04 março 2006
Olho por olho, dente por dente, alguém põe mão nesta gente?
Era miúdo mas já ia ao estádio. Vê-lo pontapear a bola, caneleiras curtas, meias descaídas, ar desconcertado, dava-me gozo. E enchia-me de orgulho. Valcx trazia-me à memória Koeman que, também pela força do pontapé, me fez adepto do Barcelona. Se pudesse lançava-lhes um repto. Simples, para quem, como poucos, domina esta arte. Que mostrassem a estes dois idiotas para que servem uns valentes pontapés. Enchia-me de orgulho se trocassem o pontapé na bola pelo petardo nestas cabeças ocas. E a festa do futebol, pelos remates baliza-a-baliza. Mas o Mundo não é selva e nós, os amantes da vida, longe de selváticos. Fica a revolta pela selvajaria que salta à vista. E a noção de que o orgulho, a existir, seguia o destino do Iuri: morria.
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2 comentários:
Talvez não tenha lido a útlima frase. Repito: "...Fica a revolta pela selvajaria que salta à vista. E a noção de que o orgulho, a existir, seguia o destino do Iuri: morria.". Isto é apesar da revolta, não é com pontapés que se resolve a coisa.
Defendo a prisão prepétua mas nunca a pena de morte. Quanto a um bom pontapé, apenas na bola...
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