03 novembro 2004

Critiquem as políticas de Bush mas não as instituições norte-americanas

Hoje ouvi na TSF um sujeito chamado António Moreira a zurzir no Bush, a descompôr a democracia americana, a dizer mal do processo eleitoral norte-amerciano e da capacidade decisora do povo daquelas paragens, terminando com a sublime tirada "concordo com o ouvinte anterior...hoje é um dia negro para a humanidade".

Será que o Sr. Moreira ainda não percebeu que a eleição em questão foi nos EUA?

Que ele não tem nada a ver com o processo eleitoral nos EUA?

Que não tem objectiva e subjectivamente nenhuma autoridade moral para tecer comentários sobre os processos eleitorais de comunidades políticas que não a dele (Sr. Moreira)?

Que bem ou mal, o valor da liberdade e da democracia reside no simples facto de "o maior incompetente da história política dos EUA" ser presidente do país!"?

Que a virtude de um processo eleitoral indirecto como o dos EUA (com a delegação no Colégio de Grandes Elitores do poder final de voto) é afastar do processo eleitoral directo ignorantes como o Sr. Moreira e tornar gerível um processo, por definição, caótico?

Reflexão Final: Querem prova maior de que as instituições norte-americanas são boas e adequadas e contribuem para a resolução dos problemas daquela comunidade política de seres livres e responsáveis, do que o facto de resistirem à ignorância e incompetência de George W. Bush?

Por causa de tudo isso podem acusar o homem e as suas políticas mas não o sistema político norte-americano.

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