O ministro das Finanças anunciou aumentos de 1,5% para a função pública. Isto com um atraso significativo - as negociações já deviam ter sido concluídas há semanas, segundo a indicação da lei.
Com este atraso, a decisão do Governo aparece a quatro dias do fim do ano e... a pouco mais de três semanas das eleições presidenciais.
Não fosse isto uma coincidência, eu perguntar-me-ia se o primeiro-ministro quer mesmo, mesmo muito, que Cavaco Silva seja eleito Presidente da República.
P.S. Vejo agora que o dr.Mário Soares já reagiu ao anúncio. Assim (via Portugal Diário):
"Questionado sobre o anúncio do ministro das Finanças de que só será possível aumentar os salários da função pública em 1,5% tendo em conta a situação das finanças públicas, Mário Soares escusou-se a comentar, considerando que se trata de «uma questão de política do Governo pura». «Mas não é possível fazer uma omeleta sem ovos», acrescentou, manifestando, contudo, compreensão pelos protestos dos sindicatos. «É um valor mais baixo do que esperavam. Compreendo que protestem», disse.
Esclarecidos?
28 dezembro 2005
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