18 novembro 2005

A propósito de E.P. Coelho

O inefável Prado Coelho escreveu há dias no Público uma peça crítica sobre as atitudes e mentalidades dos portugueses. Por muitos aclamada, a peça em questão, que julgo nos foi deixada em comment aqui no Insubmisso, fazia um apelo final à consciência cívica dos portugueses.

3 comentários se impõem:
1- EPC mais uma vez demonstra estar viçoso, rebolante e luzidio;
2- EPC demonstra um apreço por uma ética republicana de matriz ontológica kantiana que, para quem o tem acompanhado nos seus escritos, representa mais um fantástico flic-flac à rectaguarda (o que atendendo à imagem de rebolante e luzidio, se afigura engraçado de imaginar), com saída em prancha, no seu percurso em termos da discussão dos temas da filosofia moral e da filosofia (ou teoria) política em particular, que o desligitima nas suas (EPC) críticas a algumas outras figuras do comentarismo nacional
3-EPC tem uma visão sobre o cidadão ideal da repúlica ideal. Mas esquece-se que estamos em Portugal, e que Portugal é o que é pelo rasto cultural de que se ergue. E nestas circunstância sempre me recordo de 2 reflexões sobre este país, uma clássica e outra contemporânea:
- "um país que começa com um filho a bater na mãe não pode acabar bem"
- de um extracto de um relato de um governador romano instalado na Lusitânia enviado a Roma "aqui nesta província da Lusitânia, reside um povo que não se governa nem se deixa governar"

1 comentário:

Anónimo disse...

Tá certo, tá certo! A Constatação dos factos! E então? Assim ficamos e vamos passar mais algumas décadas só a constatar ou tomamos as constatações como ponto de partida para algo mais? Uhm?

Catarina