16 setembro 2004

Visão de Annan I

Com a visão de um lince ibérico, o secretário-geral da ONU viu numa entrevista à BBC a oportunidade certa para dizer qualquer coisa com verdadeira actualidade: que os EUA deviam, há ano e meio, ter esperado por uma segunda resolução na ONU para atacar o Iraque. Foi há ano e meio, sim senhor, o que prova que a crise da organização não tirou a memória a Annan. Melhor dizendo, não tirou toda a memória a Annan: é que o secretário-geral só se esqueceu de dizer que, para além da "teimosia" norte-amaricana, já quatro meses antes os alemães e franceses diziam, na mesma ONU, que embora os iraquianos tivessem (isso mesmo) armas de destruição em massa, nunca autorizariam a mesma intervenção.

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