Ainda a propósito da Igreja, o santuário de Fátima vai mudar de estatuto. As alterações ainda vão a debate. Não me interessa muito saber o que vai mudar em Fátima, porque o que eu gostava que mudasse vai continuar na mesma: o fundamentalismo católico de quem se arrasta de joelhos, o masoquismo estéril a que se assiste no santuário, o negócio chorudo à volta de santinhos e medalhinhas e pulseirinhas e crucifixozinhos de gosto duvidoso (esta é a minha liberdade de expressão).
De qualquer forma, gostei de ler no Correio da Manhã, "um alto representante da Igreja":
Quanto à colocação de um representante da Santa Sé na gestão do Santuário, para “maior vigilância teológica” – hipótese levantada após a realização de uma conferência ecuménica, da visita de um grupo de hindus e do Dalai Lama –, um alto representante da Igreja Católica portuguesa foi taxativo. “Não haverá cá ninguém. Era o que faltava.”
Uma opinião partilhada por D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas. “O Santuário não precisa de nenhum polícia teológico enviado pela Santa Sé. Nunca houve ali nenhum dislate, nenhuma inconformidade. Seria uma situação absurda e inaceitável. Se houvesse vigilância, seria dar razão aos radicais. Onde estava o espírito do diálogo inter-religioso iniciado por João Paulo II e continuado por Bento XVI. Onde estava a Igreja Católica de braços abertos?”
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