11 fevereiro 2006

Ox Alá

A noite traz conversas que me fazem regressar à estúpida discussão religiosa. Quem quer que diga mal dos fundamentalistas islâmicos é imediatamente obrigado a esclarecer que só está a dizer mal do fundamentalismo, não dos islâmicos. Pois que a mim me chateia toda essa porcaria, fundamentalistas e islâmicos, juntos ou separados.
Na verdade, chateia-me a porcaria religiosa como sendo algo muito sério que todos deviamos respeitar. Fazem-me lembrar os ceguinhos do metro, com a sua lenga-lenga, pedinchice, os que sussurram que "com a fé não se brinca". Não gosto que me imponham a fé religiosa como uma coisa séria. Não gosto dos católicos, dos protestantes, dos judeus, dos hindus, dos muçulmanos, etc que se julgam melhores que os outros porque acreditam num deus. Fazem-me lembrar os gajos que fumam haxixe e julgam que os que não fumam são caretas.
Vão dar banho ao cão.
Mas também é preciso dizer que as sociedades que ainda andam à volta do islamismo são muito atrasadas. Em muitos, muitos aspectos. E não me refiro às questões de desenvolvimento económico ou político. Refiro-me apenas ao modo como se tratam uns aos outros, enquanto seres humanos. As mulheres para eles são apenas virgens que se oferecem a quem matar em nome de Alá. Na terra, os direitos delas muitas vezes não existem.
Também não há o mínimo de pachorra para os negócios da santa sé. Fátima rende quase 20 milhões de euros e o Vaticano já quer tomar conta da barraca. E aproveita para dizer que aquilo é só para católicos. Isto deve ser aquilo a que se chama dar a mão ao próximo.

2 comentários:

Anónimo disse...

As mulheres são cidadãos de segunda classe em todos os mundos, sejam eles islámicos, católicos, hindus ou budistas! Não me venham com essa de que só os islamicos tratam mal as muleres. Eu vivo num país onde a taxa de desemprego feminina é mais elevada, onde as mulheres ganham menos que os homens em cargos iguais e onde existem empresas que despedem as trabalhadoras porque engravidaram!

Anónimo disse...

mas é bom avaliar as diferenças, e é inquestionável que hoje as mulheres têm muito mais direitos que há 50 anos e que actualmente em muitos países muçulmanos. Mesmo que ainda haja grandes passos para dar....os principais foram dados!