21 março 2006

Coisas que me preocupam

Durão Barroso admitiu que, ao apoiar a intervenção norte-americana no Iraque, agiu com base em informações “que não foram confirmadas”: “A decisão que tomei, e que muitos governos tomaram, foi baseada em informações que tínhamos recebido e que depois não foram confirmadas: que havia armas de destruição maciça”.

Pergunto como é que se tomam decisões com base em informações não confirmadas. Pior: decisões destas.
A única sensação que tenho - e que tive há três anos - é que o único desejo de Barroso era aparecer na foto, naquela foto, ao lado de Bush, Blair e Aznar. O resto pouco importava.

Barroso continua: “A História fará o balanço. Era qualquer coisa muito difícil para toda a Europa. A Europa estava dividida e eu prefiro dizer que, agora, estamos unidos, tentando fazer o nosso melhor para estabilizar tanto quanto possível o Iraque e a região”.

Depois de morrer tanta gente, indiscriminadamente, sem regras, sem eira nem beira, diz Barroso que "agora estamos unidos". Que bom!
Na semana passada, as tropas norte-americanas orquestraram a maior ofensiva sobre o território iraquiano desde a data da intervenção. Pois... mas agora a Europa está unida!

Não tenho certezas absolutas sobre nada, muito menos sobre assuntos como estes. Mas há coisas que me preocupam.

4 comentários:

Mira disse...

acho surprendente bárbara...mas estamos e acordo!!!! alguma coisa deve estar para acontecer.as ainda não te perdoei...you know what. lol
bjs

BB disse...

De facto, estarmos de acordo é um feito!

BB disse...

Alguém disse que o Iraque era um paraíso, minha senhora? Acho que atirou ao lado...

Dreamkeeper disse...

Como é possível que em 2006 ainda haja alguém (máquina 0) que possa considerar o atentado terrorista do Ocidente (EUA+UK) ao Iraque justificado?

Só pelo poder, petróleo, $$$$$$$.

Defender aquilo de que o próprio DB pretende penitenciar-se. Ter tido uma leve interferência na decisão dos Açores. E ser por isso também um responsável histórico que o coloca no album das figuras que no inicio do sec. XXI mais contribuiram para a vitória do mal sobre o bem.