Este fim-de-semana fui ao Porto e, um pouco depois de passar Aveiro, deixei a A1 (Lisboa/Porto) para seguir até à Invicta pela A29 (Porto/Ovar). Poupei um pouco mais de 2 euros. Na volta meti ao bolso mais uns dois euritos e tal. Por junto saquei dos cofres do Estado um conto em moeda antiga.
Saí de uma auto-estrada para entrar numa auto-estrada a que o Governo chama SCUT (Sem Custos para o Utilizador). O Governo também lhe poderia chamar Triplo C (Com Custos para o Contribuinte), era igualmente verdade e mais sério.
Há milhares de utilizadores a gozar da boa vontade dos contribuintes. No limite é possível dizer, sem nenhuma falsidade, que um contibuinte da classe C (exemplo: um pobre alentejano sem dinheiro para comprar carro) está a ajudar um utilizador da classe A (exemplo: um rico empresário do Norte com dinheiro para andar de carro de um lado para o outro) a pagar a auto-estrada.
Vem isto a propósito do futuro modelo de financiamanto do Serviço Nacional de Saúde. Se sai tudo do Orçamento do Estado, por que é que não começam por tomar as decisões mais fáceis. Acabem-se com as SCUT. Poupem-se centenas de milhões de euros que muita falta fazem para ajudar quem verdadeiramente necessita da solidariedade do Estado.
19 fevereiro 2006
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