14 fevereiro 2006

País singlefóbico


No Dia dos Namorados, constato que vivo num país não só homofóbico como também singlefóbico (acabei de inventar o termo e parece-me bem).
Pois não é que, em pleno Chiado, ofereciam girassóis (de plástico, é certo, mas sempre eram girassóis) única e exclusivamente… aos casais. Ou seja, uma gaja solteira e boa rapariga não tem direito a uma flor.

Uma gaja até ia bem disposta, porque estava sol e calor e o sol e o calor enchem-se a alma e dão-me alegria, e acontece aquilo… Não me dão uma flor, porque não tenho “namorado”. Tá mal.

Percebo agora o terror que é para muitas gajas aparecerem sozinhas num casamento. Eu prefiro aparecer com um S2000 emprestado e dizer que não me caso nem tenho filhos, porque senão não há dinheiro para alimentar o carro. E depois olham para mim com ar aparvalhado e acreditam. Dá-me gozo. É a vidinha…

(just for the record: hoje é também o Dia Europeu da Disfunção Eréctil)

1 comentário:

Anónimo disse...

Quem escreve assim merece não uma flor mas um jardim inteiro.