24 fevereiro 2005

Nota tardia

Como sou insuspeito de ser amigo, protegido ou o que seja do actual líder do PS, permito-me a dizer que José Sócrates mereceu a maioria absoluta.

Para quem acompanhe estas crónicas, disse logo no início da longa campanha eleitoral que Sócrates deveria ter a coragem de não fazer promessas - porque essas custam sempre muito caro ao país. Assim foi e, garanto, é preciso determinação para o conseguir. Resistir a lóbis, pressões partidárias e afins durante dois meses é tarefa quase impossível em Portugal. Mais ainda quando a maioria absoluta era inédita na história do PS.

Assim, fica o elogio. José Sócrates fez questão de justificar a sua maioria pela responsabilização do PS. Serão quatro anos com faca e queijo na mão. O PS tem uma maioria, Sócrates tem o PS na sua mão. Ontem mesmo, deu outro bom sinal, alertando o partido para tempos difíceis e dizendo esperar que o PS esteja tão unido dentro de quatro meses como agora.

Até aqui, tudo aponta para um líder consciente. E isso é o primeiro passo para um bom Governo. Que seja, para bem de um país que voltou, em pouco tempo, ao mesmo cenário de há três anos atrás.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu sempre suspeitei dessa tua costela socialista...

FTA

Anónimo disse...

Engraçado, desde quando se vota em alguém por pura esperança e fé? Agora fazes da política uma religião? Vamos depositar confiança n'alguém porque não existe outra alternativa? Quanto ao Santana Lopes, destruiu Portugal em 4 mêses? É responsável pela crise, que nos vem assombrar há décadas? Amigo socialista, tem algum juízo e não digas tantas barbaridades.