26 dezembro 2005
A prenda
Não foi o Pai Natal, mas a minha mãe. Deu-me um livro (o único deste ano), com um amor imenso, com uma tristeza imensa de não ser um carro lindo, uma casa com vista para o mar, uma viagem pelo mundo. Não me deu isso, mas deu-me uma mão-cheia de felicidade. Duas, aliás: a primeira pelo sorriso e pelo amor; a segunda pelo livro - ela não sabe, mas não há prenda que me encha mais. Este chama-se as "Intermitências da Morte". Tá bem, é do Saramago. Mas o Homem escreve bem, lá isso escreve.
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