17 março 2005

Bem prega Frei Tomás...

O Paulo Gorjão é um leitor atento de jornais e um crítico contundente do jornalismo político que se pratica em Portugal. Defende convictamente que os jornalistas devem usar o "off" em situações excepcionais. Muito bem.
O problema é que entra em contradição facilmente. Apoiante de Manuel Maria Carrilho, candidato do PS à Câmara de Lisboa, Gorjão resolveu citar uma notícia d' "A Capital" feita sem um único "on" - e com base numa única fonte próxima de Ferro, fonte essa perfeitamente conhecida de todos os jornalistas - que relata um hipotético afastamento do ex-secretário-geral da corrida eleitoral.
Gorjão deu credibilidade a uma notícia que refere que Ferro só avançará se houver consenso em redor do seu nome "tal como aconteceu, por exemplo, com a candidatura de Mário Soares à presidência da República". Qualquer jornalista minimamente preparado sabe que em 1986 se houve coisa que não houve à esquerda foi consenso. As razões: Francisco Salgado Zenha e Maria de Lurdes Pintassilgo.
"By the way", porque razão Ferro Rodrigues não avança como Soares em 86? Receio ou calculismo? LR

5 comentários:

Jorge Seguro Sanches disse...

Em o Insubmisso, Luis Rosa, critica Paulo Gorjão do blogue BLOGUITICA, por este citar uma notícia d' "A Capital" feita sem um único "on" - e com base numa única fonte próxima.

Os Estados da Nação assinalam efusivamente esta nova forma de fazer jornalismo dos jornalistas de o Independente! A partir de agora...as intrigas serão todas em "on".

Jorge Seguro Sanches disse...

Boa ideia. Façam isso mesmo, cruzem SEMPRE a informação.

Jorge Seguro Sanches disse...

E já agora...não lhes fazia mal alguma humildade...

Anónimo disse...

Soberba LM... Muita SOBERBA...

PluribusUnum disse...

Há muito que deixei de ler o Indy, por manifesta falta de credibilidade e por ser muito mais uma caixa de recados (o "Expresso" também o é) e, sobretudo um centro de despacho de encomendas...
O número dos seus leitores acabará por ficar reduzido número de incondicionais mais o dos encomendadores, que não deverão ultrapassar as duas dúzias...