12 dezembro 2005

FILOSOFIA DA TAMPA



Numa sociedade pseudo-machista como a portuguesa a tampa é a vingança suprema de quem detém verdadeiramente o poder nas relações. Um amigo nosso, muito desesperado, pediu-nos ajuda. E este post é o veículo dessa ajuda.

Para simplificar consideremos “tampa” como o facto de se ser mal sucedido num pedido; por filosofia considere-se a ciência geral que explora os princípios e as causas.

Daí que “filosofia da tampa” é a área disciplinar da filosofia que procura encontrar os principios e as causas das “tampas”.

Atendendo a que a “tampa” envolve sempre dois interlocutores, um emissor de um pedido e outro que o recusa, bem como um relacionamento que os une, uma análise estruturalista da questão conduz-nos, irremediavelmente, à conclusão que a causa da “tampa” está associada a um dos pontos desta tríade.

Porque muitos foram afectados em tempo passado, ou mesmo presente, por tal triste realidade, e devido ao interesse científico que este tão perturbante fenómeno nos desperta, solicitamos a todos o que já tenham passado por este fenómeno que partilhem em espaço de comment aquilo que foi sentido, quer do lado de quem recebe como daquele que dá.

A seu tempo editaremos neste blog o “digest” das mais produtivas contribuições. Há corações desesperados que anseiam por ajuda para resolver, já não as causas, mas os efeitos de “TAMPAS”. Antecipadamente agradecidos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Finalmente alguém se digna a escrever sobre este tipo de desilusões que temos frequentemente na nossa vida. Como é que se pode partilhar o que foi sentido? vazio? desilusão esmagadora? E depois da negação que nos magoa, o que fazer? Repetir? Desistir?
Acho que tudo depende do tipo de pedido, que o emissor fez ao receptor.
No entanto, para nós magoados, temos uma solução drástica mas eficaz: fazer pedidos quando há certeza de não haver uma tampa consequente. A percentagem de respostas decepcionantes será bem menor.
Não concorda?

PS - gosto bastante do pormenor que resultou neste post: "amigo nosso" que precisa mesmo da nossa ajuda. Parece que voltámos à fase de dizer aos pais que quem espatifou o carro num poste ao pé de casa foi um amigo... :)