18 março 2005

A estrada da Sofia

A Sofia dos Estados da Nação tem uma estrada: o pensamento único, condicionado pela já habitual generalização de factos e pessoas.

1. A Sofia gosta, p.e., de acusar o Independente, por via do Luís Rosa, de fazer intriga. A Sofia, pois claro, não lê o Independente e menos ainda o Luís Rosa.
Generaliza, lá está, e concentra a crítica no que mais lhe interessa, deturpando uma crítica que sentiu na pele. É uma estrada, mas não é a nossa.

2. Ainda a Sofia, compara Barroso e Sócrates num processo de intenção. É a mesma estrada: Barroso não cumpriu (é um facto) em dois anos - e não em quatro, que são da legislatura. Culpa sua, certo. Mas isto também é um facto.
Já Sócrates ainda não começou e a Sofia já diz que cumpre o que prometeu. É uma crença, uma fé, uma estrada. É a da Sofia, não a minha.

Posso até concordar - concordo - que um programa seja copiado do manifesto eleitoral. Acho bem, mesmo que nenhum deles seja concreto. Acho prudente, sim senhor. Mas isso não me garante que as promessas sejam cumpridas. sobre isso, falamos mais tarde. É que a minha estrada é outra.

1 comentário:

Jorge Seguro Sanches disse...

A Sofia lê o Independente. Aliás a Sofia admite que não perde o Independente, como também não perde o Inimigo Público.
Quanto a Barroso, todos sabemos que não cumpriu com a sua palavra e que ao fugir a meio pode dizer ( e deixar que os outros digam) que não pôde fazer o que era para fazer em 4 anos.
Quanto a Sócrates, as maiores dúvidas, mas também o benefício da mesma.