28 fevereiro 2006
Jornalistas postos na ordem!
E qual é o crime que está em discussão? Há dúvidas,
a matéria não estava em segredo de justiça.
O que se pretende? Sem dúvida,
condicionar a liberdade de informação.
11ª lei da blogosfera
11ª lei - os patrões deste país são os grandes financiadores da blogosfera. Os empregados contribuem com as ideias.
Aos fins de semana a generalidade dos blogs tem uma produção diminuta e um terço ou metade das visitas que tem ao longo da semana de trabalho.
27 fevereiro 2006
Lá vamos fazendo "jornalismo"
Não é notícia porque os jornalistas não noticiam as suas próprias fragilidades, mas é verdade. A informação sobre as actividades do Governo está altamente controlada pelo grupo de assessores e ministros.
.................................................... e o telefone não toca!...
As coisas saem, apenas, no tempo oportuno. Notícias sobre professores quando os professores contestam. Queixas dos juizes quando os juizes protestam. Histórias de médicos quando os médicos se queixam.
E os jornalistas nem sequer estão parados. Fazem perguntas. Esperam, desesperam, queixam-se pela falta de respostas. E, depois, cansam-se. E perguntam menos. Agradecem as “caixas” que o Governo envia pelo telefone. Quase sempre para os jornais que o Governo entende que se portam melhor e para os jornalistas que se portam melhor.
O Governo leva a melhor e a malta segue cantando e rindo.
Agora são os patrões da comunicação social que, para evitar pagar mais taxas, andam a defender a liberdade de informação. Os jornalistas até a oportunidade de liderarem a contestação a medidas gravosas que lhes dizem respeito conseguem perder. Não vá a acontecer o mesmo que acontece aos professores, juizes e médicos.
Adenda: Eu bem sei que, dizendo isto, junto mais uns ódios de estimação. E posso receber a critica, justa, que também eu pactuo com este sistema. Nunca escrevi sobre os jornalistas colocando-me do lado de fora.
Adenda 2: As "caixas" pelo telefone são uma impossibilidade, pelo que se trata de uma piada de difícl entendimento. A ideia era não chamar cachas a umas informações em primeira mão fornecidas por especial favor ou interesse.
Adenda 3: Este post surgiu na sequência de uma conversa com um amigo jornalista, que exerce funções de editor num jornal de referência, e que se queixava exactamente desta situação. É um dos que nos dão esperança, porque ele não quer baixar os braços.
Adenda 4: (tarde de quarta-feira) Ligou-me o José Pedro Pinto a dizer que no ministério em que trabalha (Trabalho e Solidariedade) existe o hábito de responder a todas as perguntas dos jornalistas. Como é bem possível que seja verdade (pelo menos no que me diz respeito) aqui fica registada uma das excepções que confirmam a regra.
Acrescento que está naquele ministério o melhor ministro deste Governo.
Um recado para o JMF
Tendo também muitas dúvidas sobre a forma como os jornais e os seus jornalistas devem assumir causas informativas. No entanto, julgo ser no mínimo precipitado considerar que quem assina uma petição não pode sobre ela escrever. Mas em relação às causas da F.C. vale a pena espreitar a Glória Fácil para perceber (no post chamado Gis) como é uma vantagem ter alguém que sabe do que fala quando fala sobre as causas que abraçou.
Oh para eles, a fazer de conta que existem
Já, por outro lado, há cerca de um milhão e duzentos mil sem-abrigo político que esperam ansiosamente para conhecer a posição "frontal" do seu líder sobre esta matéria.
É assim. Não importa quem quer, o Alegre é que importa.
E agora, Alegre?
Há pouco mais de um ano estávamos em campanha eleitoral e Alegre, já de braço dado com a nova direcção do PS, recusou alimentar a polémica e chutou para canto. A co-incineração em Souselas não era para o poeta um tema em discussão. Era e volta a ser.
Agora, o poeta, líder dos sem-abrigo político, não pode esperar muito mais tempo para dizer o que pensa sobre a matéria. Mas já vem tarde, porque se recusou a dizer o que pensava do assunto quando andava de braço dado com a direcção de Sócrates. Agora, a sua oposição soará sempre a vingança. Mais uma.
Dia de festa
Para esquecer a derrota do fêquêpê
Não há Co para o Adriaanse
26 fevereiro 2006
Os Super-Dragões vieram a Lisboa...
Um crime que dá que pensar e falar
Para mim é claro que o crime teve motivações sexuais, mas é preciso ler a Fernanda Câncio para nos lembrarmos da importância dos conceitos. E o Vasco Pulido Valente para pensarmos na força que tem uma "consciência colectiva" na prática de um "crime de ódio".
Propaganda de um Estado novo IV
Para festejar a vitória de há um ano, o grande líder chegou a acordo com umas dezenas de institutos e multinacionais para anunciar brevemente uma série de acordos sobre a necessidade de assinar acordos.
Numa coisa estamos todos de acordo:
Viva o grande líder. Feliz aniversário.
25 fevereiro 2006
Quem ri por último ri melhor
Resumo do Tarouquense-Vila Meã, com agressões, expulsões e outros ões.
"Um jogo impróprio para cardíacos, um jogo viril", diz um adepto.
Outro explica que ninguém trata mal o árbitro: "Um gajo às vezes diz filho-da-puta!, ó filho-da-puta!, mas não é para ofender ninguém!".
Este programa é ge-ni-al!
24 fevereiro 2006
ABC em Portugal?
José Manuel Fernandes ataca DN e Expresso
P.S. Acho que o dr. Pacheco Pereira, que tanto se incomoda com as críticas da blogosfera, devia ler o artigo. E, vejam lá, nem foi escrito por aqui – nem por utilizadores do espaço. Foi numa revista. E pelo director do jornal onde escreve. Azar. Lá se foi a lei.
Brokeback
como o álvaro de campos dizia..." todas as cartas de amor são rídiculas" e ninguém as entende a não ser que as tenham escrito. Ang Lee nunca escreveu cartas de amor. ponto final. mas vai ganhar óscares e não sei porquê...
Propaganda de um Estado novo III
Visivelmente irritado, o primeiro-ministro acusou um xenófobo da oposição de «uma mentira grosseira» e afirmou que o Governo nunca «pactuou nem com a violência nem com o terrorismo». «Isso é conversa de herói de banda desenhada», acusou o grande líder. E deixou um aviso aos velhos do Restelo: «Há limites para tudo!».
O líder deste Estado novo, promotor "da paz e da via pacífica", não é como outros líderes europeus que se zangam quando os do Islão queimam bandeiras e embaixadas. Nessas alturas, o nosso líder promove a paz.
Neste Estado novo, de novas ambições e optimismos, o nosso líder só se zanga com os jornalistas, comentadores e deputados da oposição. Esses sim da guerra e da via guerreira.
Viva o grande líder. Feliz aniversário. Bom Carnaval.
Sem pachorra!
Recordar é viver
- Depois, estava o peixinho, veio o gato... e comeu-o! Mas veio o cão e o gato teve de se esconder! Depois, veio o coelhinho...
- Não! Não! O coelhinho veio com o Pai Natal e o palhaço no combóio ao circo.
Está tudo aqui. Para me lembrar que tive uma infância bem-boka!
Quando a noite cair
Esta noite, mesmo que já seja amanhã, vou voltar a Lisboa.
Quando fechar aqui (no Porto) o jornal, vou meter-me no carrito da minha mulher (eu não tenho nenhun) e vou ter com ela. Tenho saudades. Quero estar ao lado dela e apoiá-la na sua nova aventura profissional. Dar-lhe beijos. Dizer-lhe que é para sempre esta imensa vontade...
Do amor e do preconceito
Apesar de tudo, gostei do Brokeback Mountain. Não acho que a realização seja fabulosa, não acho que a fotografia seja genial, a luz deixa muito a desejar e a primeira parte do filme é um pastelão. Mas, apesar de tudo, gostei do filme. As interpretações são boas e o argumento dá para pensar em duas ou três coisas, para além do evidente:
Há mulheres que aguentam casamentos falhados por dependência emocional e/ou financeira.
Há homossexuais homofóbicos, com preconceitos em relação a eles próprios.
Somos todos egoístas. Para quem já viu o filme: colocando-se no papel de Ennis Del Mar quem voltaria a casa dos pais de Jack Twist? A mãe pediu-lhe que regressasse, mas o pai não gostava de Ennis. Mesmo tendo em conta a felicidade da senhora, eu não teria o altruísmo suficiente para lá voltar a pôr os pés, dado o ódio do pai.
Uma comichão: A tradução e legendagem (de Correia Ribeiro) é absolutamente execrável. Desde erros como "amandar" ou "o comer já chegou" até construções frásicas mal feitas, sem pés nem cabeça, sem sujeito a concordar com verbo, a escrita do senhor tradutor dá para tudo. De pôr os cabelos em pé.
Propaganda de um Estado novo II
Mas, os velhos do Restelo, que julgávamos ter exterminado, não dão descanso ao grande líder.
No JN - O investimento decorre de uma obrigação determinada há dois anos pela segunda fase de privatização da Portucel. Ou seja, não é uma manifestação de confiança na economia, é o cumprimento de uma obrigação.
No DN - Apoios públicos foram determinantes para o investimento da Portucel. Ou seja, o Governo vai beneficiar a empresa em 17,5 milhões de euros por ano, durante dez anos. São 175 milhões.
Descansem, no Estado novo, nada afecta a popularidade do líder. São mais os que gostam dele do que os que não gostam. A manchete do DN tira todas as dúvidas.
Bem hajas grande líder. Feliz aniverário. Bom Carnaval.
A Ordem só faz sentido se tiver a resposta
Seja franco senhor Soares, seja franco...
O que une um gigante do panorama futebolístico nacional, com um modesto mas simpático (insisto) clube de bairro? Um senhor com tanto de prepotência como de incompetência.
23 fevereiro 2006
Andamos loucos?
Propaganda de um Estado novo
Já festejamos o aniversário da vitória socialista e preparamos os festejos para um ano de Governo. Vivemos tempos novos, estamos mais confiantes nas palavras dos políticos porque sabemos que a divina providência nos deu, de novo, um grande líder.
Vêmo-lo zangado com os jornalistas que fazem perguntas sem nexo, irado com os comentadores que não acreditam, furioso com as corporações que duvidam.
Este é um Estado novo, onde acabaram as velhas hesitações, as velhas mordomias e os velhos do Restelo.
Um país tem futuro quando encontra um líder. Portugal encontrou.
Que importa que muito do que julgamos hoje ser verdade se revele mentira amanhã? É hoje que vivemos. O amanhã sonhamos melhor.
Sabemos que temos um timoneiro que não dá descanso a quem quer desbaratar os nossos impostos, mas que sabe abrir excepções para com uns "trocos" premiar os amigos... da pátria.
Este é um Estado novo, em que o líder pensa, decide e faz.
Este é um Estado novo, em que o líder não fica prisioneiro do diálogo.
Este é um Estado novo, em que quem não está com o líder está contra ele e, por isso, contra o povo e a nação.
Governo emprenha força militar
A verdade é que, com a pequena gralha do PMF (apenas uma letra a mais), o comunicado ficou significativamente melhor e, sobretudo, muito mais divertido:
"(...) a prontidão da força militar, que se pretende mais flexível, projectável e pronta a ser emprenhada"
A verdade
Anda tudo a cuspir para o ar e, quando assim é, cai na cara de alguém. São os políticos ao seu melhor nível, a instrumentalizar a classe jornalistica. Fazem jogo sujo e utilizam gente que trabalha.
Eu conheço pessoalmente o António Bilrero (membro da direcção da Lusa) e acho verdadeiramente escandaloso que alguém (como a MJO do Público) possa pôr em causa o seu profissionalismo. O Bill é um profissional de mão cheia e, como dizia o jogador do Porto João Pinto, é um jornalista com H grande.
Será verdade? II
Será verdade?
Proposta de reformulação da 11ª lei da blogosfera
P.S. Diz Pacheco Pereira: "As leis aqui transpostas (...) são meras constatações. Descrevem o modo como os debates na blogosfera se desenrolam. São genéricas e universais (...) Todas as Leis da blogosfera, dada a natureza do meio, só podem ser formuladas de forma irónica, ou seja, absolutamente verdadeira."
Com todo o respeito intelectual pelo dr. Pacheco Pereira, a sua crença na formulação de teses genéricas, universais, "absolutamente verdadeiras" peca exactamente pela crença que deposita no seu próprio infalibilismo. É a crença na razão pura, na sua pior forma. A mesma que já vi o próprio Pacheco Pereira destruir com os melhores argumentos do nosso pensamento.
Alguém cala o homem?!
A nossa Europa
O Mourinho é o maior
Dignidade leonina
Pela via das dúvidas, eu - que não sei se é boa ideia vender património, mas também não vejo que aquele possa ser rentável para o Sporting – coloco-me sempre do lado oposto ao de Dias da Cunha. Que se venda e se cale o homem.
É uma convidada da casa
A tábua da salvação
P.S. Um pouco mais a sério, convém dizer que as leis do Abrupto ajudam de facto a perceber um pouco melhor o que é isto da blogosfera. É claro que há muito mais do que o que lá está escrito, mas é o primeiro trabalho sério sobre a matéria que eu vi.
Sócrates dá segunda-feira de Carnaval
O leitor tem sempre razão
Mas cautela, meninos: nada de revelar os números do Euromilhões antes da Marisa Cruz o fazer, 'tá?
(Já agora, e a propósito, devo dizer que fiquei triste pelo Chelsea ter perdido.
Deixa lá, Zé, fica para a próxima. Não faças beicinho, querido, que me partes o coração! A sério, anda lá...)
22 fevereiro 2006
Deco melhor que Mourinho
Há muito que eu lancei uma maldição ao Mourinho. Ele pode ser 50 anos campeão inglês, mas não voltará a ganhar uma Liga dos Campeões. Isso são coisas só ao alcance do Fêquêpê.
NOTÍCIAS EM PRIMEIRA MÃO
Liberdade condicionada
No Dn de hoje: Os jornalistas poderão vir a ser punidos só pelo facto de se presumir que as suas notícias puseram em perigo uma investigação criminal, independentemente do resultado da acção. Assim, em vez de crime de violação de segredo de justiça, tal como hoje acontece, serão acusados por "crime de perigo", que pode ser abstracto. Esta proposta de alteração ao Código Penal (CP) está a ser discutida na Unidade da Missão para a Reforma Penal (UMRP), coordenada por Rui Pereira, e vai ser presente ao Ministro da Justiça.
Parece-me mais razoável condenar jornais que dão grande destaque a acusações e pequeno destaque a absolvições (das mesmas pessoas sobre o mesmo caso. Por exemplo com Isabel Damasceno).
primeira mão: A perseguição continua...
Menos de 24 horas depois
São as primeiras consequências da manchete de hoje do JN, falta o resto.
A Procuradoria vai continuar totalmente ocupada com o 24 Horas ou conseguirá arranjar tempo para tentar perceber como foi possível ultrapassar a lei?
Força doutor Souto Moura mostre que não tem medo de ninguém.
Não acredito em coincidências
Adenda à 17h30: Em nome da verdade deve ser dito que o trabalho tinha erros, como seja dar a entender na primeira página que aquilo lá estava a pedido da investigação.
MAs, em que é que deu tudo isto? Numa perseguição ao 24 Horas e ao seu director. É preciso dizer (muitos já o fizeram) que a liberdade de informação está a ser atacada.
Bem sei, por exemplo, que na Grande Loja estas opiniões são lidas como perseguição ao procurador e como prova provada de que há gente que fala do que não sabe. Eu é que não acredito em coincidências.
O director do 24 Horas é acusado de ter ofendido a honra da PGR por ter dito, em artigo de opinião, que há lá "mais bandidos por metro quadrado do que há na Cova da Moura". Souto Moura trata o 24 como se fosse um covil de bandidos. O Tadeu já deve ter aprendido que não pode brincar com as palavras e, mais importante, não deve meter-se com os procuradores e com os polícias.
Que ganda gallo!
O Vincent Gallo está disponível para engravidar mulheres. Com uma condição: não dá o seu apelido às crianças. Diz que faz o servicinho por 1,26 milhões de euros e faz um desconto de 420 mil euros para quem não quiser contacto físico. [fonte: revista Sábado]
Três conclusões:
1. O Gallo é louco. Definitivamente.
2. O Gallo é prostituto. Lamentavelmente.
3. Continuo a adorar o Gallo. Estoicamente.
primeira mão: PGR continua ao ataque
Vamos esperar por desenvolvimentos, mas já é possível constatar que para o senhor procurador considera que no 24 Horas há mais bandidos por metro quadrado que em qualquer outro sítio do país.
P.S. ainda hoje voltarei ao assunto. agora vou almoçar.
Vejam lá se não querem ser deputados
O Jornal de Notícias faz hoje manchete com um caso que nos devia indignar a todos. A alternativa é passarmos todos a ser deputados, porque ou há moralidade ou comem todos. Não é verdade?Se é assim que a coisa funciona em Portugal, eu não pago mais multas.
O resumo:
O sr. deputado Ricardo Almeida, eleito pelo Porto, já foi multado quase 20 vezes. A maioria das multas foi perdoada. Julga que é o Fitipaldi e anda por aí a mais de 200 à hora. Explicação do deputado: "Reconheço que, às vezes, ultrapasso os limites de velocidade, mas isso é porque sou um deputado que cumpre horários. Não sou como outros que não chegam a horas às reuniões".
Com pedidos aos governadores civis ou com a polícia a reter os autos, o "deputado voador" - como lhe chamam as autoridades - teve a sorte de ver tudo arquivado.
ISTO NÃO É UMA BRINCADEIRA. É UMA COISA SÉRIA.
O Ministério Público vai abrir um inquérito para saber se há aqui corrupção?
Os deputados da Nação vão indignar-se com o abuso de posição deste senhor e com as declarações que faz sobre os seus pares?
ISTO É UM PAÍS DE BRINCADEIRA OU É UM PAÍS A SÉRIO?
Mais bastonários
Um corta-fitas a escrever no Insubmisso:
Vicente Jorge Silva bastonário? Voto já nele. Ou no Adelino Gomes. Ou no Joaquim Furtado. No Barata-Feyo. No Sarsfield Cabral. Na Judite Sousa. No Joaquim Vieira. No Ferreira Fernandes. No Mário Bettencourt Resendes... Nomes qualificados não faltam. Falta é deitar mãos à obra. O João M Fernandes também dará uma ajuda.
21 fevereiro 2006
Depois do exílio...a chegada a Sta. Apolónia
E que produção esta. Tanta agitação. Tão bem que trataram do Insubmisso os Insubmissos. Tantos posts, tantas polémicas, tantos abraços virtuais, tantos pactos de regime. Tantas histórias bonitas.
E eu a perder tão boas oportunidades para mandar uma ferroada. Enfim vou voltar...na próxima semana, espero.
Para já gostaria de colocar alguma seriedade na questão mais importante de qualquer blog: o fervor clubista.
E não há nada como dizer ao mundo que O Insubmisso é feito também por benfiquistas e não só por "reles" sportinguistas e portistas. Sim, benfiquistas daqueles que trincam lagartos como na foto ( e só não comemos dragões porque eles não existem!!!!)
E...aproveitando a maré que dura até ao próximo fim-de-semana... aqui vai: ninguém pára o benfica ninguém pára o benfica....
1-0 aos Beattles...pena os outros clubes não estarem lá para também ganharem.
Tenho uma caixa cheia de bastonários
Mas já agora respondo ao desafio do JMF:
Sim. Estou disponível para trabalhar num Conselho Deontológico de uma Ordem que venha a ser criada. Dispenso gratuitamente umas horas do meu tempo para ajudar a melhorar o exercício da profissão. Para benefício de todos.
Ah! E já tenho uma lista de bons candidatos a bastonário:
1- João Morgado Fernandes
2- Vicente Jorge Silva
3- José António Saraiva
4 - Vasco Pulido Valente
5- José António Lima
6- Raúl Vaz
7- José Leite Pereira
8- José Rodrigues dos Santos
9- António José Teixeira
10 - Eduardo Dâmaso
E há mais, muitos mais.
Também consigo fazer uma lista de boas candidatas a bastonária:
1-Constança Cunha e Sá
2- Judite de Sousa
3- Helena Garrido
4- Maria João Avilez
E há mais, muitas mais.
É claro que não falei com nenhum deles para saber se estavam interessados. Mas isso agora é pouco importante, porque fazer a discussão pelos nomes e pelas disponibilidades é começar a casa pelo telhado.
É claro que também deixo de fora o Alfredo Maia (presidente do sindicato) e o Villas-Boas (presidente do Conselho Deontológico). A Ordem e o Sindicato devem existir em conjunto.
P.S. Para ler sobre a matéria O Mau Tempo no Canil, O Glória Fácil, O Corta-Fitas, o Fonte das Virtudes e o Blogouve-se
Mais um cartoon licencioso
Aulas de substituição
"Estudei um ano numa escola secundária(pública) da cidade de Albuquerque, Novo México, Estados Unidos. Oitenta por cento dos alunos filhos de imigrantes, espanhol como primeira língua, membros de gangs ( "18th" e "22th streets", na maioria), detector de metais à entrada do perímetro escolar, tiroteios anuais no parque de estacionamento, violência a desbarato, estudantes vindos de classes desfavorecidas. Na "Valley High" tínhamos aulas de substituição. Sem problemas. Sem espinhas. Era de inglês a aula? Muito bem: "em que parte da matéria iam" perguntava o professor de geografia que de pronto arregaçava as mangas para promover uma hora de partilha de conhecimentos, em substituição do colega que lecciona inglês. Eram produtivas? Normalmente não.
Caros sindicalistas por favor metam a mãozinha(a direita ou a esquerda - a questão não tem ideologia) nas vossas consciências e respondam: é melhor ver as crianças a vadiar ou tê-las sob a tutela dos professores?Era de inglês a aula? O substituto só sabe mandarim? Azar.
P.S. Lembro-me de um colega do 8º G na preparatória D. Fernando II em Sintra. Tivémos dois furos e ele foi fazer "batidas" para a estação de comboios da Portela de Sintra, ali ao lado. O João tropeçou. Foi fatal. Ele sim, teve "azar" - ouvia-se pelos corredores."
Em defesa da Ordem
O João é um pragmático, o que só lhe fica bem, mas é ele que não discute o essencial: O jornalismo que se faz por cá precisa de ser melhorado? Como se consegue dar esse salto? É preciso melhorar o ensino superior de jornalismo? É necessária formação contínua para os jornalistas? As especializações devem ser acompanhadas de formação específica? Para estas e para muitas outras questões a resposta pode ser, ou não, a criação de uma Ordem?
Se não serve, então expliquem-me como é que a coisa se resolve.
Lá vamos nós levar mais uns anitos com uma clique que, abraçada ao sindicato, representa apenas uma pequena parte dos jornalistas. Até para se perceber a diferença valia a pena ter uma Ordem e um sindicato. É assim que funcionam as profissões com Ordem.
Podemos sempre levar a sério o que nos diz o Francisco: "nem ordem, nem sindicato, nem comissão da carteira profissional, nem clube de jornalistas, nem editores, nem directores, nem donos, nem número do bilhete de identidade". Acredito mesmo que, no fim, será esta veia anarquista do FTA e dos restantes jornalistas que continuará a fazer escola. É a prova provada que o JMF sabe do que fala: "Alguém imagina que com a criação da ordem haveria um súbito interesse de uma data gente em perder umas horas por semana a discutir, de forma serena e estruturada, o exercício da profissão? Não brinquem comigo...".
Ou me engano muito, ou os jornalistas continuarão a ser os parentes pobres da comunicação social.
Espoletemos!
Vamos por partes, seguindo o Lello (dicionário, bem entendido).
Espoletar - pôr espoleta em
Espoleta - escorva
Escorva - orifício onde se punha a pólvora para dar fogo com as antigas armas; pólvora do tubo do foguete.
Ou seja, espoletar é dar pólvora a. Faz todo o sentido.
Espoletemos, pois. Tudo.
Já agora - e só pela curiosidade -, na mesma página da escorva, fiquei a saber o significado de escorropicha-galhetas. Alguém faz ideia do que é um escorropicha-galhetas?
Um escorropicha-galhetas é, nem mais nem menos,... um sacristão! Lindo!
20 fevereiro 2006
Coisas de fazer saltar o capachinho
O ex-deputado socialista e actual administrador da Galp, Fernando Gomes, vai começar a receber em Março uma reforma de 3172 euros, um valor que irá acrescentar ao seu salário mensal na ordem de 15 mil euros.
Diz que não sabia que o tinham reformado. São 18.172 euros por mês. São três mil e seiscentos contos.
Então? Onde é que pára "o fim dos privilégios injustificados"?
A desordem sindicalista
Utiliza bons argumentos e outros da treta (como determinar que se alguém defende a existência da ordem é porque tem interesses pessoais nisso). Mas como o debate é feito com a pluralidade de opiniões, quem quiser saber mais deve clicar no nome do Pedro e ler o que têm para dizer os que estão contra a Ordem e, claro, a favor do sindicato (interessa a quem?).
É preciso pôr Ordem no exercício da profissão
Com milhares de pessoas a sairem todos os anos dos cursos superiores de jornalismo, com os salários que se pagam a jornalistas (velhos e novos) e com o ataque ao mensageiro que, neste momento, está em curso cá no rectângulo é melhor começar a pensar em pôr ordem no exercício da profissão.
Discutam, pelo menos discutam o interesse de criar uma Ordem dos Jornalistas. Não sejam vencidos. É preciso discutir, como já se faz aqui e no corta-fitas.
A alternativa é continuarmos a assistir impávidos e serenos aos disparates do Conselho Deontológico sobre a posição do Conselho de Redacção da Lusa ou à necessidade da Fernanda Câncio provar a sua isenção.
Por que razão temos medo de ser profissionais? A falta de regras claras só interessa aos medíocres.
Recados do Expresso
2. Ribeiro e Castro afirma: "preciso de mais ajuda" (com as mãos bem juntinhas, como que implorando a Deus Nosso Senhor).
3. Joe Berardo avisa que a proposta do Governo, acerca da sua famigerada colecção, é "saloia".
Das duas uma: ou o Expresso se tornou uma manta de recados, ou o país político está cada vez mais parecido com o Black Adder. Humor negro, puro como um havanês.
A trégua de Zapatero
Contagem de fiéis
Uma pedra no sapato
1- Queixou-se de que houve quebra de sigilo por parte da Comissão Europeia (CE).
2- Desvalorizou a CE e valorizou o Conselho de Ministros (ECOFIN)
3- Leu uma declaração e não respondeu a uma única pergunta dos jornalistas.
Sobre tudo isto não tiro conclusões.
Conselho do Insubmisso para o PM
Um aviso sério de Bruxelas
A história mostra que aos avisos de Bruxelas sobre as contas portuguesas seguem-se, um ano ou dois depois, as constatações de Lisboa. Os que cantam hossanas ao governo de Sócrates serão os primeiros a mostrar-se indignados com o que caminho que isto leva.
Hoje não faltarão declarações do ministro das Finanças e do primeiro-ministro. Voltarão a prometer rigor e a garantir amanhãs que cantam.
19 fevereiro 2006
Ser adepto é querer ganhar...
Raúl Meireles, o autor do golo, no fim do jogo disse tudo o que havia para dizer: Ganhámos e isso é que interessa".
Por que me são impostos?
Se Israel não gosta do governo que os palestinianos escolheram e retém os impostos, será que eu, que não gosto do governo que os portugueses escolheram, também posso reter os meus impostos? São só os meus. Eu nos impostos dos outros prometo que não mexo.
À atenção das fãs de Tom Cruise
Incompetente-presidente?
Para começar bem a semana
Religião monopolista
Há coisas para que era absolutamente necessário ter uma Autoridade da Concorrência. Há milhares, centenas de milhar, talvez milhões de portugueses que só acedem aos quatros canais generalistas e hoje, por esta hora, liguem a RTP, a SIC ou a TVI levam com o mesmo: cerimónias religiosas em Fátima.
É inacreditável. Numa tarde chuvosa, não há um filmito para ver! Hoje é domingo e, ao domingo à tarde, sagrado só é mesmo um filme divertido, leite com café e torradas, mais a manta pelas pernas.
Não há quem ponha ordem neste país?
Vou trabalhar!
É muito fácil ser Idiota
Saí de uma auto-estrada para entrar numa auto-estrada a que o Governo chama SCUT (Sem Custos para o Utilizador). O Governo também lhe poderia chamar Triplo C (Com Custos para o Contribuinte), era igualmente verdade e mais sério.
Há milhares de utilizadores a gozar da boa vontade dos contribuintes. No limite é possível dizer, sem nenhuma falsidade, que um contibuinte da classe C (exemplo: um pobre alentejano sem dinheiro para comprar carro) está a ajudar um utilizador da classe A (exemplo: um rico empresário do Norte com dinheiro para andar de carro de um lado para o outro) a pagar a auto-estrada.
Vem isto a propósito do futuro modelo de financiamanto do Serviço Nacional de Saúde. Se sai tudo do Orçamento do Estado, por que é que não começam por tomar as decisões mais fáceis. Acabem-se com as SCUT. Poupem-se centenas de milhões de euros que muita falta fazem para ajudar quem verdadeiramente necessita da solidariedade do Estado.
Carta a Teixeira dos Santos
Louvo a sua decisão. O défice continua por circunscrever e não fazem sentido mordomias faraónicas. Mas, por favor, por pudor, e para que o meu louvor não perca sentido reduza o número de motoristas de Sergio Lipari, vereador da Câmara de Lisboa. Três é, no mínimo, excessivo. Parto, naturalmente, do princípio de que não se trata de uma obrigação "protocolar".
MCumprimentos,
Francisco Teixeira
Um ano de Sócrates com PM
«Portugal PM still faces long run one year on
By Ian Simpson
LISBON, Feb 19 (Reuters) - One of Jose Socrates's first acts
after becoming Portugal's prime minister last year was to start
a Lisbon road race, but then run less than half the distance.
Socrates, who marks the first anniversary of his election
victory on Monday, said he wasn't in shape to reach the finish.
And just as in that race, the Socialist leader's promising
start does not show he can go the distance in reforming
Portugal's stagnant economy, analysts say.
Socrates, elected on a promise to create 150,000 jobs, was
under pressure in the past week, as reports showed unemployment
in western Europe's poorest country rose to 8 percent late last
year, a near 20-year high.
His economic reform programme "is very wide ranging but
there don't really seem to be too many concrete measures at the
moment", said Trevor Cullinan, an analyst for Standard & Poor's,
a credit rating agency.
WASTE OF TIME
Joao Cesar das Neves, an economist at Lisbon's Catholic
University, said Socrates had yet to take on his biggest
challenge -- slashing public spending that feeds the highest
budget deficit in the euro region.
"Everything else is a waste of time," he said.
Socrates, 48, became Portugal's first Socialist prime
minister with an absolute majority when he was elected last year
on a vow to jump-start the economy.
Portugal's economic growth has badly lagged the European
Union average since 2000. The central bank forecasts only 0.8
percent this year.
Socrates, an admirer of British counterpart Tony Blair,
quickly imposed tax hikes, spending cuts and a tax fraud
crackdown to narrow the ballooning budget deficit. The 2005 gap
is targeted at 6 percent of gross domestic product (GDP), twice
the euro zone limit.
He faced down unions by raising the retirement age for the
700,000-strong public work force to 65 and froze the system of
automatic promotions, sparking numerous strikes and protests
that choked Lisbon boulevards.
However, Socrates has barely started cutting public
spending. This year's budget is almost half of GDP, down
slightly from last year.
With little room for more tax hikes or fraud-busting
measures, Socrates will have a tough job to reach this year's
deficit target of 4.6 percent of GDP, analysts said.
LOW-HANGING FRUIT
The deficit-cutting measures "were what any government would
have done, those are low-hanging fruit", said Francisco Van
Zeller, president of the Confederation of Portuguese Industry, a
business group.
"It will be the next few years that will show how we'll get
to 3 percent," the euro zone limit, said Van Zeller, who also
praised Socrates for his determination and resolve.
In one move to cut spending, the government said in the past
week it would use individual contracts for most public workers.
It also set out a privatisation programme that includes the
state airline and energy company Galp Energia.
"Socrates is radically in the centre in that he wants to
carry out his reforms but he doesn't want to go to the left or
right," said Carlos Magno, a political commentator for RTP state
television.
Socrates's go-ahead for conglomerate Sonae's
11-billion-euro takeover bid for Portugal Telecom (PT)
last week also shows his commitment to opening up the economy to
competition, he said.
The popularity of Socrates's Socialists has sagged since the
elections but has turned up a bit in recent months, according to
a Aximage poll in Correio da Manha newspaper last week.»
18 fevereiro 2006
O pormenor que tem fundo
17 fevereiro 2006
Bom fim-de-semana!
No frigorifico de Mark Ruffalo
Um programa informático que lê e fala
Clica-se no parágrafo de cima em O Futuro e Lá chegados passa-se a coisa para português.
A seguir escreve-se o que bem se entender.
E a senhora vai dizer o que nós lá tivermos escrito.
É fantástico!
Pacheco está vivo!
Com esta inversão, Pacheco deve querer tão só justificar a necessidade que sentiu de responder a quem com ele se meteu (os do lixo), mas ele não foi atraído. Foi traído pela sua própria grandeza. Pacheco não deixe que o lixo suje o seu belo quintal!
Finalmente, Pacheco esclarece o que são as suas leis e responde a algumas questões levantadas aqui em O Insubmisso. Mas nós temos os pés bem assentes na terra e sabemos que Pacheco só reage porque a grandiosa e perigosa Loja do Queijo Limiano resolveu pegar no tema.
A NONA LEI DO ABRUPTO SOBRE OS DEBATES NA BLOGOSFERA bem pode vir a ser qualquer coisa como:
Na blogosfera a sobrevivência depende muito da existência de um inimigo de estimação.
Portuguesas e portugueses
Ao longo destes dez anos, o Jorge, eu e os miúdos, dedicamo-nos de corpo e alma à resolução dos problemas, dos nossos problemas, através de uma comunicação séria, incisiva e atenta sobre a nossa realidade. Por vezes de uma forma emocionada - mais ele que eu - , por vezes enviesada - eu comunico pouco -, por vezes parcial - sempre que o momento o justificou -, mas nunca deixamos de comunicar. E isso não dizem os nossos críticos. Convém por isso lembrar que o Jorge falou de vida para além do défice, das reformas na justiça e, até, do regular funcionamento de algumas instituições, em alguns momentos da nossa vida. Que mais querem de nós? Promovemos centenas de empresários que connosco viajaram mundo fora ao longo desta década. Condecoramos portuguesas e portugueses. Que mais é exigível?
Venho por este meio apelar aos portugueses para que nos respeitem. Até ao último minuto do segundo mandato do Jorge.
Maria José
Afinal, o Santana era um perigoso socialista
Toda a gente se atirou ao Santana e até o Presidente da República fez questão de avisar que uma lei assim era vetada em Belém.
A coisa agora é diferente:
O ministro reconheceu que está a ser ponderada a hipótese de um novo modelo de financiamento do Serviço Nacional de Saúde, que terá três hipóteses de encargos para os utentes: comparticipação total do Estado ou comparticipação a 75 por cento ou a 50 por cento pelo Estado, cabendo ao utente o pagamento do restante.
Ninguém diz nada? O doutor Jorge Sampaio vai ficar calado?
Divórcio
Sucessão de episódios
Estamos perante uma intimidação sobre o exercício da liberdade de imprensa – independentemente da legitimidade do Ministério Público e sem prejuízo de qualquer jornalista ou órgão de informação serem responsabilizados pelo exercício da sua actividade.
Criminalmente, se for o caso e de acordo com a lei. Resta uma questão: por que espera Jorge Sampaio para agir em função de uma sucessão de episódios que minam a credibilidade de um órgão de soberania. O argumento – utilizado com Santana Lopes - volta a ser válido. Demasiado evidente para poder ser omitido.
Raul Vaz, in Jornal de Negócios
Vai e vive
Eles andam aí!
Já estavamos habituados a ver os jornais a fazer estas contas ao fim de seis meses ou ao fim de um ano. O Independente decidiu fazê-las ao fim de 11 meses. Como poderia ter feito ao fim de 10 ou ao fim de 13. Dava na mesma.
O que eu acho mais piada neste tipo de notícias é que está lá o nome de Sócrates como podia estar outro qualquer. Experimentem com António Guterres. Ou com Durão Barroso. Ou com Santana Lopes. Dá, não dá?
E agora experimentem substituir 2.148 pessoas por 2.993. Ou 1.876. Ou 3.154. Dá, não dá?
Já agora experimentem substituir ministério das Finanças por ministério da Economia. Ou por ministério da Administração Interna. Ou por ministério do Trabalho. Dá, não dá?
Ainda na notícia d'O Independente pode ler-se o seguinte parágrafo:
José Sócrates conta com um chefe de gabinete, 14 secretárias e um secretário pessoal, 18 assessores, 13 adjuntos, um motorista, um consultor e um membro de apoio técnico equiparado a secretário pessoal.
Ou será que li mal? Se calhar dizia:
José Sócrates conta com três chefes de gabinete, 18 secretárias e nenhum secretário pessoal, 13 assessores, 14 adjuntos, dois motoristas (um de dia e outro de noite), dez consultores e um membro de apoio técnico equiparado a secretário pessoal.
Vai dar ao mesmo, ou não?
Estou baralhada. Eu própria escreverei uma notícia quando um qualquer Governo deixar de fazer nomeações e indigitações. Em qualquer parte do mundo. Em qualquer tipo de regime. Se alguém souber, avise, sff. Obrigadinha.
Rapa, Põe, Mete e Tira
Para os que tinham dúvidas sobre a qualidade deste Governo e, em particular, sobre a capacidade de decisão dos seus maiores artistas, convém lembrar que estes Rapa, Põe, Mete e Tira são da autoria de José Sócrates e António Costa
Imposição de Insígnias - Palácio de Belém 17 de Fevereiro de 2006
(Ordem de Mérito Agrícola)
Manuel Sousa e Holstein Campilho; António Augusto Ângelo
Grande-Oficial
(Classe de Mérito Oficial)
Rogério Santos Carapuça; Fernando Teixeira; Armando Leite de Pinho; Paulo Miguel da Silva; Antero Calvo; António Lucas, Carlos Moreira da Silva; António Luis Serranho, António Gonçalves; António Rodrigues; Vitor Ribeiro
Comendador
(Ordem do Mérito Industrial)
Amilcar Ambrósio; Casimiro Almeida; Filipe José Moutinho; António Afonso Cardoso Pinto; João Picoito; José Ribeiro; António Manuel Carvalho; João Paulo Oliveira; Jorge Armindo Teixeira; Carlos Barbot Aires Pereira; João Pedro Xavier; Malik Sacoor
[A lista infindável de condecorados e condecoráveis espelha bem o estado a que chegámos. Não que muitos destes doutores, professores e engenheiros não tenham feito pela vida e, por consequência, por Portugal. Mas é lamentável que as insígnias nacionais sirvam, de forma sucessiva, não apenas os interesses do país mas, acima de tudo, a forma aleatória como o presidente os vive, sente e interpreta. Nos casos de que falo, o título do comunicado da Presidência aplica-se na perfeição: "Imposição de insígnias". Só mesmo por "imposição", acrescentaria.]
16 fevereiro 2006
I love Barbican
O Barbican, em Londres, inaugurou hoje o maior evento dedicado ao Tropicalismo, o movimento artístico brasileiro dos anos 60 e 70, que juntou nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Gal Costa.
O Barbican é uma coisa brutal. Para quem não conhece poder ter uma ideia, o Barbican é isto:
O Barbican é o maior centro cultural da Europa. Mete o nosso CCB num chinelo. É uma coisa avassaladora, esmagadora, de cortar a respiração. O Barbican é A coisa.
Quando lá estive, fui ver uma exposição de Nobuyoshi Araki, um japonês louco, que delira a fotografar mulheres nuas. Assim:
Devo, com isso, ter visitado um décimo do Barbican. Tanto quanto percebi nessa altura, o Barbican tem várias salas de teatro, de dança, de exposições, de tudo e de mais alguma coisa. E tem uma escola de artes. E tem uma torre de apartamentos para os professores e alunos. O Barbican é uma cidade.
Durante os próximos três meses, fala-se português no Barbican. O Festival Tropicália inclui concertos, filmes, conferências e uma exposição de artes plásticas. Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Gal Costa e Os Mutantes vão lá.
Quem passar por Londres nos próximos tempos tem uma boa desculpa para lá ir também. É que Londres não é só a National Gallery nem o British Museum.
É para isto que servem os nossos "representantes"
O Conselho Deontológico dos Jornalistas rejeitou hoje que a directora de Informação e o editor do Nacional da Lusa tenham cedido a quaisquer pressões externas nas notícias da agência sobre a cobertura da rede escolar com acessos à Internet de "banda larga". No parecer hoje divulgado o CD do Sindicato dos Jornalistas critica o desempenho das jornalistas que elaboraram as notícias, considerando que o seu trabalho "está aquém do que é exigível técnica e deontologicamente". Sobre a posição do Conselho de Redacção da Lusa relativa a todo este processo, o Conselho Deontológico dos Jornalistas sustenta que aquele órgão "assumiu apreciações infelizes". A intervenção do CD foi pedida pela Direcção de Informação da Agência Lusa na sequência da tomada de posição do Conselho de Redacção, que considerou, nomeadamente haver indícios de "situações de cedência a pressões do governo".
Cá por mim, acho que o trabalho dos jornalistas é fazer telefonemas. E acho que o trabalho do Conselho Deontológico dos jornalistas deveria ser - digo eu - defender os jornalistas. Ou será corporativismo?
Pois, pois! Os do Islão é que são uns ofendidos da treta
A Opus Dei quer alterações ao filme "The Da Vinci Code" que se encontra em fase de pós-produção e cuja estreia está aprazada para o próximo dia 17 de Maio.Segundo essa controversa seita católica, a Sony Pictures deverá modificar cenas já acabadas do filme antes da sua estreia, visando evitar choques com os crentes (leia-se, com eles próprios).
Querem mais, vão lá ler.
Pacheco e o Queijo
A Grande Loja anda há muito tempo às turras com o Abrupto. Sou obrigado a confessar, como se já não bastasse o que escrevi sobre o blog do Pacheco e o senhor propriamente dito, que me faz confusão vê-lo armado em polícia.
Tanto quanto sei, estes são dois dos blogs informativos com mais audiência e estes arrufos ainda os ajudam a crescer mais. É uma das leis do debate que Pacheco ainda não escreveu. Ficamos à espera.
Do que já aprendi sobre a blogosfera, muito pouco é claro, já deu para perceber que a ANARQUIA encontrou o seu espaço para triunfar. Nem pode ser de outra maneira. Anónimos ou assumidos, neste espaço infinito todos podem dizer o que querem. É claro que isto faz com que exista muita irresponsabilidade, muito aldrabice e muitos interesses escondidos. Mas também dá para aumentar o debate e o saber, para acrescentar humor à análise política, para tantas outras coisas boas.
O que quer afinal Pacheco Pereira? Alguém lhe pediu para ser o polícia e lhe entregou uma farda? Pensará Pacheco que todos os que circulam pela blogosfera, excepto ele é claro, são estúpidos e, por isso, não sabem avaliar cada um dos posts que lhes é dado a ler?
Pacheco utlizou esta táctica quando esteve a tempo inteiro na política e acabou por sair de lá para se dedicar a tempo inteiro à escrita, ao comentário e à blogosfera. Começo a acreditar que ele deixou de ser dirigente partidário porque os seus companheiros de partido, e dos restantes, deixaram de ter pachorra para ele. Isso é que Pacheco não aguenta. Ele quer que o ouçam e que o sigam.
Se a política partidária já não conta com Pacheco porque ele se cansou dos que não o ouvem, faltarão muitos anos para ele se cansar de ser o polícia cá do sitio? Para já, ele acumula esse estatuto com o poder de fazer leis (do Abrupto, é claro) para os debates na blogosfera. Espero não ter quebrado nenhum mandamento.
Avé, César!
Desembucha Pacheco
Jornalismo II
Jornalismo I
Assim vamos nós jornalistas.
15 fevereiro 2006
Muitas 24 Horas pela frente
Não perceberam que a caça às fontes dos jornalistas vai fazer das fontes uma espécie em vias de extinção?
O jornalismo e os jornalistas estão a precisar de se organizar. Também podemos continuar assim, com dois ou três patrões a porem e disporem dos periodistas, com jornalistas a escreverem tudo o que lhes apetece e a condenarem com isso toda a classe ao descrédito. Etc, etc, etc...
Tenham medo, tenham muito medo!
Mas a mim parece-me que a coisa é um pouquito mais confrangedora. O senhor está com 'cagufes' e quer que todos nós nos borremos de medo.
Temos soldados lá longe, no Islão. Precisamos de ser responsáveis com as caricaturas para não irritar os senhores do Islão, não vão eles bater nos nossos valorosos soldados ou queimar os novos equipamentos de Scolari.
E se eles se lembram de vir para cá pôr bombas? Isso então é que era uma chatice.
Quietos, caladinhos no nosso canto é que nós estamos bem. Eles julgam que isto faz parte de Espanha e em Espanha eles gostam de pôr bombas é em Madrid. Não se metam com eles. Tenham medo, tenham muito medo!
Licenciosidade
É isto que um primeiro-ministro tem para dizer?
Parece-me que o primeiro-ministro está a ser um bocadinho licencioso.
Entretanto, o PCP veio elogiar as declarações de Freitas do Amaral, dizendo que "são bem vindas declarações, atitudes e iniciativas que visem travar a escalada de confronto em que forças racistas, obscurantistas e de extrema-direita estão apostadas". Pois são. Mas não é isso que está em causa. Ou os jornalistas dinamarqueses são forças racistas, obscurantistas e de extrema-direita?
Parece-me que o PCP está a ser um bocadinho licencioso.
[re-edit]
Dúvida muito mais importante que o envelope 9
Só uma perguntinha
Um Estado policial
Um repórter fotográfico do DN também subiu ao quinto andar para registar o momento, a polícia não esteve pelos ajustes. Notificou o jornalista. Devem pensar que a publicação destas fotos impede o normal desenrolar das investigações. Só querem intimidar. Mais nada!
Querem meter-nos na ordem!
Os jornalistas precisam de uma Ordem
Lido
Rui Machete, ao Diário Económico.
A sina de Mendes
É um político experiente, resistente e as recentes vitórias eleitorais ajudam. Mas não tem a vida facilitada. Marques Mendes, um verdadeiro social-democrata, lidera a oposição a um governo maioritário do Partido Socialista. José Sócrates, o adversário que vem da ala mais à direita do PS, tem tido um desempenho seguro como primeiro-ministro (basta ler os mais recentes estudos de opinião). Na Presidência vai estar Cavaco que protegerá o Governo sempre que este mantiver o rumo - o que, traços gerais, tem acontecido.
Há ainda o PSD, um partido catch-all, que não perdoa a falta de uma via verde de acesso ao poder. Enquanto isso, santanistas estão (como sempre...) por aí, menezistas enchem o peito como podem e barrosistas não morrem de amores pelo líder. A terceira via estacionou na garagem do Palácio de Belém até que um novo "raid" se justifique. A bancada parlamentar prova, dossier atrás de dossier, que não se fazem omoletas sem ovos. Chegará Mendes a S. Bento com tanto obstáculo no caminho?
Durão Barroso disse a Guterres, à época ainda em alta nas sondagens, que um dia seria primeiro-ministro: só não sabia era quando. E acrescentou que, apesar de Guterres ter sido um melhor líder da oposição, ele daria um melhor primeiro-ministro. "Como? Só não sabe é quando?!", clamaram jornais e opinion makers. Para Durão foi só uma questão de tempo. E para Mendes? Depende do seu desempenho, coragem de enfrentar um governo em alta e capacidade de controlo de um partido partido. Longe vão os tempos em que uma leitura das estrelas dava acesso ao poder. O país agradece.
14 fevereiro 2006
D.Pedro, o Correia
O aliado de Freitas
"O embaixador do Irão em Lisboa considerou esta terça-feira que a imprensa portuguesa «teve uma atitude positiva» em relação à polémica em torno das caricaturas de Maomé.
Em entrevista à Antena 1, Mohammed Taheri considera que «o ministro Freitas do Amaral teve uma posição que deve ser destacada. Disse coisas muito positivas e muito lógicas».
O representante do Irão disse ainda que é normal que o presidente do seu país queira organizar um seminário sobre o tema do Holocausto: «A liberdade afinal termina quando se fala de Holocausto?».
O embaixador diz que «há muito por contar» e que ele próprio esteve em Auchwitz e fez «as contas». «Para incinerar seis milhões de pessoas seriam precisos 15 anos, por isso há muito que explicar e contar»."
Chega?
Há por aí mais um desempregado?
Houve 60 pessoas que se foram inscrever nos Centros de Emprego. Durante o dia de hoje foram 381. No mês passado foram quase 12 mil. Estamos rés-vés Campo de Ourique para chegar ao meio milhão. Quinhentos mil coitados que não sabem como ganhar a vida.
A memória é curta e o tempo foge. Quando Sócrates conseguir cumprir a promessa de criar 150 mil novos empregos, eles já não chegarão para pôr a taxa de desemprego como ele a encontrou.
P.S. Lá estou a militar na oposição. A ser do contra. Raios partam o vício.
País singlefóbico
No Dia dos Namorados, constato que vivo num país não só homofóbico como também singlefóbico (acabei de inventar o termo e parece-me bem).
Pois não é que, em pleno Chiado, ofereciam girassóis (de plástico, é certo, mas sempre eram girassóis) única e exclusivamente… aos casais. Ou seja, uma gaja solteira e boa rapariga não tem direito a uma flor.
Uma gaja até ia bem disposta, porque estava sol e calor e o sol e o calor enchem-se a alma e dão-me alegria, e acontece aquilo… Não me dão uma flor, porque não tenho “namorado”. Tá mal.
Percebo agora o terror que é para muitas gajas aparecerem sozinhas num casamento. Eu prefiro aparecer com um S2000 emprestado e dizer que não me caso nem tenho filhos, porque senão não há dinheiro para alimentar o carro. E depois olham para mim com ar aparvalhado e acreditam. Dá-me gozo. É a vidinha…
(just for the record: hoje é também o Dia Europeu da Disfunção Eréctil)
Quem paga é pensionista!
A única coisa que me ocorreu hoje de manhã quando ouvi a notícia na rádio é que o Governo não estava com vontade nenhuma que durante o dia se andasse a falar dos aumentos das rendas.
Mas essa é outra grande tanga, já que 75% das rendas que vão ser alteradas são potencialmente “ganhadoras” de um subsídio do Estado, como diz hoje o secretário de Estado ao Diário Económico.
A notícia do DN, aparentemente, baseia-se na leitura dos quadros da Ernst&Young. Algumas retenções na fonte são alteradas, daí que a notícia (não a querendo desvalorizar, porque não é essa a minha intenção) seja, apenas e tão só, essa.
Para além do mais, os pensionistas vêem ser-lhes aumentado o imposto a pagar em 2007. A manchete não devia ser essa?
Conclusão: nesta história toda, os verdadeiros prejudicados são os pensionistas: o maior alvo da reforma do arrendamento (dos cerca de 400 mil contratos de arrendamento que vão ser aumentados, à volta de 300 mil correspondem a inquilinos com mais de 65 anos e menos de 5 salários mínimos) e os mais prejudicados nas alterações à retenção na fonte em IRS.
A biblia de Pacheco
Passei de um estado de blogofobia para um estado de blogodependência. É como se a minha fobia a agulhas se tivesse transformado na necessidade de andar a espetar, a toda a hora, agulhas no corpo.
Prova desta minha nova dependência é a forma como vampirizei O Insubmisso, blog para o qual pedi um convite ao 'director' David Dinis.
Estou sempre a postar, o que na minha definição de blogosfera é exactamente mandar umas 'postas de pescada' sobre tudo o que mexe.
A malta opina, logo existe.
Esta é, claramente, a grande vantagem dos blogs. É navegando nos pensamentos de uns e de outros que encontramos novas perguntas e procuramos novas respostas. Concordando ou discordando do que lemos.
Vem isto a propósito da Bibliosfera que Pacheco Pereira começou a elaborar no Abrupto . Nesta matéria, eu sou um 'cristão novo' e só posso orientar-me pelas certezas do profeta. Duvidando, sempre duvidando, porque esta religião que agora professo tem como primeiro mandamento não acreditar na existência de profetas.
Comunicado das Necessidades
A golpada
O DN traz a boa nova e explica a verdade dos factos, mas não se coíbe de fazer a seguinte abertura de texto: Milhões de contribuintes por conta de outrem terão acréscimos salariais já no final deste mês.
No parágrafo segundo lá vem a má nova: Prejudicados estão os pensionistas, bem como os titulares de rendimentos acima dos dez mil euros mensais.
E lá vamos andando até percebermos que, afinal, o Estado acabará por reter mais do que retém hoje e, nos casos onde vai reter menos, a coisa traduz-se numas dezenas de euros para os contribuintes.
A verdade é que esses mesmos contribuintes que no Verão recebiam uns cheques surpresa com o que descontaram a mais, vão deixar de ter um Verão azul.
A verdade é que ninguém vai pagar um cêntimo a menos em impostos. Nem um cêntimo a menos. Quem são então os milhões por conta de outrem que vão ter acréscimos salariais no final do mês?
É muito confuso para a minha cabeça. O Tico e o Teco (os meus neurónios mais activos) estão pegados desde de que, pela manhã, ouviram a noticia na TV. Vou ter de pôr os dois de castigo. Há noticias que o Tico e o Teco nunca vão ser capazes de decifrar.
Ah! Já me esquecia. O meu obrigado, muito obrigado ao Governo. Acréscimo salarial no mês de aniversário, é uma prenda, não é?
Concurso a publicar em DR
"Portugal oferece Professor Doutor, sócio honorário da «Real Academia de Ciencias Morales y Politicas», ex-presidente da Cedersp (Comissão de Estudo e Debate da Reforma do Sistema Prisional), ex-júri de 23 mestrados, arguente em 9 doutoramentos e em 6 provas públicas de agregação, ex-membro do Conselho Científico da Escola de Direito da Universidade do Minho - que ajudou a criar -, candidato à Presidência da República em 1986, tendo perdido a eleição obtendo, contudo, 48,8% da votação total, agraciado pelos Presidentes da República, Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio e, entre outros distintos serviços prestados à humanidade, primeiro director do CEDIS (Centro de Investigação sobre Direito e Sociedade). Despesas de envio e taxas alfandegárias serão assumidas pela entidade promotora do concurso".
[Por uma questão comercial, eles não precisam de saber que falamos de Diogo Pinto Freitas do Amaral]
O mar e a pesca
Mas não é bem assim. O senhores são mais do que delinquentes mas não chegam aos calcanhares de um terrorista: parece que assassinaram seis pessoas. Ufa!
Atlânticos, com um passado ímpar de descobertas além mar mas...com mau pescado! Assim, vai a vida do burgo. E assim, continue...
13 fevereiro 2006
Abrem-se Portas, fecham-se janelas
Bem ao contrário vive a política, em que os dirigentes atingem os melhores níveis de popularidade quanto mais se escondem. O fantasma de Sócrates não diz o que pensa sobre coisa nenhuma, mas chega para tornar invisível o pensamento de Mendes. O líder do CDS não existe, o do Bloco hibernou e do PC vai ficar à espera de uma nova campanha.
O que Portugal não dispensa são os comentários de Vasco Pulido Valente, Marcelo Rebelo de Sousa ou Miguel Sousa Tavares. Brevemente entra um novo artista em palco. Portas também será consagrado.
Temos equipamento, falta Quaresma
Aqui estão os novos fatinhos com que a selecção de Scolari vai à Alemanha representar Portugal. Eles até podem jogar de saias, mas convém que não se esqueçam de levar o cigano. Sim, sim. O Quaresma tem lugar na equipa de Portugal, mas como quem manda é o gajo que já sonha com a selcção inglesa, é bem provável que o cigano não seja convocado. Vale pouco ser, ao lado de Cristiano, um dos dois melhores jogadores portugueses da actualidade.
A igreja não se indigna?
O Berlusconi anda nos copos
Sondagem
2. Nova sondagem aqui do burgo. A personagem? O nosso chefe de Estado para o Exterior. É um personagem, este ministro. Votem lá, sim?
3. Boa semana para todos.
Eu gostava de o ouvir
Freitas do Amaral
Senhor ministro, quando não tem nada de interessante para dizer mais vale estar calado.
12 fevereiro 2006
Freitas e as suas boas ideias
Um cartoon pra mim, um cartoon pra ti...
Ainda a propósito da Igreja, o santuário de Fátima vai mudar de estatuto. As alterações ainda vão a debate. Não me interessa muito saber o que vai mudar em Fátima, porque o que eu gostava que mudasse vai continuar na mesma: o fundamentalismo católico de quem se arrasta de joelhos, o masoquismo estéril a que se assiste no santuário, o negócio chorudo à volta de santinhos e medalhinhas e pulseirinhas e crucifixozinhos de gosto duvidoso (esta é a minha liberdade de expressão).
De qualquer forma, gostei de ler no Correio da Manhã, "um alto representante da Igreja":
Quanto à colocação de um representante da Santa Sé na gestão do Santuário, para “maior vigilância teológica” – hipótese levantada após a realização de uma conferência ecuménica, da visita de um grupo de hindus e do Dalai Lama –, um alto representante da Igreja Católica portuguesa foi taxativo. “Não haverá cá ninguém. Era o que faltava.”
Uma opinião partilhada por D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas. “O Santuário não precisa de nenhum polícia teológico enviado pela Santa Sé. Nunca houve ali nenhum dislate, nenhuma inconformidade. Seria uma situação absurda e inaceitável. Se houvesse vigilância, seria dar razão aos radicais. Onde estava o espírito do diálogo inter-religioso iniciado por João Paulo II e continuado por Bento XVI. Onde estava a Igreja Católica de braços abertos?”