19 março 2006

O efeito Cavaco Silva

Venceu as eleições há 56 dias, tomou posse há 10 , anunciou a constituição do Conselho de Estado há 4. Consequências do seu regresso?
O CDS/PP está em estado de sítio, todos contra todos, a direcção com 11 meses de vida convoca um congresso para não-se-percebe-lá-muito-bem-porquê, os portistas queriam "refugar" Ribeiro e Castro mas vão sair, eles próprios, chamuscados de tudo isto. O rastilho foi, indirectamente, Cavaco Silva.
No PSD todos os "ismos" passaram o congresso a apelar ao guarda-chuva da vitória de Cavaco, Menezes incluído, mas vai ser em Belém que tentarão preparar o futuro do partido. Sintomático o (falso) apoio de Borges a Marques Mendes.
O PCP, afastado do Conselho de Estado, acusa o Presidente da República de ser um "falso independente" por promover, apenas, conselheiros oriundos da direita - a sua área política.
O Bloco de Esquerda emigrou (talvez estejam a passar umas merecidas férias numas termas de talassoterapia...) após dois desempenhos eleitorais duvidosos.
Conclusões? Cavaco marca. Marca a vida política portuguesa.

2 comentários:

Paulo Alves disse...

E tenho a séria convicção que foi para marcar a vida politica que muitos votaram nele. Quer nisso acredite o Vasco Pulido Valente, quer não.

Anónimo disse...

Esta e uma maneira de ver a questao.

Outra seria ver os "efeitos", a "marca", na economia (opas, investimento por tudo quanto e lado, ja nao se hesita em falar em retoma, etc).

Mas claro, se alguem fizer essa abordagem, este senhor vem logo dizer, sem qualquer ironia, que o efeito do Presidente (este ou outro) e nulo...