08 fevereiro 2006

A difícil missão de ser jornalista

Pois a coisa é tão séria como parecia. A famosa OPA é negócio para muitos mil milhões e o jornalismo económico vai-se ver à nora para fazer a coisa como deve ser. Há muitos interesses em jogo! Não quero fazer juízos de intenção sobre nenhuma publicação, nem nenhum jornalista, mas o dia de hoje já deu para perceber que a verdade, nesta matéria como em todas as outras, é uma coisa muito relativa.
O BES avança com uma contra-OPA ou não? Era bem possível que o fizesse, diz-me um passarinho, se o Santander lhe emprestasse dinheiro.
As especulações sobre uma ontra-OPA fazem aumentar o valor das acções, a conferência de imprensa da PT faz aumentar o valor das acções. A coisa começa a parecer demasiado cara para o empresário Belmiro. É preciso paciência.



O jornalismo eonómico está na corda bamba. Eu julgo que não seria capaz de resistir a publicar informação que me chegasse de boas fontes, mesmo que soubesse que ia fazer mexer o mercado e pudesse, no final, não se concretizar.

Mas nesta coisa de fazer jornalismo, belo exemplo nos dá hoje a primeira página do Público. O jornal é do Belmiro, mas não se coíbe de dizer que a coisa está mais preta do que pode transparecer do optimismo do patrão.

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