pesa enquanto o choro não passa (e prever dias piores que aquele pela frente, durante muitos e muitos anos);
Passa, ainda, pelo prazer de olhar para trás e ver que, afinal, muito da nossa infância faz mais sentido do que alguma vez imaginámos, que muito do que deram, do que nos fizeram viver, faz parte de um quadro bom, que queremos tirar rapidamente do sótão lá de casa.
Este novo mundo é, dito isto, olhar para trás e para a frente e ver que o sítio onde estamos é melhor do que pensámos, mas que está longe de ser perfeito o suficiente para a merecer. O que só nos dá uma razão muito mais forte do que alguma vez tivémos para fazer tudo melhor, tudo muito melhor.
A Maria Clara deu-me isto e só começou agora. Palavra de honra.
29 novembro 2007
A reforma
A primeira consequência da incompetência govenativa no diploma de carreiras da administraçõ pública já aí está: com o envio da lei para o TC, Cavaco decreta mais uma pausa na reforma em curso. Esta reforma da administração pública já parece os títulos do meu Sporting: é sempre pró ano. Nunca este. E que bem que vinham os dois.
28 novembro 2007
Lições
Soares Franco atira agora contra Carlos Queirós. Prefiro um Queirós a 10 presidentes como este. Cá por mim, passemos ao próximo.
O trio odemira
O meu Sporting foi ontem o que tem sido sempre: pobre e honrado. Um clube que joga bonito, que dá tudo e que perde na última. Ficou a Uefa, o que é melhor do que eu próprio esperava. E a tristeza de sempre, de amar um clube que nunca sai por cima, mas que deixa sempre uma pontinha de orgulho.
Dito isto, se pensei que fosse sina de sportinguista, percebo agora que não tanto. O Benfica lutou contra o Milão. O empate é bonito para um clube português, mas só na aparência. O Benfica, com o grupo que integra, tinha que fazer mais. Agora tera que lutar contra o Shaktar e os 10 graus negativos para continuar em jogo. Quanto ao Porto, foi pior que o Sporting. Pode ficar na Liga dos Grandes. Mas mostra que a era Mourinho foi só uma. E acabou.
Dito isto, era bom que pensássemos um bocadinho sobre isto: por que raio os portugueses só são mesmo bons lá?
Dito isto, se pensei que fosse sina de sportinguista, percebo agora que não tanto. O Benfica lutou contra o Milão. O empate é bonito para um clube português, mas só na aparência. O Benfica, com o grupo que integra, tinha que fazer mais. Agora tera que lutar contra o Shaktar e os 10 graus negativos para continuar em jogo. Quanto ao Porto, foi pior que o Sporting. Pode ficar na Liga dos Grandes. Mas mostra que a era Mourinho foi só uma. E acabou.
Dito isto, era bom que pensássemos um bocadinho sobre isto: por que raio os portugueses só são mesmo bons lá?
Cavaco em 87 ou Costa em 2007?
"Decidi que o Executivo procuraria manter uma linha de rumo, tomar as decisões que considerava necessárias e não se preocuparia excessivamente com o seu carácter minoritário".
"Governar é decidir e decidir é escolher e, consequentemente, desagradar alguns grupos".
"Decidi centrar as minhas intervenções basicamente nas ideias da estabilidade governativa".
"Governar é decidir e decidir é escolher e, consequentemente, desagradar alguns grupos".
"Decidi centrar as minhas intervenções basicamente nas ideias da estabilidade governativa".
O Nobel esquecido
Vejo na SIC um Saramago magoado com o Governo, que manifestamente desprezou a abertura de uma exposição sobre a sua obra, agora inaugurada no país vizinho. Lembra-me as críticas do povo (e dos jornalistas) à selecção portuguesa, no minuto após a qualificação para o europeu de futebol. Parece que o desprezamos o sucesso. Podia ser falta de hábito, mas não é. É inveja. Não faz mal: depois faz-se uma estátua, não é?
Independência ou "muerte"
Parece que, em reacção às ameaças do PGR, o Governo incluiu no Orçamento de Estado uma norma que "CLARIFICA" uma outra norma de um projecto de lei ainda não promulgado. A ideia é garantir a juizes e magistrados que não serão incluídos no regime de vínculos da administração pública. Agora pergunto eu: o Orçamento não é só para 2008? E estão à espera que o presidente não diga nada? Dizia a minha mãe, quando me alertava para o lobo mau: "Fia-te na virgem e não corras".
25 novembro 2007
Marcelo comentava ontem que o Governo, no que toca à reforma da Admninistração Pública, fez tudo mal: criou a sensação, logo o pânico, entre os funcionários públicos de que ia cortar até ao osso. Até agora pouco ou nada fez e já tem a rua contra ele.
Discordando do professor (basta ver as sondagens, andar na rua e oscultar os barómetros-do-costume-do-taxista-ao-homem-dos-jornais) lembrei-me de uma aula fantástica que tive com o Dr. Jorge Coelho sobre "Comunicação e Marketing Político". Assumindo que a ideia não era dele (retirou-a de um jornal inglês) deu-nos as sete leis de Blair, o mago do Governo da comunicação. Em todas elas encontramos exemplos no actual Governo, senão vejamos:
1. Perante uma dificuldade anunciar medida de grande impacto
(Com as idas ao Parlamento o primeiro-ministro não está sempre perante um grande aperto. mas no frente-a-frente com quatro líderes da oposição Sócrates leva sempre um anúncio na manga. Com Santana na última ida foi o pacote de saúde)
2. Nunca anunciar uma medida que não possa ser anunciada mais duas ou três vezes
(Não é nunca, mas as medidas do Governo são sempre anunciadas duas, três, dez, 15, 19 e por aí fora vezes. A segurança sectorial dos taxis, às joalharias, passando pelas bombas de gasolina está a ser anunciada desde o Orçamento do Estado. E assim continuna)
3. Abandonar uma política que seja mal recebida pela opinião pública
(Quem nunca ouviu: o Governo encomendou um estudo que propõe o corte de 1/3 dos gastos no sector y. Conhecido o estudo, eis a reaçcão política: bem esse é o estudo técnico, a decisão final será política. O encerramento de escolas tem sido a excessão).
4. Explicar os temas mais controversos nos jornais amigos
(Não é preciso ser grande dominador das lides mediáticas para ver que, por exemplo, o jornal "Público" nunca teve uma reforma de fundo do Governo explicada em mprimeira mão, por fonte oficial, nas suas páginas. Coincidência?)
5. Perante uma dificuldade incontornável pedir a alguém de segunda linha para desmentir a informação.
O último caso de que me lembro foi o dos juízes. Depois da contestação dos magistrados à sua integração na função pública ter ganho fôlego o ministro foi sempre salvaguardado e foi Conde Rodrigues o secretário de Estado que deu a cara).
6. Em apuros, explicar na televisão o problema e a sua solução.
(O caso da licenciatura do primeiro-ministro foi o exemplo-maior. Em apuros, o primeiro-ministro explicou na TV em directo o problema e a solução: estava a ser alvo de uma calúnia, à qual não podia, nem queria responder nos mesmo termos.
7. Exagerar no anúncio das políticas para obter melhor cobertura mediática.
(Também o caso mais recente: perante os números do desemprego, Sócrates tentou virar o bico ao prego realçando os 106 mil postos de trabalho que já criou desde que chegou a primeiro-ministro. Exagerou no feito para apagar o desfeito - os não sei quantos postos de trabalho perdidos....)
Tem Marcelo razão? Nenhuma. O Governo, no plano da comunicação, está bem e recomenda-se.
Discordando do professor (basta ver as sondagens, andar na rua e oscultar os barómetros-do-costume-do-taxista-ao-homem-dos-jornais) lembrei-me de uma aula fantástica que tive com o Dr. Jorge Coelho sobre "Comunicação e Marketing Político". Assumindo que a ideia não era dele (retirou-a de um jornal inglês) deu-nos as sete leis de Blair, o mago do Governo da comunicação. Em todas elas encontramos exemplos no actual Governo, senão vejamos:
1. Perante uma dificuldade anunciar medida de grande impacto
(Com as idas ao Parlamento o primeiro-ministro não está sempre perante um grande aperto. mas no frente-a-frente com quatro líderes da oposição Sócrates leva sempre um anúncio na manga. Com Santana na última ida foi o pacote de saúde)
2. Nunca anunciar uma medida que não possa ser anunciada mais duas ou três vezes
(Não é nunca, mas as medidas do Governo são sempre anunciadas duas, três, dez, 15, 19 e por aí fora vezes. A segurança sectorial dos taxis, às joalharias, passando pelas bombas de gasolina está a ser anunciada desde o Orçamento do Estado. E assim continuna)
3. Abandonar uma política que seja mal recebida pela opinião pública
(Quem nunca ouviu: o Governo encomendou um estudo que propõe o corte de 1/3 dos gastos no sector y. Conhecido o estudo, eis a reaçcão política: bem esse é o estudo técnico, a decisão final será política. O encerramento de escolas tem sido a excessão).
4. Explicar os temas mais controversos nos jornais amigos
(Não é preciso ser grande dominador das lides mediáticas para ver que, por exemplo, o jornal "Público" nunca teve uma reforma de fundo do Governo explicada em mprimeira mão, por fonte oficial, nas suas páginas. Coincidência?)
5. Perante uma dificuldade incontornável pedir a alguém de segunda linha para desmentir a informação.
O último caso de que me lembro foi o dos juízes. Depois da contestação dos magistrados à sua integração na função pública ter ganho fôlego o ministro foi sempre salvaguardado e foi Conde Rodrigues o secretário de Estado que deu a cara).
6. Em apuros, explicar na televisão o problema e a sua solução.
(O caso da licenciatura do primeiro-ministro foi o exemplo-maior. Em apuros, o primeiro-ministro explicou na TV em directo o problema e a solução: estava a ser alvo de uma calúnia, à qual não podia, nem queria responder nos mesmo termos.
7. Exagerar no anúncio das políticas para obter melhor cobertura mediática.
(Também o caso mais recente: perante os números do desemprego, Sócrates tentou virar o bico ao prego realçando os 106 mil postos de trabalho que já criou desde que chegou a primeiro-ministro. Exagerou no feito para apagar o desfeito - os não sei quantos postos de trabalho perdidos....)
Tem Marcelo razão? Nenhuma. O Governo, no plano da comunicação, está bem e recomenda-se.
O partido-empresa-e-sede-menezista
22 novembro 2007
Grave, sério e preocupante
"O ministro da Justiça, Alberto Costa, assegurou hoje, em Bruxelas, que o Governo respeita a autonomia do Ministério Público (MP), sublinhando que, se o PGR pensa o contrário, trata-se de um "equívoco" que resulta de "desconhecimento" ou "atrevimento".
Alberto Costa hoje entrou a pés juntos aos joelhos do Procurador depois do cartão amarelo que Pinto Monteiro lhe mostrou. Cavaco Silva tem, em mãos, a primeira crise institucional do seu mandato.
Watch out!
Parece que o primeiro-ministro está em Singapura. Um conselho à malta: fiquem atentos ao Mário Lino. Vai dar gargalhada na certa.
Obrigado ao mister
Confesso a minha falta de paciência para jornalistas. Isso. Para jornalistas. Para aqueles que têm que apontar defeito em tudo, que são incapazes de esboçar um sorriso, mesmo que seja por honra da bandeira. Ontem à noite, Scolari voltou a estar sozinho numa conferência de imprensa, com um país inteiro a aplaudi-lo fora dela. Uma vez mais, ganhou ele. Por mim, estou-lhe grato por mais uma qualificação, porque foi com ele que as qualificações se tornaram uma normalidade. Quem quer mais, que jogue no computador.
21 novembro 2007
A frontalidade em excesso
"Alguns empresários deviam ter vergonha da sua actuação e corrigi-la. (...) Outros, deviam ter mais cuidado com quem se aconselham...". [Amaral Tomaz acusou as grandes empresas de fraude fiscal]
João Amaral Tomaz, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, ontem no Parlamento, PÚBLICO, 21-11-2007.
Porquê? Porque não prova, não concretiza, não esclarece o debate, levanta suspeita descontrolada sobre o universo. Aqui sim, professor Vital Moreira, aplicaria a sua frase: uma loquacidade institucional.
João Amaral Tomaz, secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, ontem no Parlamento, PÚBLICO, 21-11-2007.
Porquê? Porque não prova, não concretiza, não esclarece o debate, levanta suspeita descontrolada sobre o universo. Aqui sim, professor Vital Moreira, aplicaria a sua frase: uma loquacidade institucional.
A falta de frontalidade
Vital Moreira não tem qualquer razão mas aproveito para explicar o que me parece ser o protótipo do Portugal sem frontalidade. O que disse o PGR de tão extraordinário? O que todos os partidos com assento parlamentar têm dito (109 deputados da oposição mais uns quantos socialistas em surdina de corredor), o que a maioria dos juízes tem dito, o que a maioria de magistrados do Ministério Público tem dito, o que o próprio ministro da Justiça admitiu no Parlamento (contrariado que foi, mais tarde, pelos colegas das Finanças). O que é afinal?
NÃO FAZ SENTIDO NENHUM INTEGRAR OS JUÍZES NO NOVO SISTEMA DE CARREIRAS, VÍNCULOS E PROGRESSÕES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
É como meter maionese no chá. Há coisas que não se misturam. Ponto. Em nenhuma circunstância. Se até aqui é o Conselho Superior da Magistratura que define a progressão dos juízes na carreira (o que já dá pano para mangas) imagine-se o que seria submeter os juízes às regras da função pública??? Mesmo que seja, apenas, em sentido teórico (como insiste o PS, porque a lei o prevê, embora isso nunca seja aplicado dado que foi o próprio PS que retirou do artigo 15 do Orçamento de 2008 a integração dos juízes), na prática o Ministério das Finanças teve com os militares uma compreensão que não teve com os juízes....
O que disse Pinto Monteiro? Que é independente do poder político? Onde encaixa a crítica de Vital Moreira? Num país onde se premeia a falta de frontalidade para se dizer o que se pensa. Mesmo quando se é Procurador-geral da República....
Sejam bem-vindos os pinto-monteiros desta vida, senhores...
20 novembro 2007
monocle
Um dos responsáveis do sucesso passado da Wallpaper fundou, vai para 8 meses, a "Monocle". Grande revista. Lá dentro vem isto...se não é sinal de bom gosto não sei o que será.
Quem fazia diferente?
Na vida, no trabalho, nas relações diplomáticas. Por vezes temos que morder a língua, engolir em seco pelo sucesso do objectivo mais nobre que pretendemos alcançar. Vem isto a propósito da vinda do Chavéz a Lisboa e do papel do Governo de Sócrates que o recebe com um jantar oficial. Faria qualquer outro Governo de bem, diferente do actual? Nenhum. Portugal tem na Venezuela mais de um milhão de luso-descendentes. Portugal garante, apenas, 0.07% das importações venezuelanas (acima de tudo azeite e máquinas de construção civil) mas a entrada da Galp num mercado onde as americanas Texaco e Chevron já estão, é uma boa notícia para o país. Em cima do bolo, presidimos a União Europeia um projecto político que assenta no alcance e propagação do bem através da palavra, diplomacia e do exemplo europeu.
(Agora, que o Chavéz amanhã no jantar bem podia apanhar uma gastroentrite a resvalar para a peritenite,...bem, lá isso podia...)
19 novembro 2007
...gasm
nesta ronda por novos termos que nos marcam e descrevem...descobri que há lojas que pela sua concepção e pela "offer" e "appeal" que têm, nos provocam.... shopgasms!!!!!
OHOC/OHOT
descobri que nas classificações psicossociográficos de categorização de grupos e alvos de comunicação eu sou um OHOC/OHOT...
18 novembro 2007
Maria Clara de Oliveira Dinis
Help!!!
Como se vende um Audi A3 de 2003, com 65 mil km, 1.6, preto, três portas, Sportline evitando os "ciganos" dos vendedores de carros?
14 novembro 2007
Dizem por aí...
...que a família insubmissa está a crescer acima da média nacional sem qualquer relação causa-efeito com o choque de natalidade do Governo.
12 novembro 2007
A falta de decoro
Dizem-me que o João Soares, vereador da Cultura em Sintra, fez hoje uma crítica ao Rei Juan Carlos. Em defesa do amigo do pápá, o Hugo Cardinali Chavéz, um mestre de tenda de circo. Bem, não fosse ele autarca na minha Sintra e diria que se tratava de uma grave lacuna cultural. Conhecendo razoavelmente bem o percurso do senhor, sobra uma única conclusão: não se lhe deve comprar um carro em segunda mão. Um tirano com apelido de democrata é do piorzinho que há por aí...
11 novembro 2007
Serei eu maquiavélico?
A propósito do incidente no Chile, duas conclusões. A primeira a óbvia: o Chávez devia estar autorizado a mandar nele próprio e nada mais. Fosse um mundo um lugar aconselhável a criancinhas e este senhor não só não presidia a nada, quanto mais teria em curso (com grande probabilidade de sucesso) a mais do que provável hipótese de ser reeleito ad-eternum dono e senhor de 25% das reservas de petróleo do globo.
Em segundo a menos óbvia. O Rei ( sim, o Juan) esteve muito bem. Mas não terá sido tudo orquestrado entre o Zapatero e o seu "amigo" Chávez para que o ZP conquistasse o apoio do eleitorado pendular espanhol a cinco meses das eleições. Este ZP, que até o Aznar defende, tem uma enorme postura de Estado. A que não teve a 11 de Março de 2004!
Em segundo a menos óbvia. O Rei ( sim, o Juan) esteve muito bem. Mas não terá sido tudo orquestrado entre o Zapatero e o seu "amigo" Chávez para que o ZP conquistasse o apoio do eleitorado pendular espanhol a cinco meses das eleições. Este ZP, que até o Aznar defende, tem uma enorme postura de Estado. A que não teve a 11 de Março de 2004!
10 novembro 2007
Viva o Rei!
Após anos de elogios do dr. Soares, de vivas da Ana Gomes e de cartazes com o eng (?) Sócrates, Hugo Chávez teve a primeira resposta à altura. "Por que não te calas?", em bom espanhol, na pessoa de El Rei Juan Carlos. Eu por cá, sou carlista desde pequenino.
08 novembro 2007
O azar é verde
Por falar em moeda má: será que o Sporting tem que ser mesmo roubado em todos os jogos de uma época? E, já agora, será que Deus pode dar uma maõzinha, só de vez em quando? A gerência agradecia...
A moeda é má, o ódio enorme
No dia em que os deputados votavam o Orçamento, Cavaco Silva disse - no Chile - que as instituições portuguesas estão a fazer reformas importantes em "várias áreas", que estão a "cambiar" (sic) Portugal. Bem sei que Cavaco Silva não suporta a moedá má que voltou ao PSD, mas não podia disfarçar um bocadinho? Cambiar?? LOL
P.S. Há meses que não se ouvia do presidente da República um elogio ao Governo. Sócrates pode ficar descansado: o maior trunfo para reconquistar a maioria absoluta já está ganho, desde as directas do PSD. Ou muito me engano, ou daqui a uns meses já podemos escrever nos jornais que "Cavaco prefere uma maioria absoluta do PS". Onde é que já li isto? :-)
P.S. Há meses que não se ouvia do presidente da República um elogio ao Governo. Sócrates pode ficar descansado: o maior trunfo para reconquistar a maioria absoluta já está ganho, desde as directas do PSD. Ou muito me engano, ou daqui a uns meses já podemos escrever nos jornais que "Cavaco prefere uma maioria absoluta do PS". Onde é que já li isto? :-)
O braço...direito
Ouvi Pedro Sila Pereira desmontar hoje, como ninguém, o novo PSD de Menezes e de Santana. O tom foi afirmativo, sem crispação. O argumentário bem construído, sem auto-elogios. E não se pode trocar o braço-direito pelo tronco da coisa?
04 novembro 2007
"Change is on its way..."
Cameron não brinca. Hoje, caso não tivessem sido adiadas as eleições, era dia do Reino Unido eleger antecipadamente o sucessor de Tony Blair. Gordon Brown foi o substituto escolhido na secretaria em Maio (o que não lhe retira mérito mas reduz espaço de manobra, basta recordar o que aconteceu com Santana em 2004) e David Cameron é o líder da oposição. Convocou os jornalistas para o dia das eleições (não realizadas) para dizer que a mudança está a caminho...
Alguém os avisa???
02 novembro 2007
Recados rosa
A ministra da Educação diz que foi ela quem mandou os deputados do PS mudar o estatuto do aluno. E acrescentou que quem deve coordenar as relações entre Governo e deputados é o seu colega Santos Silva. Para bom entendedor... chega?
...e vai mais um caneco para a Tapada!!!!
Um filme, duas visões, dois jornais
DN: 'Corrupção' não se estreou no Porto
O polémico filme só está nas salas da periferia, que ontem se mostraram bastante vazias.
Correio da Manhã: 'Corrupção' enche salas do Grande Porto
O polémico filme só está nas salas da periferia, que ontem se mostraram bastante vazias.
Correio da Manhã: 'Corrupção' enche salas do Grande Porto
01 novembro 2007
Diga bom dia
Acordo com um sono terrível. Ligo a televisão e ouço as primeiras palavras do dia: "O Benfica foi ontem eliminado"....
Bom dia a todos, com um sorriso grande.
Bom dia a todos, com um sorriso grande.
31 outubro 2007
30 outubro 2007
Berardo, o Orc
Ontem, esta inenarrável criatura, continuou a espalhar o seu charme de Orc no programa P&C.
O desconforto de toda a gente foi tão grande com as enormidades que esta criatura proferiu ,que pode ser que o tempo mediático deste Orc tenha chegado ao fim.
Eu, fan de Tolkien, muito contente ficaria se mesmo os Orcs fossem bem representados na RTP... Tolkien também gostaria!
Nota1: Para quem não tem bem presente, um Orc é isto...
Nota 2: Como sabem Joe Berardo é Cônsul Honorário dos Orcs da Terra Média aqui em Portugal
confrangedor senhor ministro, confrangedor!
olhei a proposta de OE e não consigo perceber porque é que algumas pessoas continuam a elogiar a vulgaridade do desempenho de Teixeira dos Santos. Os problemas principais continuam por resolver e não se vislumbra solução para os problemas estruturais do Estado português. A proposta é, a pontos, completamente confrangedora. Para quando a coragem política? Para quando a instalação de uma Junta de Salvação Económica Nacional [JSEN) que potencie a economia portuguesa para os próximos 25 anos, em vez de continuarmos a olhar para o país como se houvesse um amanhã de sol radioso. se assim persistirmos, dentro de pouco tempo nem uma JSEN nos salvará.
25 outubro 2007
Pela boca morre o peixe...
Santana lembrou ontem que muitas vezes foi afastado reciclado e que sempre compreendeu a naturalidade dos seus afastamentos. Alguém se lembra do que foi dito e escrito depois de Marques Mendes o ter afastado de uma recandidatura autárquica em Lisboa?
23 outubro 2007
É isto que nos espera?
Em Espanha faz escola a zeta de Zapatero. Em 2008, um ano antes das legislativas, teremos nós o ésse de Sócrates?
22 outubro 2007
The question
Diz o Martim que quer mesmo chamar constituição ao tratado de Lisboa. Porreiro, pá! Mas e referendo? Queres ou não?
O chefe da xaranga
O mais estranho na entrevista de Pinto Monteiro ao "Sol" não são os duques que ele diz que lhe saíram na rifa, nem as escutas que garante não controlar. É o facto de dizer isso apenas uns dias depois de ter ido a Belém conversar com Cavaco Silva. Ninguém me convence que não há uma carta escondida neste poker à Monteiro.
Desconcertante
Vejo Menezes na televisão, em plena Cova da Moura. Fala directo a quem o vê, não receia a câmara, não fala de cor. Leva os filhos e explica porquê (por não ter outro tempo para estar com eles). Sorri sem demasia e fala sem irritação.
Leio Menezes nos jornais (e na Lusa), falando de vários assuntos. Um deles refere-se à revisão das leis laborais, que se promete para breve. Fala da necessidade de consensos políticos. Mas não de pactos. Faz-me lembrar Marcelo, glosado pelos Gato Fedorento, naquele magnífico sketch sobre o aborto.
Este Menezes é estranho. Terá conserto?
Leio Menezes nos jornais (e na Lusa), falando de vários assuntos. Um deles refere-se à revisão das leis laborais, que se promete para breve. Fala da necessidade de consensos políticos. Mas não de pactos. Faz-me lembrar Marcelo, glosado pelos Gato Fedorento, naquele magnífico sketch sobre o aborto.
Este Menezes é estranho. Terá conserto?
19 outubro 2007
"choca-me que usem os impostos para promover a natalidade"
Diz-me lá, ó minha grande estúpida, mas não te choca que eles sejam usados para a diminuir através do IVG?
Mais não seja, o apoio à natalidade será a posição independente que qualquer Estado de Direito, que respeita o princípio da igualdade, deve tomar, quando já apoia o seu contrário.
18 outubro 2007
expliquem-me bem devagarinho porque é que...
17 outubro 2007
15 outubro 2007
"Em política a memória é muito importante"*
Porque Menezes é sulista, elitista e liberal:
Liberal: o mais fácil de todos. O líder do PSD quer abrir à iniciativa privada a gestão de áreas-chave do estado como os transportes, a educação, a saúde e a acção social.
Sulista: a evidência. Foi com o sul que venceu, é no sul que tem o seu novo escritório (na Lapa, uma zona 'in' de Lisboa). Não é em Gaia que trabalhará para "Ganhar em 2009".
Elitista: basta ver a sua equipa. Dos trunfos que apresentou não consta nenhum dos "zés" de Durão Barroso. Fernando Seara, Zita Seabra, Rui Gomes da Silva, Couto dos Santos e Arlindo de Carvalho são todos membros de uma elite social-democrata. Ângelo Correia incluído. Não é preciso recorrer ao beijo na face para ser elitista.
*Sábia frase de Jorge Coelho na quadratura do círculo
Liberal: o mais fácil de todos. O líder do PSD quer abrir à iniciativa privada a gestão de áreas-chave do estado como os transportes, a educação, a saúde e a acção social.
Sulista: a evidência. Foi com o sul que venceu, é no sul que tem o seu novo escritório (na Lapa, uma zona 'in' de Lisboa). Não é em Gaia que trabalhará para "Ganhar em 2009".
Elitista: basta ver a sua equipa. Dos trunfos que apresentou não consta nenhum dos "zés" de Durão Barroso. Fernando Seara, Zita Seabra, Rui Gomes da Silva, Couto dos Santos e Arlindo de Carvalho são todos membros de uma elite social-democrata. Ângelo Correia incluído. Não é preciso recorrer ao beijo na face para ser elitista.
*Sábia frase de Jorge Coelho na quadratura do círculo
14 outubro 2007
Alguém sabe mais do que um miúdo de dez anos?
Santana repetiu Oliveira de Azemeis. Encheu o balão, ameaçou partir a loiça e saiu com o rabo entre as pernas. Em 2004 (um mês antes de Barroso ir para Bruxelas) o PSD caiu-lhe nas mãos pouco depois. Em 2007 a história da talassoterapia já não pega. O que arranjará Santana para justificar a adesão ao PPD-menezismo?
Menezismo é...
estar condicionado por um partido grande demais. Para liderar, Menezes trocou um grupo homogéneo por uma federação de experiências; aceitou um ex-líder como chefe da bancada; encheu o partido de promessas de referendos internos para tudo quanto é escolha. Temo que Menezes não seja bem um líder, mais um maestro à espera que a banda toque.
12 outubro 2007
há gente a fazer canções que deixam que as chamemos nossas
quero te regar minha flor
quero cuidar de ti
deixa-me entrar no jardim
deixa-me voltar a dormir
quero regar-te minha flor
dar-te de novo a paz
que perdi...
quero desvendar a parte triste
que há em ti
deixa-me existir no espaço novo
que acordaste em mim
não vês, que é de nós o jardim que se fez
não vês, que é para nos o jardim que nos fazem olhar
que este frio faz tremer... e fica
e faz voltar o que tens...e que é meu
Tiago Bettencourt
(numa surpresa do novo album)
quero cuidar de ti
deixa-me entrar no jardim
deixa-me voltar a dormir
quero regar-te minha flor
dar-te de novo a paz
que perdi...
quero desvendar a parte triste
que há em ti
deixa-me existir no espaço novo
que acordaste em mim
não vês, que é de nós o jardim que se fez
não vês, que é para nos o jardim que nos fazem olhar
que este frio faz tremer... e fica
e faz voltar o que tens...e que é meu
Tiago Bettencourt
(numa surpresa do novo album)
11 outubro 2007
santana
com o jantar de hoje com menezes, santana lopes começa a concretizar aquilo que tinha acordado num outro jantar com portas há pouco tempo atrás. há tempos, mário soares afirmava que o que se estava a passar no PSD era mau porque deixava o governo sem oposição. ou muito me engano ou soares vai ter a oposição que queria...da forma mais inesperada e surpreendente, e com as consequências mais imprevisíveis. santana bem avisou que ia andar por aí....pelo menos esta promessa cumpriu e, ou muito me engano, ou veio para ficar.
10 outubro 2007
saber ouvir o que escrevem para nós
damos pouco tempo ao tempo que é preciso para os outros. damos pouco espaço ao espaço que os outros precisam. os tempos em que vivemos trucidam o espaço que é preciso para termos tempo para o espaço dos outros. aquilo que o tempo me deu foi disponibilidade para me deixar invadir por quem tem para contar histórias que merecem ser ouvidas com tempo. com o meu tempo. e saber dar espaço para que o tempo surja. e o tempo e o espaço são processos. processos mentais que transformamos em "menos ou mais" . são 30 segundos de um telefonema que nos acompanham 72 horas. são acordes musicais que nos transportam para tempos presentes e espaços ausentes. são 81 linhas de um post que condensam peregrinações interiores, que prenunciam outro tanto volume de tempo, a contar o que o espaço dado aos textos não diz. o tempo é o que fazemos dele, no espaço que queremos que ele seja. linhas escritas em pouco tempo ocupam mais espaço do que o tempo que lhe devotarão. são mais do que são. o tempo e o espaço fazemo-lo nós com o que somos. e somos o que o tempo e o espaço sobre nós fizeram. sei ouvir-te mesmo nas frases que não escreves e nas letras que não cantas. sei ler-te nas entrelinhas das questões e das afirmações , das revoluções e guerras civis. sei que o tempo que passa ...é a serenidade de quem tem todo o tempo para ouvir o que tempo nos fará inventar.
09 outubro 2007
04 outubro 2007
03 outubro 2007
Uma dúvida como outra qualquer
Estará Paulo Gorjão apostado em fazer parte da solução deixando de apontar os problemas?
01 outubro 2007
30 setembro 2007
Vitórias
Sem tirar mérito a Menezes (aquele discurso de vitória é uma obra incrível de dizer ao povo o que o povo gosta), a mudança de líder no PSD foi muito mais uma derrota de Mendes. Razão tem Pacheco Pereira: os militantes têm pressa de chegar ao poder. A ver vamos.
Presságio
Marques Mendes foi derrotado pelas regras que criou - as directas, as quotas, a logística chata.
Menezes será, parece-me, derrotado pelas regras que vai criar - as primárias para a escolha do candidato a primeiro-ministro. Daqui a dois anos, ou muito me engano, ou o feitiço já se virou contra o feiticeiro, e o líder parlamentar Santana Lopes será o escolhido pelo povo laranja para disputar as próximas legislativas com Sócrates.
Pode ser um presságio, dirão os cépticos. Talvez. Mas Menezes que deixe Santana ser líder parlamentar. É a morte do artista.
Menezes será, parece-me, derrotado pelas regras que vai criar - as primárias para a escolha do candidato a primeiro-ministro. Daqui a dois anos, ou muito me engano, ou o feitiço já se virou contra o feiticeiro, e o líder parlamentar Santana Lopes será o escolhido pelo povo laranja para disputar as próximas legislativas com Sócrates.
Pode ser um presságio, dirão os cépticos. Talvez. Mas Menezes que deixe Santana ser líder parlamentar. É a morte do artista.
28 setembro 2007
27 setembro 2007
A lição que veio de onde menos se esperava
Também vi em directo Santana Lopes a sair do estúdio da SIC-Notícias. E, sim, também eu me rendi à decisão do ex-primeiro-ministro. Por mim, o santanismo nasceu ontem.
Companhia de Jesus
o P2 [Público] recordou, honra lhe seja feita. celebra-se mais um aniversário da Companhia de Jesus, fundada por Stº Inácio de Loyola e por mais alguns companheiros (um português: Simão Rodrigues de Azevedo). todos os que passaram por alguma das obras da Companhia reconhece a sua importância e o valor que teve nas suas vidas. eu reconheço. foram 8 anos de C. S. João de Brito. saudosos, que me marcaram para sempre e onde fiz as mais bonitas amizades que ainda hoje perduram. continuo por lá: associado à AAA e ao JRS: tentando fazer algum bem, por quem precisa mais do que eu.
taça da liga
está demonstrado que é uma competição sem ponta por onde se lhe pegue. já estou a imaginar os responsáveis da Carlsberg a pedir a Thor ajuda e paz para ultrapassarem as dificuldades causadas pela suas más decisões...é razão para dizer que a Carlsberg Cup é provavelmente a pior competição futebolística portuguesas.
sobriedade institucional????
em menos de 48 horas, o presidente da CMVM disse que a crise financeira poderia chegar a Portugal, que um banco teve que pedir um empréstimo de urgência para fazer face aos compromissos de um fundo de investimento com excesso de resgate e cantou no bar do teatro maria matos. a forma descomplexada como carlos tavares pululou pelas afirmações e acções, demonstra 2 coisas: que o rapaz é capaz de não ser a melhor pessoa para transmitir a credibilidade, seriedade e confiança necessárias ao funcionamento dos mercados; que se os mercados de capitais resistirem hoje às alarvices do presidente da CMVM, então é porque aguentam tudo.
Em tudo de mal...há algo de engraçado
Santana Lopes está a ser entrevistado na edição das dez da Sic Notícias. Fala com sentimento, profundidade sobre a tristeza que o actual momento do PSD lhe causa. A única decisão sensata que Manuela Ferreira Leite pode tomar, diz, é adiar as eleições porque o partido bateu no fundo com a troca de acusações entre Mendes e Menezes. Eis senão quando, a entrevista é interrompida para acompanhar, em directo, a chegada de Mourinho ao Aeroporto da Portela. Não se ouve nada,a câmara ora foca o chão, ora Mourinho, ora os jornalistas, ora os seguranças do ex do Chelsea. O técnico entra no seu jipe de matrícula amarela rodeado por seguranças depois de furar a onda de jornalistas e lá vai...presume-se que para casa, em "Setúbal". Depois do jornalista no local do grande evento encerrar a reportagem (cheia de lugares comuns, sem nada de novo), lá regressa ao estúdio a emissão e a Ana Lourenço faz uma passagem de temas "regressando à entrevista com o Dr. Pedro Santana Lopes". Primeiro sinal: ele está com cara de poucos amigos. Segundo sinal, a sua primeira frase: "Acha que havia necessidade?". E vai por aí fora, a questionar as escolhas editoriais da Sic, reclamando que "está tudo doido", porque ainda por cima foi à Sic com "sacrifício pessoal"...Diz que não continua a entrevista, porque foi interrompido para se ver a "não" (jornalísticamente falando) chegada de Mourinho a Lisboa. Agradece amavelmente mas amua...e a coisa fica por aí.
Seria uma cena-tipo de Santana, não fosse a justificação para a interrupção da entrevista. A chegada de Mourinho à Portela? Bem, espera-se que no dia 12 de Outubro o senhor não saia de casa...(Dava algum jeito discutir o Orçamento de Estado. Estão a ver?). A não ser que Mourinho seja mesmo laranja. Se for o caso, como há um não-congresso do PSD nesse fim-de-semana, talvez o melhor seja convocar a jornalada toda para um estágio de dois dias...bem longe de Torres Vedras.
Seria uma cena-tipo de Santana, não fosse a justificação para a interrupção da entrevista. A chegada de Mourinho à Portela? Bem, espera-se que no dia 12 de Outubro o senhor não saia de casa...(Dava algum jeito discutir o Orçamento de Estado. Estão a ver?). A não ser que Mourinho seja mesmo laranja. Se for o caso, como há um não-congresso do PSD nesse fim-de-semana, talvez o melhor seja convocar a jornalada toda para um estágio de dois dias...bem longe de Torres Vedras.
26 setembro 2007
coincidências
recordaram-me ao almoço que as duas mais recentes crises do mundo português, têm a mão da mesma família: Paula Teixeira da Cruz e Paulo Teixeira Pinto...enfim feitios.
Time Out
Por falar em direita, parece-me que dava por melhor empregue o tempo a ler a nova revista do João Cepeda e João Miguel Tavares, acabadinha de sair para as bancas. É que, para além de bem precisar de um tempo de descanso, parece-me que a direita precisa também de ler textos bem escritos - para evitar, de futuro, as tristes coisas que vamos ouvindo por aí. Fica o conselho, e um enorme abraço de boa sorte à revista.
P.S. Garanto que é surpreendente.
Torta
Ia escrever sobre a direita portuguesa, mas à medida que o filme dos últimos meses me vai passando na cabeça volto ao silêncio. Depois do CDS e do PSD, há momentos em que dou por mim a pensar nas opções que a minha natureza tomou por mim. De direita, do Sporting e jornalista. Valha-me Deus.
BPSCDP ou o Karma discreto das pseudo-elites portuguesas
o Jardim Gonçalves, ai perdão, o Menezes, anda desavindo com o Teixeira Pinto, perdão, com o Marques Mendes, por causa dos militantes, ai, dos accionistas...
25 setembro 2007
PSD IV
O PS estava na oposição e a disputa pela liderança foi acesa. Sócrates, o "animal feroz", partiu com vantagem. Manuel Alegre, "que não é um animal feroz" mas é "bom atirador", surpreendeu mas nunca teve qualquer hipótese de lá chegar. João Soares muito menos. Apesar de animado o debate nunca chegou ao nível do "pequeno tirano", de "baixa estatura política" que faz lembrar tempos salazaristas. É mau demais para ser verdade. O CDS dos apertos e insultos não faria melhor. Fica um registo de frontalidade: com este nível não lhes comprava um carro em segunda mão. Atéka inspecção (n)os separe...
PSD II
São esforçados, quiçá até sinceros, têm o mérito de ser tão transparentes quanto as suas alminhas mas alguém reconhece nestes porta-vozes cariz de estandarte de Governo?
Bem, acho mesmo que se esta coisa das quotas se resolver deviam abandonar as autarquias de Ílhavo e Tavira e entrar para a Rua Sésamo. As crianças ficavam bem mais divertidas e o país menos deprimido.
24 setembro 2007
Cheers mate!
DON'T BLAME IT ON THE FLOOR
olga cadaval
jorge palma foi igual a si próprio no olga cadaval. bebedeira de caixão à cova, mas mais contundente do que muitos sóbrios que por aí andam... vejam se não é verdade
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar...
Tão aplicáveis estas rimas!!!
Ai, Portugal, Portugal
De que é que tu estás à espera?
Tens um pé numa galera
E outro no fundo do mar
Ai, Portugal, Portugal
Enquanto ficares à espera
Ninguém te pode ajudar...
Tão aplicáveis estas rimas!!!
21 setembro 2007
Um bom exemplo de mau serviço público
Quarta-feira 19 de Setembro: por voltas das 22h sabe-se que Mourinho prepara-se para sair do Chelsea.
Quinta-feira 20 de Setembro: Alguns jornais retratam a saída. Mourinho reúne-se com o Chelsea e sela a rescisão.
Sexta-feira 21 de Setembro, 20h:
Aí entra a minha indignação. O telejornal arranca com a notícia previsível - a saída de Mourinho do Chelsea. Têm uma entrevista exclusiva e, por isso, é a primeira notícia a aparecer no spot de lançamento do noticiário, seguida pelo anuncio do novo director-geral do fisco. A RTP apresenta a entrevista de Mourinho "Como a única que deu em português", o que representa só por si o furo jornalístico do ano...
O senhor treinador diz o que se esperava: clubes portugueses para já não e selecção só se precisarem dele ( "o que agora não se coloca"). Pelo meio o desabafo de um pai desempregado, com pena que os filhos troquem de escola. Ou seja, um português que vive em Londres, decide mudar de trabalho, quer continuar lá fora, admira o seu país e foi bem sucedido no seu último trabalho. Vá, mais uma coisa excepcional, é treinador de futebol. Um dos melhores na sua profissão. Mas 15 minutos de telejornal, com directos, vox pop´s com tugas no café, opiniões de todos os treinadores do mundo (portugueses incluídos)...há limites. E aí entra o bom serviço público. Recebe dinheiro de todos nós para nos informar. Não para nos inundar...com um despedimento milionário de um português.
Quinta-feira 20 de Setembro: Alguns jornais retratam a saída. Mourinho reúne-se com o Chelsea e sela a rescisão.
Sexta-feira 21 de Setembro, 20h:
Aí entra a minha indignação. O telejornal arranca com a notícia previsível - a saída de Mourinho do Chelsea. Têm uma entrevista exclusiva e, por isso, é a primeira notícia a aparecer no spot de lançamento do noticiário, seguida pelo anuncio do novo director-geral do fisco. A RTP apresenta a entrevista de Mourinho "Como a única que deu em português", o que representa só por si o furo jornalístico do ano...
O senhor treinador diz o que se esperava: clubes portugueses para já não e selecção só se precisarem dele ( "o que agora não se coloca"). Pelo meio o desabafo de um pai desempregado, com pena que os filhos troquem de escola. Ou seja, um português que vive em Londres, decide mudar de trabalho, quer continuar lá fora, admira o seu país e foi bem sucedido no seu último trabalho. Vá, mais uma coisa excepcional, é treinador de futebol. Um dos melhores na sua profissão. Mas 15 minutos de telejornal, com directos, vox pop´s com tugas no café, opiniões de todos os treinadores do mundo (portugueses incluídos)...há limites. E aí entra o bom serviço público. Recebe dinheiro de todos nós para nos informar. Não para nos inundar...com um despedimento milionário de um português.
Sentimentalices matutinas
vou sair da ajuda. vou ter saudades de um espaço. ali vivi o dia mais feliz da minha vida (13.o4). foi a casa a que os meus filhos chamaram "do pai". era a minha casa. a cair. com remendos. com improvisos. com pedaços de memória misturados com móveis de ocasião. entre cristos de parede e jogos de PS2.mas era a minha casa. mais uma mudança. a terceira em pouco tempo. agora, volto às origens. ao pé do king. já posso ir ao cinema a pé. vou cruzar-me com o passado e com o futuro e com os comboios que arrancam do areeiro. vou ficar no centro e onde todos vão jantar. mas aquela era a minha casa. e para trás vão ficar o xô lima e o xô matias que me tratavam das dependências de café e nicotina pela manhã. e nesta casa, que vai ser mais uma "entrecasas", vou ter mais memórias para lembrar mais tarde. vou ter fogão! e finalmente vou poder provar que sei mesmo fazer o folhado de queijo de cabra com mel e nozes e que o bom caril, para além de leite de coco, também leva açucar e canela. av.roma. para trás fica a ajuda ,provavelmente o bairro com melhor gente de lisboa.
20 setembro 2007
O plano
José Sócrates tinha um plano: passava por lançar um plano, elogiar o plano e não sair do plano um milímetro. Amanhã, claro, leva o plano ao debate mensal na assembleia. Diz que era tecnológico. Acho que é mais patológico.
Gentlemanship
Há poucas palavras para descrever um clube cujos apoiantes aplaudem um golo do adversário, porque esse adversário pede perdão pelo dito. Em Alvalade é assim. E a única palavra possível só dá para traduzir numa expressão: clube de cavalheiros. Podemos não ter nascido para ganhar, para ser o maior do mundo. Mas orgulhamo-nos do que somos e do que fazemos - mesmo quando fazer o melhor do mundo se vira contra nós.
18 setembro 2007
the EU-US Summit
17 setembro 2007
o que eu gostei ontem no aniversário do Sol...
foi ouvir o "I will survive" da Gloria Gaynor a seguir ao discurso do arquitecto.
13 setembro 2007
Após a conferência de imprensa de há pouco...
...não vale a pena porem um açaime quando sairem à rua com o vosso scolarizinho....o "rafeiro" até nisto já se aportuguesou.
Auto-flagelação
Estamos cada mais iguais a nós próprios: será que já ninguém se lembra que fomos escandalosamente roubados no jogo de ontem? Ou será que o Scolari também é culpado disso? Se isto fosse em Espanha, já havia uma comissão anti-Sérvia, que apoiasse a independência do Kosovo. Eu lá estaria.
Medidas de prevenção
Quando passear na rua com o seu scolarizinho, não se esqueça de lhe colocar o açaime regulamentar
Sonae Sierra no seu melhor
De facto quando Belmiro de Azevedo decide fazer qualquer coisa faz em grande.
A história que os jornais Portugueses não contaram sobre a inauguração do novo centro comercial em Berlim, é que a inauguração acabou com a intervenção da Polizei alemã, com feridos, sangue, ambulâncias; tudo devido à falta de planeamento de segurança.
Era bom que os jornalistas (compreendo que os jornalistas do Público, por uma questão de seguidismo canino não o façam...estais desculpados!) que a custas da Sonae Sierra viajaram a Berlim antes da inauguração contassem agora este belíssimo follow up, onde Portugal e os seus empresários (parolos...sim senhor Belmiro, o senhor é parolo! é parolo, pindérico, pelintra e básico!!), mostraram mais uma vez que lhes falta mundo e classe (coisas que pelos vistos Marco de Canavezes repetidas vezes demonstrou não conseguir dar aos seus naturais!)
A história que os jornais Portugueses não contaram sobre a inauguração do novo centro comercial em Berlim, é que a inauguração acabou com a intervenção da Polizei alemã, com feridos, sangue, ambulâncias; tudo devido à falta de planeamento de segurança.
Era bom que os jornalistas (compreendo que os jornalistas do Público, por uma questão de seguidismo canino não o façam...estais desculpados!) que a custas da Sonae Sierra viajaram a Berlim antes da inauguração contassem agora este belíssimo follow up, onde Portugal e os seus empresários (parolos...sim senhor Belmiro, o senhor é parolo! é parolo, pindérico, pelintra e básico!!), mostraram mais uma vez que lhes falta mundo e classe (coisas que pelos vistos Marco de Canavezes repetidas vezes demonstrou não conseguir dar aos seus naturais!)
Primário
O futebol é primário. Primário quando um bonito golo nos atira para a estratosfera. Primário quando um país se deprime e exprime consoante o embate da bola na rede. Primário quando um brasileiro quase esmurra um sérvio que tentou meter-se com um cigano. Será primário pensar? "Eles são dos Balcãs que se entendam..."
12 setembro 2007
Um bocadinho dos Lobos
Acabo de ler o António - que prazer é ter o meu amigo de volta à assiduidade - elogiar os Lobos, extraordinários homens que, confesso, também só agora conheci. Tarde é melhor que nunca, pelo menos quando vemos um homem a chorar quando canta o hino, porque vai representar as quinas num jogo.
Eu, admirador do rugby desde os tempos em que descobri o jogo num computador, gostava muito de já os ter visto antes. E gostava também que os senhores que hoje nos vão representar, num desporto menos real do que o rugby (onde é mais habitual o elogio à fantasia do que á luta) tivessem um bocadinho de lobos. Só um bocadinho já era bom.
Eu, admirador do rugby desde os tempos em que descobri o jogo num computador, gostava muito de já os ter visto antes. E gostava também que os senhores que hoje nos vão representar, num desporto menos real do que o rugby (onde é mais habitual o elogio à fantasia do que á luta) tivessem um bocadinho de lobos. Só um bocadinho já era bom.
Os Nossos Lobos
Os Lobos vão perder no próximo dia 15 contra os All Blacks. Mas não é disso que trata esta posta.
De repente, o mundo Português, descobriu o rugby. Descobriu a nossa selecção nacional. Descobriu que os nossos jogadores são patriotas, corajosos, bravos, tecnicamente correctos, funcionam em equipa, batem-se com todas as forças que têm. Agigantam-se e nunca viram a cara. São de uma educação extraordinária. Sentem-se orgulhosos dos desafios que têm pela frente, dão tudo o que têm em cada jogada que fazem.
Aquilo que me incomoda são os técnicos de pacotilha e de bancada que comentam aquilo que é uma nobre jornada nacional, como se estivessem a comer tremoço e a beber uma 'jeca.
Aquilo que me incomoda é que as pessoas se admirem que uma equipa nacional seja assim: elegante, educada, combativa, patriótica, quase heróica, sem se amedrontar com adamastores.
Aquilo que me admira é que "cada um de nós nas suas tarefas diárias não seja assim", e se arraste pelas vidas pessoal e profissional com espírito de funcionário público à espera de picar o ponto.
Joguei rugby durante 10 anos da minha vida. Ganhei valores. Ganhei amigos. Reforcei o meu caminho moral. Aprendi muito. Venham os All Blacks e os Wallabies deste mundo...posso saber antecipadamente que será difícil ganhar mas nunca viro a cara à luta...sempre com respeito, sempre com valores, sempre com princípios, sempre com vontade de me superar. A Vida não é superar os outros...é superarmo-nos a nós próprios.
Dito isto, eu quero lá saber se vamos perder por 100 ou 120 com a NZ. O que eu quero é que eles honrem Portugal e o desporto que praticam.
Sem medo..."só se pára lá dentro, malta!"
De repente, o mundo Português, descobriu o rugby. Descobriu a nossa selecção nacional. Descobriu que os nossos jogadores são patriotas, corajosos, bravos, tecnicamente correctos, funcionam em equipa, batem-se com todas as forças que têm. Agigantam-se e nunca viram a cara. São de uma educação extraordinária. Sentem-se orgulhosos dos desafios que têm pela frente, dão tudo o que têm em cada jogada que fazem.
Aquilo que me incomoda são os técnicos de pacotilha e de bancada que comentam aquilo que é uma nobre jornada nacional, como se estivessem a comer tremoço e a beber uma 'jeca.
Aquilo que me incomoda é que as pessoas se admirem que uma equipa nacional seja assim: elegante, educada, combativa, patriótica, quase heróica, sem se amedrontar com adamastores.
Aquilo que me admira é que "cada um de nós nas suas tarefas diárias não seja assim", e se arraste pelas vidas pessoal e profissional com espírito de funcionário público à espera de picar o ponto.
Joguei rugby durante 10 anos da minha vida. Ganhei valores. Ganhei amigos. Reforcei o meu caminho moral. Aprendi muito. Venham os All Blacks e os Wallabies deste mundo...posso saber antecipadamente que será difícil ganhar mas nunca viro a cara à luta...sempre com respeito, sempre com valores, sempre com princípios, sempre com vontade de me superar. A Vida não é superar os outros...é superarmo-nos a nós próprios.
Dito isto, eu quero lá saber se vamos perder por 100 ou 120 com a NZ. O que eu quero é que eles honrem Portugal e o desporto que praticam.
Sem medo..."só se pára lá dentro, malta!"
11 setembro 2007
Alguém viu??
Joaquim Almunia, comissário europeu, diz que o pico da retoma já passou. Nem a sombra lhe vi, meu Deus!
O sonho
Acabei a noite de ontem a ver um filme notável que passou por cá quase sem se dar por ele. Bobby, um dos Kennedy mais extraordinários da história, não é um filme neutro, mostra-nos um homem com um sonho. Depois de acabar a fita, voltei à leitura de um livro também notável - "Revolutionaries" - sobre outros tantos homens que tiveram um sonho. Só nestas amostras dá para perceber a angústia reinante por cá: podemos até ter um primeiro-ministro certinho, que pensa antes de falar. Não temos é ninguém que nos dê o mais importante para andarmos de cabeça levantada: um sonho. É só isso que precisamos.
10 setembro 2007
Polícia Judiciária
Em tudo de mal há algo de bom ( mesmo que em proporção distinta). A Polícia Judiciária, no meio do lodo em torno do caso MacCann, prepara-se para sair pela porta grande.
Este psicodrama
dos McCann anda a deixar uma marca de angústia entre os portugueses. Sente-se no ar o peso e parece que o país não está autorizado a viver fora dele. Alguém nos liberta disto, por favor?
09 setembro 2007
Weeeeeird... a TSF passa Kate Nash!!!
Kate Nash, Foundations
so thrilling, so british
You said I must eat so many lemons
'cause i am so bitter.
I said
"I'd rather be with your friends mate 'cause they are much fitter."
Air Iberia
Depois de duas semanas em Espanha e de um (difícil) regresso ao trabalho em Portugal, tenho que sublinhar que a democracia é bem mais real do outro lado da fronteira. Basta ver o nível de informação disponível - e, por acréscimo, de transparência - nos jornais espanhóis para o perceber. Enquanto por cá para se ter uma informação é preciso papel selado dirigido ao senhor ministro, por lá é automático: há informação em órgãos próprios e autónomos e permanentemente actualizada. É um mundo, numa fronteira curta.
08 setembro 2007
aparentemente há outra selecção portuguesa que joga no sábado...
Subscrever:
Mensagens (Atom)