17 maio 2005

A vida para cá do défice

O meu caro Martim, lá pelo seu Bom Tempo, já vai avisando o Governo que não tem paciência para o défice.

Para o aliviar, resolvi explorar as cenas dos próximos capítulos. Rezam assim:

1. O dr. Constâncio comunica ao Governo que o défice é de 7,3%. Mais ou menos por aí.

2. O eng. Sócrates diz-se chocado. O Governo vê-se obrigado a aumentar um imposto. Desta vez, só para variar, é o ISP. É porreiro para o ambiente, porque o povo tem que deixar o carro à porta de casa (argumento imbatível para um ex-ministro da pasta).

3. O dr. Mendes diz que parece impossível. “Então, ó Zézito?! Não tinhas dito que não aumentavas impostos?! Tás maluquinho?”

4. O eng. Sócrates, aproveitando o debate mensal de dia 25, responde ao dr. Mendes: “É preciso ter lata! Então os senhores deixam-nos em pelota e ainda gritam óh ladrão? Essa é boa!”

5. Vai daí, o dr. Mendes diz ao eng. Sócrates: “Olha lá, ó Zé! Então dizias que isto não era para atirar lama ao pessoal e agora vens com essa?”

6. Sócrates: “Tu não podes ‘tar bom, rapazola. Então vens para aqui falar de impostos e não queres que te diga isto? É que eu sabia que a situação era grave, mas assim já é demais. Não ouviste o Vítor? Ele é que sabe. Ele e o Jorge, lá em Belém, que já me avisou que não há vida para além do défice!”

E pronto. Terminado o diálogo, o eng e o dr recolhem as armas e continuam assim, felizes para sempre. Depois disso, caro Martim, podemos voltar às nossas vidas, ao nosso futebol, às medidas estruturais e ultra importantes que resolverão as nossas vidas, até que apareça o próximo Governo.

Nessa altura, é só voltar ao arquivo e recuperar estes posts, tá bem?
Fica descansado, com um abraço do D.D.

1 comentário:

Anónimo disse...

era bom que houvesse pelo menos uma final europeia por mes.

os niveis de confiança situavam-se um pouco acima do relvado, e com dribles e fintas mandava-se o defice às urtigas.

sendo assim, amanha volta mais do mesmo.