17 novembro 2005

Concorrência nas Farmácias

Finalmente. Uma das pesadas heranças do corporativismo pré-25 de Abril começa a contar os seus últimos dias. Não consigo perceber porque é que a propriedade das farmácias não podia, até hoje, ser de alguém não farmacêutico ou porque é que havia uma gestão monopolista dos processos geográficos da sua localização. Dir-me-ão que questões técnicas e científicas são de rigorosa importância neste sector. Mas mesmo assim a questão técnica não viola nem colide com a questão proprietária, nem é colocada em causa a segurança do consumidor/paciente. Admiro a forma como a ANF conseguiu, apesar do "monopólio" que detém, modernizar o sector (pelo menos os seus associados). Confesso que acho piada ao modo despudorado como João Cordeiro afronta tudo o que é agente de saúde deste país, seja ele Ministro ou outros. Mas a medida que é prenunciada pela declaração da AAC, permite vislumbrar dias mais claros para os consumidores portugueses. E mesmo que a concorrência internacional entre, ou que grandes concentrações comecem a ocorrer, somos nós todos que sairemos beneficiados. Os bons continuarão a prosperar, os maus terão a sua sorte...desde que a AAC garanta que as regras da concorrência são cumpridas.

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