A propósito do que Vasco Pulido Valente escreveu n'O Espectro, julgo conveniente lembrar o seguinte:
Quatro meses depois da Lusa ter feito esta notícia, o Diário Económico avançava esta manchete:
"Empresários criticam Santana Lopes por instabilidade política".
Foram ouvidos Filipe de Botton (Logoplaste), Atílio Forte (Confederação de Turismo), Paulo Amorim (G7 do vinho), João Salgueiro (Ass. Portuguesa de Bancos), Pedro Ferraz da Costa (ex-presidente da CIP), Henrique Neto (Iberomoldes), Mira Amaral (ex-presidente CGD), António Nogueira Leite (Grupo Mello), José de Sousa (Liberty Seguros), Filipe Soares Franco (OPCA), José Manuel Fernandes (Frezite), Rui Alegre (Amorim Imobiliária), Bernardo Vasconcellos e Souza (Vista Alegre), Rui Viana (AICCOPN).
O trabalho é o mesmo: ouvir empresários. A opinião dos ditos empresários é que tinha mudado, quatro meses depois. Mas, nesta altura, ninguém falou em "pressão insolente e aberta". Ninguém criticou o Diário Económico. Antes pelo contrário. E isto porque o DE fez o que lhe competia: jornalismo. A minha pergunta é: se os empresários contactados pelo DE tivessem dito que estavam muito satisfeitos com Santana, isso já seria "pressão insolente e aberta"? Deixaria de ser jornalismo? Seria o quê? Ou só se pode falar de "pressão insolente e aberta" no caso da Lusa por ser a Lusa "que o Estado tutela"? São apenas perguntas.
É que, ainda para mais, o Presidente da República anunciou, nessa mesma tarde, no dia da manchete do DE, a dissolução da Assembleia, alegando, entre a sucessão de "episódios", a "quebra de confiança com os agentes económicos".
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