Diz hoje o Jornal de Negócios que, afinal, a Dona Constança acabou com a festança. Exacto: que António Vitorino não quer ir para o Governo, trocando-o por uma firma de advogados, e até já o decidiu “há muito tempo”.
A ser verdade - repito, a ser verdade - o dr. Vitorino merece desde logo um primeiro trabalho, no seu novo emprego: defender a Dona Constança de um processo público por publicidade enganosa.
É que a mesma Dona Constança andou pelo país, durante dois meses inteirinhos a dizer que era coordenadora do programa eleitoral do PS, a dizer que a sua entrada no Governo dependia do secretário-geral do partido, a receber, sem sinais de recusa, apelos veementes de Mário Soares para aceitar o desafio, até a encabeçar uma lista do PS, em Setúbal. Para mais, a Dona Constança, avisada e conselheira que é, até explicou que o Governo não seria feito na comunicação social. “Habituem-se”, disse.
Então, dois meses depois de deixar os portugueses na expectativa do seu regresso, a Dona Constança abandona a festança? Aguardemos, então, pelas decisões. É que, até aqui, o silêncio de Sócrates está a revelar-se sábio. Esperemos que não seja por uma má razão.
P.S. Eu, que nada tenho de simpatizante de Santana Lopes, estranho a diferença de tratamento entre o ainda líder do PSD e o próximo primeiro-ministro. Não é que, esta manhã, as rádios ignoraram esta notícia? Até mesmo a Sic-Notícias, que ontem à meia-noite adiantava a notícia em primeira mão? Fosse com Santana Lopes e o arraso seria generalizado. Isso é certo.
02 março 2005
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1 comentário:
Partilho inteiramente da sua opinião. Sem julgamentos à competência governativa, ou falta dela, do Sr.SL, a realidade é que se fosse ele o protagonista deste "pseudo-econtecimento" já teria tido direito a "linchamento" em praça mediática!
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