Gosto da pessoa "Eduardo Prado Coelho" (EPC). Julgo que é inteligente e boa pessoa. Não gosto das suas ideias.
Há vários méritos que devem ser reconhecidos a EPC. Um deles é o de provocar reacções epidérmicas a muita gente. Acho que as pessoas devem ser assim. Devem marcar, i.e., criar marcas.
Para o bem e para o mal (sim, porque eles existem), as pessoas devem partilhar os seus pontos de vista e devem assumir as suas posições.
Assim o fiz há dias a propósito de Jerónimo de Sousa. Não sou comunista. Nunca o fui ou serei.
E à semelhança de Luís António, o militante do PC de Alpiarça que dizia que não se podia esquecer (pessoa com quem eu brinquei) também eu digo que é preciso não esquecer o que se passou em Portugal em 1974 e 1975.
Nesse tempo, se houve muito justiça que foi reposta...também me lembro de muitas injustiças e maldade gratuitas efectuadas pelos comunistas e pela extrema esquerda (e eu, como alguns dos que me conhecem sabem, tenho legitimidade moral para falar destas questões...legitimidade essa que resiste até aos elegantes testes morais do Sr. Louçã) .
É por isso que não nos podemos esquecer que a extrema esquerda e a esquerda radical já estiveram no poder e deram cabo de muitas vidas (para não falar do país).
Mas voltando a EPC. Um dos méritos que lhe deve ser reconhecido é ter contribuido para alguns dos melhores textos sobre o que é a vida boa (numa concepção de direita: rótulo que, note-se, surgiu pela primeira vez pela mão dos jacobinos francesses aquando a revolução).
Obviamente os textos não foram escritos por EPC mas por diversos autores...em resposta a EPC!!! Concluo, recordando, por exemplo, as palavras de D. José Policarpo ou as do incógnito Carlos do Carmo Carapinha (gestor financeiro de Évora) que nos deram algumas das mais profundas reflexões sobre o que é ser de direita (respectivamente nas págins do DN e do Público).
E lendo estas pessoas sabemos que há rumos pelos quais vale a pena lutar.
15 fevereiro 2005
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1 comentário:
Estimado amigo
Não esperava que chamasse à coacção o pobre do Alpoim Calvão/ELP ou o famigerado Kaulza/MIRN. Mas se o faz está no seu direito, mas permita-me referir-lhe que na minha modesta opinião foram epifenómenos incomparáveis, porque incomensuráveis, com aquilo que se passou com a esquerda portughuesa. Pelo menos o Calvão e o Kaulza não cercaram a Assembleia da República, nem sequestraram deputados. Cometeram-se execessos de reacçãoàquilo que foram os execessos de poder constituinte usurpado ilegitimamente pelo PCP e seus satélites de esquerda.
Mais uma vez muito obrigado.
Mas permita-me dizer-lhe que Madame Teixeira Pinto não concordaria com a tranquilidade que vê nos chás do Movimento Nacional Femenino
Antonio MIra
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